segunda-feira, 18 de maio de 2015

Juiz ouve testemunhas de acusação de processo da 10ª fase da Lava Jato


Entre os réus deste processo estão Alberto Youssef e Renato Duque. 
Audiência está marcada para as 14h desta segunda (18), na Justiça Federal. 

Do G1 PR

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, ouve seis testemunhas de acusação no processo referente a 10ª fase da Operação, deflagrada em março deste anoSão 20 réus neste processo. A audiência está marcada para começar às 14h na sede da Justiça Federal, em Curitiba.
Entre os reús  estão: Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, ex-gerente da diretoria de Serviços, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Alberto Youssef, acusado de ser o líder do esquema da Lava Jato, além de empreiteiros. Duque e Vaccari pediram dispensa da audiência e tiveram o consentimento de Moro.
Inicialmente, este processo tinha 27 réus. No entanto, no dia 13 de maio, Moro reviu denúncias do Ministério Público Federal (MPF) contra sete representantes ligados às empreiteiras OAS e Mendes Júnior.
As seis testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal (MPF) que foram intimadas a comparecer na audiência são: Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Leite, ex-executivos da Camargo Corrêa e que cumprem prisão domiciliar em São Paulo, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, que trabalhava na empresa GDF do doleiro Alberto Youssef, Leonardo Meirelles, sócio da Labogen, Maurício Godoy e Marcos Pereira Berti.
Godoy atualmente é presidente do grupo Estaleiros do Brasil e foi ligado ao grupo Toyo Setal. Marcos Berti também foi executivo da Toyo Setal.
De acordo com a denúncia do MPF,  Vaccari participava de reuniões com Duque para tratar de pagamentos de propina, que era paga por meio de doações oficiais ao PT. Dessa maneira, os valores chegavam como doação lícita, mas eram oriundas de propina. O MPF aponta que foram 24 doações em 18 meses, no valor de R$ 4,260 milhões.
A operação Lava Jato começou investigando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação acabou resultando na descoberta de um esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.