sexta-feira, 12 de julho de 2013

Pesquisa mostra que 44% dos homens nunca foram ao urologista



Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com 5 mil homens revela que 44% dos entrevistados nunca foram a uma consulta com um urologista nem fazem exames preventivos. “Isso é o retrato de como a gente cuida da própria saúde”, analisou hoje (11) o diretor da SBU, Henrique Rodrigues. O levantamento foi feito em seis capitais brasileiras: Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Brasília.
A pesquisa mostra que 47% dos homens ouvidos nunca fizeram exames para detectar o câncer de próstata. Apenas 23% fazem o exame anualmente. “Não é uma exclusividade do câncer de próstata. Eu acho que o grande retrato que essa pesquisa traz é que o homem brasileiro cuida mal da própria saúde”, destacou o diretor.
“O que a gente vê é uma falta de preocupação das pessoas em geral com o cuidar da própria saúde. Isso de forma mais abrangente. Não diz respeito somente a cuidar da próstata”, acrescentou Rodrigues. Ele avaliou que, apesar dos dados do levantamento, o preconceito em torno da ida ao urologista, relacionado ao exame de próstata, vem diminuindo.
A SBU defende a ampliação dos centros de Saúde do Homem com atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), visando a aumentar o acesso da parcela masculina da população aos exames para diagnóstico de câncer de próstata. Rodrigues disse que os ambulatórios de urologia dos hospitais ligados ao SUS estão preparados para fazer esse tipo de exame. “A nossa luta é para ampliar o acesso. Ele já existe, mas não consegue atender à demanda de pacientes que necessitam desse exame”.
A pesquisa mostra também que 51% dos entrevistados nunca fizeram exames para aferir os níveis de testosterona (hormônio masculino) no sangue e que somente 37% disseram saber o que é a andropausa, período que tem início por volta dos 50 anos e é caracterizado pela redução dos níveis hormonais.
Henrique Rodrigues disse que a andropausa constitui um foco de interesse da SBU, porque a deficiência de hormônios no homem tem uma série de consequências que não estão relacionadas necessariamente à parte sexual. Os homens que apresentam baixa da testosterona têm, por exemplo, aumento do percentual de gordura na composição do corpo e redução da massa muscular e do vigor físico, bem como da capacidade de concentração. Também sofrem aumento da irritabilidade e têm alterações do sono.
Rodrigues destacou que a incidência de homens que precisam de reposição hormonal vai aumentando à medida que eles vão ficando mais velhos. Por isso, a necessidade de procurar um tratamento adequado. “O nosso corpo não é compartimentado. Existe uma correlação grande entre todos os órgãos. O nível de testosterona é importante para vários sistemas”. De acordo com a pesquisa, somente 24% dos homens entrevistados sabem que existe o tratamento com reposição hormonal para controlar os níveis de testosterona.
Para conscientizar os homens sobre a importância do cuidado com a saúde e da prevenção de doenças, a SBU e a Bayer do Brasil farão um mutirão a partir do dia 15, quando se comemora o Dia Nacional do Homem, na Estação Sé do metrô, em São Paulo. A entidade busca também, no Congresso Nacional, criar uma frente parlamentar para atuar na área de saúde do homem, de modo a ampliar esse serviço no país.

FATOS POLITICOS RECENTES POR RAFAEL DE LALA DA API


API - Associação Paranaense de Imprensa



SUMÁRIO:
Segunda ferrovia atende pleito paranaense =/=Reforma política vai ter comissão na Câmara =/= Plebiscito fica para depois, em pauta o referendo =/= Inação de governo pode levar caos às ruas =/= Estados e Municípios pedem verba para mobilidade =/= FMI rebaixa previsão para futuro breve =/= Lideres do Egito testam limites da atualidade =/= MP de médicos pede mais debate =/= 2ª. ferrovia para o litoral tem audiência.

1. NOTICIA BOA
- DO BRASIL: A safra brasileira de 2013/4 deverá alcançar 185 milhões de toneladas, com aumento de 11% em relação ao montante anterior (166 milhões). As previsões partem dos dois órgãos públicos encarregados do levantamento: IBGE e CONAB. Destaque para o milho, que apresenta previsão de 44 milhões de toneladas (mais 13%); enquanto a soja lidera com 81,5 milhões (mais 23%). A fomentar: produção de alimentos básicos na mesa do povo, como arroz, feijão, mandioca e trigo.
- DO PARANÁ: O traçado proposto para a segunda ferrovia entre a região de Curitiba e o Litoral atende o pleito paranaense, expresso de forma vigorosa depois que o governo federal cogitou de levar os trilhos do Mato Grosso diretamente para o Porto de Rio Grande, deixando de lado Paranaguá. O assunto entra em debate durante audiência pública de confirmação nesta sexta-feira.
2. REFORMA POLÍTICA
OS FATOS
Como previsto o Congresso, através da Câmara dos Deputados, contornou a sugestão do Executivo de convocação de um plebiscito para reformar o sistema político brasileiro antes das próximas eleições. A justificativa principal – falta de prazo para o procedimento a tempo de as novas regras passarem a vigorar já no próximo pleito – não elimina outros fatores, entre elas certa dificuldade no dialogo entre os dois ramos do poder constituído. Para compensar, a Câmara dos Deputados está compondo uma comissão especial para analisar a pauta de reforma, cujas conclusões poderão ser submetidas a consulta popular, desta vez via referendo – isto é, quando o eleitorado é chamado a confirmar ou rejeitar as mudanças adotadas.
ANÁLISE
No processo de resposta à “voz das ruas” expressada durante as manifestações populares de junho ultimo a presidente da República fez sua parte: consultou a Justiça Eleitoral sobre a viabilidade dos prazos e remeteu sua sugestão de um plebiscito a respeito das mudanças para o Congresso. O Legislativo tinha reservas sobre a questão – pelo motivo exposto anteriormente – mas se obriga a dar satisfação ao povo. O modelo vigente no Brasil está claramente superado, como demonstram cartazes e refrões repetidos durante as marchas: O senador (ou deputado) X “não me representa”. É que, com o tempo os defeitos do sistema sobrepujaram alguma qualidade que ele possa ter oferecido, reproduzindo a “lei de ferro” dos partidos políticos estudada já no início do século 20 por pensadores como Robert Mitchell.
ANÁLISE (II)
Para reduzir essa disfunção estão sendo propostas várias alternativas ao atual modelo de “eleição proporcional por lista aberta”: o tal “distritão” formulado pelo PMDB mas já abandonado por ser também imperfeito – em que os candidatos seriam eleitos de forma majoritária num circuito não claramente explicado; o voto em lista partidária – de agrado do PT - mas sem respaldo em outras forças políticas; e variações em torno do voto distrital. Na modalidade de “distrital puro” praticada em países de cultura inglesa ele consiste na eleição do parlamentar dentro de um território definido, pelo processo majoritário.
No sistema misto, aplicado na Alemanha e outras nações, o cidadão possui direito a dois votos: o primeiro é dado ao candidato do seu distrito de domicílio; o segundo, na lista partidária de sua preferência. Esse modelo permite maior vinculo com o representante do distrito e reduz a tendência de paroquialização da vida política, por também eleger figuras representativas da sociedade em questão – equilibrando a composição do órgão legislativo-parlamentar.
3. REFORMA POLÍTICA (II)
OS FATOS
O debate em torno dessas variações deverá dominar o cenário nos próximos meses, na medida em que avançarem os trabalhos da comissão de reforma que a Câmara está instalando (e que poderia tomar a forma de comissão mista entre a Câmara e o Senado, para lhe agilizar o funcionamento). No Paraná a OAB, o Movimento Pró-Paraná, o Núcleo de Estudos Brasileiros (vinculado a esta Associação Paranaense de Imprensa) e outras entidades já convocaram reuniões para a oferta de sugestões a respeito.
ANÁLISE
Embora a reforma política não tenha estado no centro das questões levantadas durante os recentes protestos públicos, ela interessa a todo o universo social. Como lembrava o intelectual alemão Bertold Brecht, em seu célebre texto sobre “O Analfabeto Político”, “é da decisão política que derivam o preço do pão, o valor do salário, a oportunidade de trabalho, a educação, a segurança pública” – enfim, todos os elementos que tornam satisfatória a vida em sociedade. Ainda, “protestamos” porque “as pessoas estão se dando conta que o modelo de gestão pública do nosso país não fecha a conta e aí faltam recursos para a saúde, educação e segurança” – declarou um dos manifestantes de junho.
Como o atual sistema entrou na fase de entropia, que “faz dos políticos eleitos, donos de seus mandatos”, a maioria dos reclamantes se inclina pelo voto distrital. Ele cria um vínculo forte entre o eleitor e seu representante; permitindo inclusive a destituição do parlamentar via o mecanismo de “recall” aplicado em vários países – o que não é possível pelo modelo proporcional atual, em que o cidadão vota em “A” e acaba ajudando a eleger “C” ou “D” – muita vez um candidato desconhecido de um partido nanico coligado àquela legenda de sua preferência.  
4. INAÇÃO E CAOS NAS RUAS
OS FATOS
Como desdobramento do cenário de instabilidade gerado pelas manifestações políticas de junho diversos grupos que expressam reivindicações setoriais e outras minorias vêem tomando as vias públicas para promover seus interesses específicos. Depois da onda de bloqueio de estradas por caminhoneiros – que enfrentou resposta firme das autoridades – agora sindicalistas partem para as ruas. Em São Paulo e outras capitais a paralisação parcial convocada por centrais sindicais foi ontem, quinta-feira.
ANÁLISE
As demandas de grupos setoriais podem ser aceitáveis para os interesses imediatos desses atores – embora revistam uma conotação “chapa branca” porque alimentadas por um tributo anacrônico, a contribuição sindical – o que retira muito de sua legitimidade. Além de ostentarem uma pauta fora de tempo (menos horas trabalhadas quando o país não exibe a produtividade que poderia ser contraposta a bilhões de asiáticos brigando por um lugar no banquete da afluência), ainda acabam ferindo direitos alheios. Lideranças e autoridades silenciam ante essas demandas para evitar confronto com tais atores; ou ainda pior, assistem passivamente as manifestações e se omitem na restauração da ordem. A prosseguir o cenário a resultante será a desorganização das atividades cotidiana, afetando a produção; o que não interessa à normalidade democrática.
5. VERBA DE MOBILIDADE
OS FATOS
Estados e Municípios pedem verba para mobilidade em Brasília. Em São Paulo os governos estadual e municipal foram ao Ministério do Planejamento reivindicar R$ 17 bilhões em obras para extensão do metrô, corredores de ônibus e trens urbanos. No atendimento a outros dirigentes, o governo do Paraná e o prefeito de Curitiba pedem R$ 6,5 bi para 16 projetos. A meta geral é aplicar um pacote de R$ 50 bilhões para melhorar o transporte coletivo nas metrópoles mediante projetos que – promete Brasília – serão analisados com rapidez e terão os recursos liberados sem burocracia. Enquanto isso, na contramão, o governo do Estado do Rio – cheio dos royalties do petróleo comum – vai injetar R$ 250 milhões em mais uma fábrica de veículos, desta vez de origem chinesa.
ANÁLISE
As dificuldades no deslocamento urbano compuseram um dos principais motivos nos protestos populares deste ano, ao lado de problemas na saúde pública e no baixo desempenho da escola pública. Até aqui o país privilegiou o transporte individual com incentivos para a produção e venda de automóveis (crédito facilitado, combustível subsidiado, etc). Agora, sob pressão das ruas, as autoridades retomam o planejamento das cidades, valorizando a implantação de ônibus integrados (o sistema BRT pioneiro de Curitiba), mais trens urbanos e metrôs. Em paralelo em nossa cidade cabe recordar uma proposta de campanha do prefeito Gustavo Fruet: a descentralização do eixo de atividades mediante multiplicação de centros de bairros interligados por linhas especiais - os ônibus interbairros que reduzam a necessidade de deslocamento até os centros congestionados. Além de um programa para tornar flexíveis os horários de funcionamento do comercio e atividades de serviço, de modo a fracionar os períodos de pico (rush) na circulação diária pelo centro.
MISCELANEA
O FMI e a OCDE (organismos de supervisão e cooperação internacional) rebaixaram a previsão de crescimento da economia mundial para este ano e 2014. Além das dificuldades de retomada da Europa, às voltas com a rigidez de seu modelo de moeda única, países emergentes perderam aceleração, Brasil incluso =/= Novo governo do Egito, descobrindo de forma dolorosa o limite da política na atualidade. A junta que derrubou um presidente sectário perdeu apoio ao reagir brutalmente contra a multidão.
MISCELANEA (II)
Aqui, a dificuldade consiste em encontrar meios inteligentes para enfrentar demandas como o déficit na saúde. A recém-lançada MP dos médicos
pede mais debate, para não correr o risco de enfartar durante sua tramitação no Congresso =/= Resposta à quebra de sigilo nas telecomunicações por ação de governo estrangeiro: aceleração do marco civil para a internet e articulação junto à ONU para que a rede passe a ser gerida por um organismo internacional. No nível interno o país vai acelerar a votação do projeto que cria o marco civil para a internet brasileira.
MISCELANEA (III)
Como previsto, o Banco Central aumentou em 0,5% os juros básicos no Brasil. A aposta é domar a inflação em alta sem afetar o ritmo da economia, que por ora se encontra em baixa =/= Na tarde de hoje está convocada pela ANTT em Curitiba, audiência pública para apresentação do estudo preliminar das ferrovias que cortarão o Paraná: primeiro trecho, de Maracajú via Cascavel até a Lapa; segunda, da Lapa até Paranaguá – a esperada segunda ferrovia ligando o planalto ao litoral paranaense.

Rafael de Lala,
Presidente da API

Passe livre? A gratuidade do transporte público pelo mundo



Crédito: Mobilize.orgPara quem imagina que o transporte público gratuito, chamado de Tarifa Zero ou, mais recentemente devido aos protestos pelo País, de Passe Livre, é algo extremamente utópico ou totalmente aplicável, deve procurar no buscador mais famoso do mundo a respeito do transporte gratuito em outros países, ou cortar o caminho e acessar esse link. Sim, essa modalidade de transporte público já é realidade em muitos lugares pelo globo, inclusive em distritos do Brasil. Mas será que a tarifa zero é possível e praticável em grandes e médias cidades, ou megalópoles, como São Paulo? Não seria apenas um sonho inatingível?
Crédito: Mobilize.org
O estopim para os protestos que começaram na capital paulista, fomentados pelo Movimento Passe Livre (MPL), foi o aumento de vinte centavos na passagem de ônibus e metro. Mas, o que muita gente presente na passeata não sabia, pois muitos não eram nem nascidos ou eram muito jovens, é que em 1990, a então prefeita da capital Luiza Erundina (PT) tentou emplacar a tarifa zero. A ideia era custear o sistema com verba retirada do IPTU, que seria chamado “Fundo de Transporte”. Assim, o custo seria proporcional ao ganho salarial do cidadão. O projeto não foi para frente devido ao aumento previsto do IPTU, medida que sofreu muita resistência.
Manifestações contra aumento da passagem em São Paulo/Crédito: Diário de S.PauloMas, por que em alguns lugares houve sucesso na implementação do passe livre e em outros a tarefa parece ser impossível? É preciso analisar, inicialmente, as condições sociais, demográficas e econômicas dos lugares bem sucedidos.
Lugares que tiveram êxito
Manifestações contra aumento da passagem em São Paulo/Crédito: Diário de S.Paulo
Na listagem de cidades que garantem transporte gratuito, o mais comum é observar cidades pequenas, com malha rodoviária diminuta e um número modesto de habitantes. Em Colomiers, na França, por exemplo, os 33.000 habitantes não pagam nada para andar nas poucas linhas de ônibus da cidade desde a década de 1970. Ao longo dos anos, outras doze áreas francesas copiaram o modelo. Isso é possível por causa do pequeno número de linhas que essas cidades têm, que praticamente não compensa o gasto para manter uma estrutura de cobrança de tarifas.
Nos Estados Unidos, o transporte também é gratuito em pequenas cidades como Bozeman, em Montana, e Commerce, na Califórnia. "Todos os sistemas de transporte gratuitos nos Estados Unidos estão ou em pequenas áreas rurais e urbanas ou em comunidades universitárias. É muito fácil para uma área urbana pequena com ônibus que só transportam um terço de sua capacidade máxima acomodar um aumento de 100% nos serviços de transporte", diz Joel Volinski, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Trânsito dos EUA na Universidade da Flórida do Sul, em entrevista ao o site de VEJA.
No Brasil, a cidade Agudos, com 34000 habitantes, no interior paulista, não cobra pelo uso de seus ônibus desde 2003. Em Ivaiporã (a 400 km de Curitiba), com 31,8 mil habitantes, o transporte é gratuito há 12 anos. Segundo o prefeito Luiz Carlos Gil (PMDB), o "passe livre" custou R$ 520 mil em 2012 aos cofres públicos. Em Pitanga (a 338 km de Curitiba), com 32,6 mil habitantes, o serviço gratuito começou em fevereiro de 2012, com números mais modestos. Dois ônibus levam cerca de 400 usuários por dia, a um custo de R$ 12 mil mensais.
Já muito longe daqui, na cidade de Tallinn, na Estônia, as tarifas do transporte público foram abolidas um pouco antes dos protestos começarem aqui no Brasil. Porém, Tallinn não é uma cidadezinha pequena: com mais de 420.000 habitantes, a capital trouxe à tona o debate sobre a possibilidade de cidades grandes darem espaço para o passe livre. Os motivos para esse tipo de iniciativa são vários, desde tornar o transporte mais acessível a todos até diminuir o uso de carros, reduzindo a poluição e o trânsito. A dúvida é se o projeto é sustentável financeiramente, pois o dinheiro que deixa de vir das tarifas tem de sair do orçamento da prefeitura ou de outra instância do poder público.
A cidade de Tallinn, na Estônia, é a maior cidade que possui tarifa zero, com mais de 420 mil habitantes
Inviabilidade
A cidade de Tallinn, na Estônia, é a maior cidade que possui tarifa zero, com mais de 420 mil habitantes
Três cidades médias americanas tentaram manter sistemas de passe livre no transporte público. O que teve maior duração foi o de Austin, em 1990, que funcionou por 15 meses. Segundo especialistas, os 39 sistemas gratuitos de transporte público que funcionam no país foram implementados em cidades com menos de 200 mil habitantes ou em bairros universitários.
Para Joel Volinski, diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Transportes da Universidade do Sul da Flórida, autor de estudo sobre a gratuidade nas tarifas, a oferta de ônibus gratuito pode triplicar o número de passageiros. "Muita gente começa a usar o sistema para viagens curtas, então os ônibus ficam muito mais cheios que de costume", diz Volinski.
Movimento Passe Livre
No mês passado, depois de uma reunião do MPL com a presidente Dilma Roussef, a líder do Movimento Passe Livre Mayara Vivian disse que Dilma afirmou que tarifa zero para transportes públicos seria "inviável". Para o movimento, a justificativa não convence. "Ela entendeu que a pauta da tarifa zero é uma necessidade da população e disse da inviabilidade. Mas para gente é uma questão política e não técnica. Se tem dinheiro para estádio e tem dinheiro para Copa do Mundo, tem dinheiro para a tarifa zero", afirmou.
Atualmente, a tarifa zero, pelo menos em cidades extremamente grandes, como São Paulo, parece ser uma ideia distante. O resultado das manifestações foi a revogação da passagem para o valor anterior de R$3, que também aconteceu em outras cidades do Brasil. E também serviu para levantar questões de grande importância, como o papel do poder público na hora de implementar melhorias no transporte e melhorar a vida do cidadão, já que, com aumento ou não, fica cada ano mais difícil se locomover nas capitais.
Com informações de Galileu, Folha de S.Paulo, Veja, G1, Free Public Transports

Instituto Chico Mendes rebate números apresentados pela CNA



Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
 
Brasília – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) criticou hoje (12) uma série de dados apresentados no último dia 10 pela presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu. De acordo com a entidade, não há fundamento na afirmação de que a criação de áreas protegidas represente diminuição do tamanho das áreas de produção agrícola.
Em entrevista coletiva, Kátia Abreu, que é senadora pelo PSD do Tocantins, disse que o país corre risco de reduzir em 48,8 milhões de hectares a área de produção agrícola, entre 2011 e 2018, caso sejam mantidas as médias de demarcação de terras indígenas e de unidades de conservação ambiental dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Segundo a senadora, mantendo-se essa média, em 2031, o país terá perdido todas as áreas de produção agrícola e, em 2043, todo o território nacional seria ocupado por unidades de conservação e terras indígenas.
De acordo com o ICMBio, criar unidades de conservação não representa ameaça à produção rural no Brasil, nem tampouco é impedimento para o crescimento da agropecuária, como prova o forte aumento da produção de grãos nos últimos 16 anos. O desafio do setor agrícola deve ser, segundo o instituto, a permanente busca pela eficiência no processo produtivo nas áreas já ocupadas.
A diretoria do ICMBio acrescenta que “todas as atividades econômicas dependem da disponibilidade de água de boa qualidade, a qual está relacionada diretamente ao percentual de cobertura vegetal de uma bacia hidrográfica”, e que os 75 milhões de hectares de áreas protegidas – dos quais 61,43 milhões correspondem a unidades de conservação predominantemente florestais – “prestam inestimáveis serviços ecossistêmicos, com valor incalculável para o equilíbrio do clima e da conservação da biodiversidade, onde já não seria possível a sua conversão em pastos ou lavouras”.
Além disso, parte da produção extrativista brasileira (entre eles, frutos, aromáticos, borrachas, ceras, fibras, gomas, oleaginosos e pescados) foi retirada de reservas extrativistas e de florestas nacionais, a partir do uso sustentável dos recursos naturais feito por mais de 65 mil famílias de extrativistas. Segundo o ICMBio, esse tipo de extrativismo movimentou R$ 3,79 bilhões em 2012.
Por fim, o instituto argumenta que conciliar o crescimento econômico e a conservação ambiental é uma estratégia para o futuro, voltada para a eficiência, a sustentabilidade e a justiça social. E, ao contrário do que diz a senadora, “são as áreas protegidas que sofrem constante pressão para serem convertidas em pasto, lavoura ou expansão urbana”.
Coordenador da campanha Amazônia, pela organização não governamental (ONG) Greenpeace, Márcio Astrini também criticou os números apresentados pela senadora. “São números tendenciosos, até por desconsiderarem a diminuição de ritmo durante o governo Dilma Rousseff, que tem o menor índice de criação de unidades de conservação e de terras indígenas desde o governo militar”, disse Astrini àAgência Brasil.

Mercosul deve adotar "medidas cabíveis" contra espionagem, defende Dilma



Monica Yanakiew
Enviada especial da Agência Brasil/EBC
Montevidéu – Em reunião da Cúpula do Mercosul, a presidenta Dilma Rousseff defendeu que o Mercosul deve adotar “medidas cabíveis” para evitar a repetição de casos de espionagem.
“Mais que manifestações, devemos também adotar medidas cabíveis pertinentes para coibir a repetição de situações como essas”, disse a presidenta. De acordo com a presidenta, a privacidade das comunicações dos cidadãos e das empresas devem ser preservadas. “Isso fere nossa soberania e atinge os direitos individuais inalienáveis de nossa população. Defendemos que a soberania, a segurança de nossos países, a privacidade de nossas comunicações, a privacidade de nossos cidadãos e de nossas empresas devem ser preservadas. E esse é o momento de demarcar um limite  para o Mercosul”, disse.
"O governo e o povo brasileiro não transigem com sua soberania, como eu tenho certeza que os governos e os povos do Mercosul não transigem com a deles, por isso, saúdo a decisão de rechaço tomada pelo Mercosul para todas as questões relativas ao ferimento tanto da nossa soberania quanto ao direito individual de nossos povos", acrescentou.
Denúncias publicadas na imprensa apontam que agências norte-americanas de segurança monitoraram telefonemas e e-mails de brasileiros e demais latino-americanos. O governo brasileiro tem cobrado esclarecimentos dos Estados Unidos.

Escola Superior da Polícia Civil forma mais 135 investigadores




Mais 135 novos investigadores se formaram, nesta sexta-feira (12), pela Escola Superior de Polícia Civil e serão lotados em várias regiões do Paraná. Já são 28 turmas que foram preparadas para atuação em delegacias, na gestão do governador Beto Richa. São 840 novos investigadores, escrivães e papiloscopistas que reforçam a segurança do Estado.

A cerimônia de formatura da nova turma foi no Canal da Música, em Curitiba. Os investigadores passaram por cinco meses de curso com 840 horas/aula de disciplinas relacionadas ao cotidiano da atividade policial. “Foi um curso muito completo e que está de acordo com a matriz curricular nacional que é oferecida pelo Ministério da Justiça. Hoje nosso curso é referência nacional”, afirma o diretor da ESPC, Luis Fernando Viana Artigas Júnior.

Para o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius da Costa Michelotto, o reforço no efetivo da corporação faz parte do programa Paraná Seguro. “Quando assumi esta função, encontrei muitos policiais trabalhando em delegacias sem a preparação necessária que a ESPC oferece, o que limitava a função deles. O governo está mudando essa situação”, diz ele.

De acordo com a diretora-geral da Secretaria da Segurança Pública, que representou o secretário Cid Vasques na cerimônia, Tathyana Weinfurter Assad, a capacitação dos policiais civis faz parte da reestruturação que o governador Beto Richa está promovendo na Segurança Pública. “A reestruturação vai tirar o Estado do Paraná do atraso a que foi submetido durante anos nessa sensível área da administração. A formação de uma polícia cidadã, que sirva e proteja baseada em rígidos princípios éticos, certamente fará a diferença pra a nossa comunidade”, afirma. 

Orquestra Sinfônica do Paraná abre o Festival de Música de Londrina




A Orquestra Sinfônica do Paraná abre neste sábado (13) o 33º Festival de Música de Londrina com apresentação, às 21 horas, na Catedral Metropolitana de Londrina, e contará com a presença do secretário estadual da cultura, Paulino Viapiana.

O evento, que vai até o dia 27, é resultado de um convênio entre a Secretaria da Cultura do Paraná, a Secretaria de Cultura do Município de Londrina e a Universidade Estadual de Londrina.

A 33ª edição do Festival de Música de Londrina vai espalhar uma variedade de sons pela cidade e prevê uma programação artística diversificada, com cerca de 80 concertos distribuídos pela Catedral de Londrina, teatros da cidade, bares, instituições, empresas, calçadão central, hospitais, ônibus, entre outros.

Esta edição conta com o patrocínio da Copel (via Lei Rouanet), e apoio da Secretaria de Estado da Cultura, que participa da comissão institucional do evento. Como contrapartida ao apoio dado pela Secretaria, cidades do interior vão receber apresentações musicais que integram o festival.

O projeto, intitulado Música na Região, levará concertos aos municípios de Cornélio Procópio, Cambé, Rolândia, Ibiporã, Apucarana, Mauá da Serra, Faxinal, Arapongas e Maringá.

Pela primeira vez, em 33 anos, serão apresentados dois concertos de abertura, com grupos e programas diferentes. No dia 13, a Orquestra Sinfônica se apresenta sob a regência do maestro Osvaldo Ferreira. No repertório, o Concerto para Piano nº 4 em Sol Maior, de Beethoven. O solista será o pianista londrinense Marco Antônio de Almeida, diretor artístico do evento. No dia 14 de julho ocorre a segunda noite de abertura, com a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (Osuel), regida por Maurizio Colasanti, tendo como solista José Staneck, na Gaita de Boca.

FESTIVAL - Criado em julho de 1979 pelo maestro Norton Morozowicz, o evento inicialmente obteve pequena repercussão regional e estadual. Com o passar dos anos, se tornou reconhecido nacional e internacionalmente. Com amplo acesso da comunidade, foi criado e fundamentado no ensino, na criação, na performance e na difusão da música instrumental e vocal, principalmente da música brasileira e paranaense.

Esta edição celebrará os 150 anos de nascimento do pianista e compositor brasileiro Ernesto Nazareth e o bicentenário de nascimento dos músicos Giuseppe Verdi (italiano) e Richard Wagner (alemão).

O Festival conta com duas estruturas: pedagógica e artística. A programação pedagógica envolve 48 professores nacionais e internacionais, que ministrarão 50 cursos e práticas: Práticas de Conjunto, Cursos de Regência, Instrumentos, Voz, Estruturação Musical, Música Popular, Cursos para Crianças, Oficina do Choro, Jazz Vocal e Música e Tecnologia.

Já a programação artística do festival promoverá eventos em diversos espaços da cidade: Catedral Metropolitana de Londrina, Museu de Artes de Londrina, Museu Histórico de Londrina, e outros espaços: Colégio Mãe de Deus, Teatro Zaqueu de Melo, Teatro Crystal Palace, Auditório do SESC, Auditório FIEP / SESI, Zerão, Calçadão, Praça Pé-Vermelho, Arel, Concha Acústica e Bar Valentino.

Serviço: 33º Festival de Música de Londrina.

Abertura: 13 de julho, às 21 horas, na Catedral Metropolitana de Londrina. 

Festival de Cinema Latino-Americano mostra produções de 13 países em São Paulo



Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Filmes de 13 países podem ser vistos na oitava edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que vai até o próximo dia 18. Além do Memorial da América Latina, as produções serão exibidas em mais quatro pontos da capital paulista: no Cinesesc, na Cinemateca Brasileira e nos Cinusp Paulo Emílio e Maria Antonia.
A mostra foi aberta na noite de ontem (11) com o musical cubano Amor Crônico, do diretor  Jorge Perugorría. O filme conta a história da turnê que a cantora Cucu Diamantes faz no seu retorno a Cuba. A película, que foi aplaudida após a exibição, compõe a programação contemporânea do festival, que segundo o presidente da Associação do Audiovisual, Francisco César Filho, é o “coração” da mostra.
Também estão incluídos entre as produções recentes que poderão ser vistas gratuitamente 7 Caixas Paraguayas, de Juan Carlos Maneglia, e o longa uruguaio de animação AninANew Gaza, de Rita Martins Tragtenberg, é um dos  longas brasileiros que estreiam na mostra.
A primeira noite do festival contou ainda com a exibição do documentário Lambada em Porto Seguro, do diretor homenageado Guido Araújo. Feira da Banana e Festa de São João no Interior da Bahia são os outros documentários do cineasta baiano que fazem parte da programação deste ano.
Títulos de referência na produção cinematográfica da região integram a retrospectiva, montada pela curadoria do brasileiro José Carlos Avellar e do uruguaio Manuel Martínez Carril. Estão incluídos Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha,Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniela Thomas, e o mexicano Do Esquecimento à Falta de Lembrança, de Juan Carlos Rulfo.
A programação completa pode ser vista na página do festival na internet 

Espanha desarticula rede de prostituição que capturava mulheres brasileiras



Agência Lusa
Vigo (Espanha) -  A Polícia Nacional da Espanha em conjunto da Polícia Federal desarticulou uma rede que capturava mulheres brasileiras para prostituição em clubes, nas áreas de Ourense e Pontevedra. A polícia prendeu seis pessoas. A Justiça determinou a prisão provisória de três dos detidos. Houve prisões na Espanha e no Brasil. A operação ainda está em curso.
Os seis detidos são acusados de crimes, como o tráfico de seres humanos e de integrar uma organização criminosa, segundo fontes do Tribunal Superior de Justiça de Galiza. O processo está em segredo de Justiça.

Cai preço de imóveis na Europa


Gilberto Costa
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Lisboa - O Eurostat, instituto de estatística da União Europeia, divulgou ontem (11) que o preço dos imóveis caiu em média 1,4% no primeiro trimestre de 2013 (comparação com o mesmo período de 2012) em 27 países que formam a União Europeia. A Croácia, último país a aderir ao bloco, ficou fora do levantamento.
Assim como ocorre com os dados de desemprego, os valores dos imóveis nos 17 países onde circula o euro revelam maior desaquecimento da economia: a queda chega a 2,2%. Na zona do euro, as maiores reduções nos preços de casas e apartamentos ocorreram na Espanha (-12,8%), que tem aproximadamente 6 milhões de desempregados; Portugal (-7,3%) e Holanda (-7,2%). A Hungria, que tem moeda própria, teve queda de 9,3%.
Apesar de o epicentro da crise econômica internacional ser a Europa e haver contágio entre as regiões – por exemplo, pelo comércio regional e o sistema financeiro –, em alguns países, foi registrado aquecimento do mercado com a alta dos preços dos imóveis, como na Estônia (7,7%), em Luxemburgo (4,3%), na Letônia (7,2%) e na Suécia (4,1%) – os dois últimos fora da zona do euro.
Em Portugal, o desaquecimento do mercado imobiliário é acompanhado há algum tempo pela Fundação Manuel dos Santos, que mantém o site Conhecer a Crise. Conforme os indicadores coletados, a construção civil é o setor de atividade econômica com maior proporção de inadimplência: 20,6% do total valor total de empréstimos. Além disso, a venda de cimento cai mês a mês há pelo menos um ano – em maio a queda alcançou 18,8%.
O problema de retração da atividade imobiliária afeta os brasileiros que moram em Portugal – a maior colônia de estrangeiros no país. Cerca de 10% dos brasileiros recenseados em 2011 pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) trabalhavam no ramo de promoção imobiliária e construção de edifícios.

Itamaraty prorroga investigações sobre denúncias de desvios de ex-cônsul em Sydney



Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Acusados de assédio moral e sexual, homofobia e desrespeito, o ex-cônsul do Brasil em Sydney (Austrália) Américo Fontenelle e o ex-cônsul adjunto Cesar Cidade ganharam mais dois meses para a defesa. O Ministério das Relações Exteriores confirmou hoje (12) à Agência Brasil a prorrogação da sindicância que investiga os diplomatas. O processo de apuração das denúncias, encaminhadas por funcionários do Consulado do Brasil em Sydney, foi aberto na primeira semana de maio.
Três embaixadores designados pelo Itamaraty para investigar o caso foram à Austrália. Eles conversaram com funcionários que reiteraram situações em que houve abuso de autoridade e humilhação. Fontenelle e Cidade negam as acusações. Ambos deixaram os cargos. Fontenelle foi removido por ordem do Itamaraty, enquanto Cidade pediu para sair do posto na Austrália.
O resultado da sindicância, chamado no Itamaraty de processo administrativo disciplinar, pode levar à exoneração dos dois diplomatas, mas há também possibilidade de serem punidos apenas com advertência oral. Pelas normas, o prazo da investigação é 60 dias, com possibilidade de prorrogação por mais dois meses – no caso, o processo deve ser encerrado em setembro.
Em maio, quando as denúncias vieram à tona, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou aos diplomatas responsáveis pela investigação que rejeita os comportamentos inadequados às funções desempenhadas pelo Itamaraty. Durante cerimônia de posse do novo secretário-geral, Eduardo dos Santos, o chanceler lembrou que “não há espaço” para comportamentos que “não sejam adequados” ao ministério.

Dilma chega ao Uruguai e diz que manifestações têm de ser respeitadas



Monica Yanakiew
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Montevidéu – Ao desembarcar em Montevidéu (Uruguai) na noite dessa quinta-feira (11), para a reunião de cúpula do Mercosul, a presidenta Dilma Rousseff fez um balanço dos protestos promovidos em todo o país. Segundo ela, “as manifestações têm que ser respeitadas” porque reivindicar direitos sociais “e querer mais é algo muito positivo para a democracia”. A presidenta criticou, no entanto, as interrupções de rodovias e os atos violentos que, em sua opinião, precisam ser condenados e coibidos pelo governo.
  
“Nós contamos também com o Judiciário, para multar aquelas organizações e aquelas entidades que paralisam estradas porque o direito de ir e vir é fundamental. É um direito democrático”, disse Dilma, em entrevista na porta do hotel em que está hospedada. Para ela, o governo deveria acelerar as reformas para atender às demandas da população. “Precisamos de melhor serviço no Brasil”. A presidenta lembrou que, nos últimos dez anos, o país “avançou de forma expressiva”. Essas conquistas, disse, “vieram para ficar e não serão de nenhuma forma abaladas”. Cabe agora “aumentar os direitos sociais”.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante – que acompanha a presidenta na viagem a Montevidéu – também criticou o bloqueio de estradas porque “prejudica a vidas das pessoas e não constrói nada – não gera mais democracia, nem mais direitos sociais”. Ele disse que as manifestações precisam ser respeitadas, mas que os manifestantes também precisam respeitar os direitos dos outros. “Isso faz parte do amadurecimento e acho que está cada vez mais sólido”. Mercadante considera que os protestos estão “mais moderados”. Segundo ele, o Brasil está encerrando um ciclo.
Para o ministro, a inflação vai cair. Ele voltou a defender destinação de 75% dos recursos dos royaltiesdo petróleo e dos rendimentos do Fundo Social à educação e de 25% à saúde. Mercadante lembrou a licitação para o campo de Libra, na Bacia de Santos, em outubro. “É a maior licitação da história da economia internacional do petróleo. São entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris. A estimativa é que Libras produza, em 35 anos, US$ 1 trilhão aproximadamente. Usar essa riqueza para a educação é um grande avanço”, completou.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Grampo internacional colhendo informações sobre o pré-sal


Segundo ministro, governo já discutiu o que fazer em caso de vazamento. Jornal divulgou que EUA espionaram e-mails e telefonemas no Brasil.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (11) em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que existe preocupação em caso de vazamento de informações sobre o pré-sal.
O ministro foi ao Senado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de monitoramento pelos Estados Unidos no Brasil. No domingo, reportagem do jornal “O Globo” revelou que, na última década, pessoas residentes ou em trânsito no Brasil, assim como empresas instaladas no país, se tornaram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês) por telefonemas e e-mail.
“Temos preocupação enorme com a possibilidade de vazamento de informações estratégicas. As informações sobre as jazidas do pré-sal, embora a Petrobras tenha aparato com grande segurança”, afirmou. “Se colocar informação dessas na rede, tem grande possibilidade de isso ficar exposto, principalmente se mandar e-mail ou qualquer comunicação, com possibilidade de alguém interceptar.”
“Quando foi anunciado o pré-sal, isso foi discutido em reuniões internas com o presidente da República, foi discutido o que se faria”, afirmou.
Apesar de ter dito no início da audiência que "não há novidade" sobre a existência de casos de espionagem internacional, Bernardo negou que o governo tivesse conhecimento dos denunciados pela imprensa, incluindo uma suposta base de interceptação de dados em Brasília. “Se houve funcionamento dessa base, foi coisa clandestina [...]. Não há acordo secreto dentro do aparato do estado”, declarou.
O ministro também demonstrou preocupação com a necessidade de proteção contra esse tipo de incidente. “O fato de nós sabermos que existe esse tipo de monitoramento, captura de dados, essa ‘xeretagem’ de dados no plano internacional, não pode nos fazer concorar com isso, não podemos deixar de ficar indignados com fatos como esse. Temo que reconhecer necessidade de os estados de um modo geral, o mundo geral, se protegerem de incidentes e até de guerras cibernética”, afirmou.
Nesta quarta, também em audiência no Senado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse haver “vulnerabilidade” nos sistemas de proteção cibernética no país. O ministro chegou a a afirmar que não usa e-mail para tratar de assuntos importantes. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, informou que o governo estuda levar as denúncias de espionagem para discussão em fóruns internacionais.
Ao longo da semana, o governo anunciou medidas para apurar as denúncias de espionagem no Brasil pelos Estados Unidos. Além de convocar o embaixador norte-americano em Brasília, Thomas Shannon, para prestar esclarecimentos sobre o caso, o governo anunciou a criação de um grupo técnico interministerial para realizar investigações e a abertura de inquérito pela Polícia Federal. O caso também é investigado pela Anatel. (G1/BSB).

Microsoft ajudou NSA a interceptar mensagens, diz "The Guardian"



A empresa teria trabalhado com o FBI e a NSA para facilitar o acesso indiscriminado às informações arquivadas na nuvem através do serviço SkyDrive

Gazetadopovo | EFE
A Microsoft manteve uma estreita colaboração com as agências de inteligência americanas para facilitar a interceptação de mensagens privadas de seus usuários, segundo documentos da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) revelados nesta quinta-feira pelo jornal britânico "The Guardian".
A nova informação divulgada pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden revela como a empresa do Vale do Silício ajudou a NSA a evitar o sistema de criptografia que protege as conversas entre os usuários através do chat do site Outlook.com.
Segundo os documentos, a agência tinha capacidade de acesso às mensagens de e-mail enviadas com o Outlook - que inclui o Hotmail - antes que o programa as codificasse para envio seguro.
A Microsot trabalhou, além disso, durante este ano com o FBI e a NSA para facilitar o acesso indiscriminado às informações arquivadas na nuvem através do serviço SkyDrive, que conta com cerca de 250 milhões de usuários.
Também o Skype, uma companhia que a Microsoft adquiriu em 2011 por cerca de 6 bilhões de euros, ajudou os serviços secretos dos Estados Unidos para facilitar seu trabalho de interceptar conversas em formato de vídeo e áudio, segundo o "Guardian".
Snowden, que permanece na zona de trânsito do aeroporto de Moscou desde 23 de junho, divulgou no início de junho documentos que revelam a existência do programa Prism, que permite que as agências de inteligência tenham acesso às informações armazenadas por milhões de usuários nos servidores de empresas como Google, Microsoft e Facebook.
As empresas que apareceram nos documentos de Snowden negaram que seus programas contenham "portas traseiras" para facilitar o acesso à informação privada de seus servidores.
A nova informação indica, no entanto, que a Microsoft forneceu soluções técnicas para os serviços secretos para permitir o acesso direto às conversas criptografadas no site Outlook.com.
Um documento com data de 26 de dezembro de 2012 que o "Guardian" atribuiu a uma comunicação interna da NSA diz: "MS (Microsoft), trabalhando com o FBI, desenvolvida a capacidade de vigilância para fazer frente (ao problema)".
"As soluções foram testadas com sucesso e entraram em funcionamento no dia 12 de dezembro de 2012", acrescenta o documento.
Outra nota descreve como a companhia trabalhou "durante muitos meses" com os serviços secretos para permitir que o programa Prism tivesse acesso ao SkyDrive sem a necessidade de autorização prévia.
Essa capacidade de acesso "significa que os analistas já não terão que fazer um pedido especial ao SSO (um departamento da NSA) para isso", afirma o documento.
Em comunicado enviado ao "Guardian", a Microsoft afirmou que leva o seu "compromisso com seus clientes e o cumprimento da lei de uma forma muito séria", e por isso só fornece informações privadas dos usuários "em resposta a processos legais".
"Quando atualizamos produtos, em algumas circunstâncias existem obrigações legais que requerem que mantenhamos a possibilidade de oferecer informação para cumprir a lei ou em resposta a pedidos sobre segurança nacional", afirmou a Microsoft.

Governo Dilma vai ouvir sociedade sobre novas ferrovias, diz Gleisi



O Governo Federal, diz Gleisi Hoffmann, vai ouvir sociedade para implantação de novas ferrovias no Paraná
O governo federal, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres, quer ouvir a sociedade sobre as novas ferrovias que fazem parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL). Amanhã, sexta-feira, a ANTT promove no Hotel Promenade, em Curitiba, reuniões para discussão dos estudos preliminares da concessão à iniciativa privada dos trechos ferroviários Maracaju (MS) – Lapa (PR); Mairinque (SP) – Rio Grande (RS); e Lapa (PR) – Paranaguá (PR).
Segundo Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, o Programa de Investimentos em Logística, lançado pelo governo federal em agosto de 2012, que envolve além de ferrovias, rodovias e portos, a consulta à população é importante para “assegurar aos cidadãos o direito de se manifestar sobre as políticas públicas importantes para sua região”. Ela destacou ainda que o governo vai trabalhar intensivamente para superar os gargalos de logística que possam dificultar o crescimento do país.
A documentação completa e os formulários eletrônicos sobre os trechos ferroviários objeto da audiência pública em Curitiba estão disponíveis no sítio eletrônico da ANTT, www.antt.gov.br, em Tomada de subsídios nº 9 (Maracaju-Lapa), 14 (Mairinque-Rio Grande) e 16 (Lapa-Paranaguá).
As contribuições para o trecho Maracaju-Lapa ainda serão aceitas durante a reunião de Curitiba ou pelo Correio até o final de julho. Para o trecho Mairinque-Rio Grande, as contribuições por escrito podem ser enviadas até as 18 horas de amanhã, 12 de julho e para o trecho Lapa-Paranaguá, até as 18 horas do dia 2 de agosto de 2013.
Maracaju-Lapa
O traçado escolhido para o trecho Maracaju-Lapa tem uma extensão de 989 km e atravessará 33 municípios, sendo 8 no MS e 25 no Paraná. No Paraná, serão os seguintes municípios: Guaíra, Terra Roxa, Nova Santa Rosa, Maripá, Toledo, Cascavel, Tupãssi, Catanduvas, Ibema, Guaraniaçu, Nova Laranjeiras, Campo Bonito, Laranjeiras do Sul, Cantagalo, Marquinho, Candoi, Goioxim, Irati, Guarapuava, Fernandes Pinheiro, Inácio Martins, Palmeira, Porto Amazonas, Balsa Nova e Lapa.

Organizadores da passeata no Rio pedem que participantes não cubram o rosto



Vinicius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os organizadores da manifestação no centro do Rio estão pedindo por meio do carro de som às pessoas que vão participar do ato público na Avenida Rio Branco, e estão chegando em caravanas de ônibus vindas do interior do estado, para ninguém cobrir o rosto, "porque não vamos aceitar provocações".
Um grupo de manifestantes - formado por jovens, ligados a movimentos sociais - chegou há pouco vindo da Praça 15 de Novembro cantando palavras de ordem e protestando contra os gastos na Copa do Mundo e contra a corrupção no país.
Até o momento, não há nenhum manifestante na Candelária com o rosto coberto. As quatro pistas da Avenida Presidente Vargas já estão fechadas totalmente para passagem de veículos.
Depois de se concentrarem na Candelária, centro do Rio, representantes de centrais sindicais se preparam para começar a passeata que seguirá pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, local histórico de manifestações políticas da cidade. Os organizadores calculam que a manifestação vai reunir cerca de 100 mil pessoas.
O movimento é organizado por diversas entidades, entre elas, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Sindicato dos Bancários e Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Rio de Janeiro (Sintrasef).
Para evitar prejuízo, caso haja confronto, as lojas próximas ao local, que estavam abertas, se organizam para fechar antes do início do protesto.
O presidente da UGT no Rio de Janeiro, Nilson Duarte Costa, espera que o governo escute as reivindicações dos trabalhadores. “Com este movimento, esperamos que o governo nos escute, nos veja e nos atenda. As coisas estão mudando, assim como aconteceu nas manifestações do movimento estudantil, e nós da classe trabalhadora não podemos ficar parados. Chegou a vez dos trabalhadores”, disse.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, Marco Antônio Lagos, o Marquinho da Força, espera que a manifestação seja pacífica. Ele informou que a pauta se restringe às questões trabalhistas. “Hoje as pautas não incluem plebiscito e reforma política, porque é um ato exclusivamente reivindicando direitos trabalhistas e melhores condições de vida para a população”,explicou.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, de Tintas e Vernizes, de Sabão e Velas e de Plásticos do Rio de Janeiro (Traquimfar), Alberto Kirsten, defendeu melhores condições de trabalho. “Queremos trabalhadores 'modelo Fifa', por isso, estamos reivindicando mudanças na carga horária e jornada de trabalho de 40 horas”, esclareceu.
O diretor do Sintrasef, Geraldo Nunes Pereira, disse que os servidores públicos está revindicando aumento de 5%. Ele explicou que o reajuste está previsto para 2015, mas a categoria quer que seja liberado no ano que vem. “Queremos antecipar para 2014, porque o aumento recebido em janeiro, a inflação comeu”, afirmou.

Manifestações de trabalhadores marcam esta quinta-feira em todo o país



Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O dia de hoje (11) promete ser de intensas manifestações no Brasil. Os protagonistas são os trabalhadores, que fazem marchas, protestos e fecham rodovias em todo o país.
As principais reivindicações são pelo fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, pela aceleração da reforma agrária e pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a saúde. Organizações sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) organizam o ato.
Metalúrgicos e trabalhadores da construção civil, bem como operários de obras do Programa de Aceleração do Crescimento, devem aderir totalmente ao movimento. Outras categorias devem parar parcialmente, como bancários e funcionários da área de telefonia.
Em São Paulo, por exemplo, está previsto o fechamento da Marginal Tietê, das avenidas do Estado, da Jacu-Pêssego e da Radial Leste, e das rodovias Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes, Castello Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga. A partir do meio-dia, trabalhadores farão um grande ato na Avenida Paulista. No centro do Rio de Janeiro, a concentração será na Candelária, a partir das 15h. Em Minas Gerais, trabalhadores da educação, saúde e os eletricitários devem paralisar as atividades.
Outras rodovias também devem ser fechadas por manifestantes. Entre elas estão a BR-101, no município de Itajaí (SC), a BR-364, em Jaru (RO), as BRs-324, 101, 242, em Feira de Santana (BA), e a BR-381, em Ipatinga (MG).
Na capital federal, trabalhadores vão se concentrar às 15h no Museu da República. A Polícia Militar fará o deslocamento de 700 policiais para o local a partir das 13h.
“A nossa mobilização é no sentido de pressionar, tanto o Legislativo quanto o Executivo, para que nossas pautas históricas, que estão há muito tempo nos dois Poderes, possam avançar”, explicou Carmem Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Zé Maria de Almeida, da  CSP-Conlutas, destacou a continuidade das manifestações, que começaram em junho. “O protesto vai ser muito forte. Vamos ter greves em centros grandes. Depois das mobilizações de rua que pararam o país, entram as entidades organizadas”.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), a intenção dos organizadores não é apenas serem recebidos pela presidenta Dilma Rousseff. “Esperamos que a presidenta atenda às reivindicações. Ela precisa atender, ela já sentou para conversar com a gente três vezes e não resolveu nada. Se ela não atender, vamos continuar nos mobilizando”.

Manifestantes marcham na Esplanada em defesa de melhorias para o trabalhador



Participantes da mobilização convocada pelas centrais sindicais estão na Esplanada dos Ministérios, como parte das atividades do Dia Nacional de Luta. Entre as reivindicações estão o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho, a aceleração da reforma agrária e a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação.

Cerca de 20 mil metalúrgicos participaram das manifestações, diz sindicato




Cerca de 20 mil trabalhadores da categoria participaram de mobilizações do Dia Nacional de Lutas e bloquearam BR-376, BR-277 em dois pontos e Contorno Sul, que liga BR-116 à BR-277. Atendendo a solicitação da Força Sindical do Paraná, os metalúrgicos da Grande Curitiba fizeram paralisações e fecharam nesta manhã (11) várias rodovias federais, para marcar o  Dia Nacional de Lutas pela aprovação da Pauta Trabalhista.
As mobilizações ocorreram das 5h00 as 10h00, e envolveram cerca de 20 mil trabalhadores nas empresas Volvo, Renault, Volkswagen, JTekt, CNH, Bosch, Brafer, WHB, Arotubi, Aethra, Parque Industrial da Volks (PIC),  Perfecta, Hass, GL, Maflow, Seccional, Pial Legrand. Nas montadoras, os metalúrgicos do 1º e 3º turnos decretaram paralisação e só retornam ao trabalho amanhã. Novas mobilizações ocorrem na entrada do 2º turno, a partir das 14h, e às 16h, na Praça Rui Barbosa, ao lado de trabalhadores de outras categorias.
As ações são lideradas pela Força Sindical e Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, e sua realização foi aprovada previamente pelos trabalhadores, em assembleias, na semana passada.
As mobilizações fecharam rodovias federais e o Contorno Sul, que liga a BR-116 à BR-277, sentido norte do Estado.

Greve Geral: Confira os bloqueios no Paraná


Do Blogdajoice.com


Diversas rodovias e principais ruas em Curitiba foram bloqueados por manifestantes ou passeatas. Confira a lista: - BR-277 (Curitiba-Litoral) km 71 sentido Paranaguá / km 68 sentido Curitiba - BR-277 (Interior) km 98 sentido interior - BR-376 (SC) km 591 - BR 376 km 623 sentido Norte - Rodovia do Xisto (Curitiba-Araucária) km 148 - Contorno Sul (Avenida Juscelino Kubitschek com Eduardo Sprada) - Avenida Getúlio Vargas / Conselheiro Laurindo - Bairro Rebouças       Os pontos mais prejudicados são: BR-277, no quilômetro 71, sentido Paranaguá, e no quilômetro 98, sentido interior. No bairro CIC, em Curitiba, os manifestantes também bloqueiam o Contorno Sul, no cruzamento da Avenida Juscelino Kubitscheck com a Rua Eduardo Sprada. Na BR-376, os metalúrgicos já estão em frente à fábrica Audi, e prometem fechar a pista, no sentido Santa Catarina. Na Rodovia do Xisto, em Araucária e BR-277, KM 68, sentido Curitiba, também estão interditadas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, alguns desvios serão realizados para evitar que o congestionamento piore.

Metalúrgicos paralisam as atividades e bloqueiam estradas



Do blogdajoice
Manifestantes estão na frente das fábricas com faixas e cartazes
grevemontadoras
Cerca de 10 mil funcionários de pelo menos sete montadoras de Curitiba e Região se reúnem desde o início da madrugada para protestar com faixas e cartazes em apoio ao Dia Nacional de Lutas.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), entre as reivindicações dos trabalhadores estão, a redução da jornada de trabalho para 40 horas, valorização das aposentadorias, e revisão dos preços das taxas de pedágio e mudanças no sistema de eleições do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR). Entre as montadoras que estão sendo afetadas pelos protestos estão a Renault, Volvo e Volkswagen.
Os pontos mais prejudicados são: BR-277, no quilômetro 71, sentido Paranaguá, e no quilômetro 98, sentido interior. No bairro CIC, em Curitiba, os manifestantes também bloqueiam o Contorno Sul, no cruzamento da Avenida Juscelino Kubitscheck com a Rua Eduardo Sprada. Na BR-376, os metalúrgicos já estão em frente à fábrica Audi, e prometem fechar a pista, no sentido Santa Catarina. Na Rodovia do Xisto, em Araucária e BR-277, KM 68, sentido Curitiba, também estão interditadas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, alguns desvios serão realizados para evitar que o congestionamento piore.
Todos os protestos são realizados de forma pacífica, segundo o sindicato.

Dilma sanciona ‘Ato Médico’ mas veta pontos chave



A presidente Dilma Rousseff sancionou, nesta quinta-feira (11), a lei do “Ato Médico”, mas vetou os principais trechos da proposta que regulamenta a profissão do médico, sob o argumento de que traria impactos negativos ao SUS.
Foram vetados dez trechos no total, entre eles a espinha dorsal da proposta: a que estabelece como atividades privativas do médico a formulação do diagnóstico das doenças e a prescrição terapêutica.
Segundo a justificativa dada para o veto, o trecho “impediria a continuidade de inúmeros programas do SUS que funcionam a partir da atuação integrada dos profissionais de saúde (…) Poderia comprometer as políticas públicas da área da saúde, além de introduzir elevado risco de judicialização da matéria”.
O “Ato Médico” foi alvo de grande polêmica ao longo da década de tramitação no Congresso, separando de um lado as entidades médicas –que respaldavam a proposta– e as demais profissões da saúde –que a rejeitavam.
Conselhos como o de psicologia, enfermagem e serviço social se mobilizaram pelo veto ao “Ato Médico” nos últimos 15 dias. Foram ao Ministério da Saúde e à Casa Civil. O pleito foi feito diretamente à presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira (8), durante lançamento do programa “Mais Médicos”.
Em coro, gestores locais da saúde pediram “Veta! Veta! Veta!”.
Outros trechos vetados por Dilma são os que determinam como atividade privativa do médico a indicação do uso de órteses e próteses; a direção e chefia de serviços médicos; procedimentos invasivos de invasão da epiderme e derme.
As justificativas apontam, em todos os casos, para impactos negativos no SUS, citando obstáculos para o programa nacional de imunização e a prescrição de órteses e medicamentos para hanseníase por outros profissionais de saúde, entre outros.
Na justificativa, o governo sinaliza que vai apresentar uma nova proposta a trechos vetados. A decisão sobre os vetos foi fechada apenas na noite desta quarta-feira (10).

País cobrará discussão ampla de espionagem americana em organismos internacionais



Publicado por Senado (extraído pelo JusBrasil) 
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Um grupo técnico vai identificar os principais quesitos que precisam ser esclarecidos pelo governo dos Estados Unidos sobre as denúncias de espionagem no Brasil, informou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em audiência pública sobre o tema encerrada há pouco na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
Patriota disse que o Brasil vai acionar as Nações Unidas e ampliar o debate em organismos internacionais, visto que outros países, a exemplo da Colômbia, também teriam sido monitorados americanos.
Para o ministro da Defesa, o ex-chanceler Celso Amorim, nenhum pais do mundo tem condições de criar um “escudo total” em torno de suas informações. Segundo ele, a estratégia de defesa tem que envolver elementos de cibernética, mas com instrumentos tecnológicos nacionais, como forma de garantir a segurança das informações. Do contrário, afirmou, “o próprio protetor pode estar repassando as informações”.