quarta-feira, 15 de abril de 2015

Operação cumpre mandados de prisão no RJ, SP e MG


Ação da Civil e MP busca 40 pessoas, incluindo policiais civis e militares.
Bando é acusado de praticar os crimes de tráfico, roubo e extorsão.

Do G1 Rio

Operação realizada em cidades do Sul do Rio conta com 300 agentes (Foto: Priscila Chagas/TV Rio Sul)Operação realizada em cidades do Sul do Rio conta com 300 agentes (Foto: Priscila Chagas/TV Rio Sul)
A Polícia Civil do Rio, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizavam, na manhã desta quarta-feira (15), a Operação Adren. A ação tinha como objetivo cumprir mandados de prisão preventiva contra 40 pessoas, incluindo policiais. Ás 9h30, 16 pessoas tinham sido presas. Outros nove acusados foram detidos anteriormente,ao longo da investigação, totalizando 25 mandados de prisão cumpridos na ação.
O bando é acusado de praticar os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro. Os mandados eram cumpridos na Região Sul Fluminense, Rio de Janeiro, São Paulo (capital e interior) e interior de Minas Gerais. Ao todo, são 43 denunciados.
De acordo com a Polícia Civil do Rio, com a implantação das UPP, uma quadrilha do estado do Rio perdeu dinheiro, armas e drogas e pediu ajuda para a principal facção criminosa de São Paulo. Como a dívida não foi paga, o bando começou a controlar pontos de venda de drogas no Sul do Estado do Rio. Trezentos agentes participam da ação.

Denúncia
De acordo com a denúncia, uma parte da quadrilha era organizada a partir de um grande núcleo fornecedor de drogas radicado na capital paulista. Este núcleo abastecia diversos traficantes da Região Sul Fluminense, que faziam a distribuição e venda da droga no Estado do Rio de Janeiro, bem como atendia a outra célula do bando, sediada nos arredores da cidade de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo.
A operação também tem como alvo policiais corruptos, que, associados a outros traficantes transportavam, guardavam e mantinham entorpecentes em depósito, para fins de tráfico e sem autorização legal. Os suspeitos da prática são os policiais civis Guilherme Dias Coelho (conhecido como "Guilherminho"), Pablo Bafa Feijolo e Clodoaldo Antônio Pereira, associados a outros traficantes, e por vezes com auxílio do policial civil Ricardo Wilke.
O material era posteriormente repassado a integrantes da quadrilha para revenda, cujo produto era partilhado entre todos. Por vezes, parte da droga apreendida em diligências policiais era retida e transportada em carro policial e distribuída entre outros membros do bando, também para revenda.
Apurou-se ainda a existência de organização criminosa composta por policiais militares e outros criminosos, cujo propósito era a extorsão e a prática de outros crimes patrimoniais contra traficantes da região.
A Operação Adren também cumpre 64 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores de todos os denunciados. Ao longo das investigações, iniciadas em meados de 2014, diversas prisões foram efetuadas, bem como a apreensão de aproximadamente 65 quilos de material entorpecente e vasta quantidade de material utilizado no preparo da droga, os quais foram parcialmente localizados em refinaria mantida pela facção criminosa na capital de São Paulo.