quinta-feira, 17 de julho de 2014

Intenção de Consumo das Famílias fica estável após seis meses em queda


Da Agência Brasil

Intenção de Consumo das Famílias (ICF) fechou junho com indicativo de estabilidade, ao registrar aumento de 0,1% na comparação com o mês anterior, indo a 120,6 pontos, depois de fechar o primeiro semestre do ano em queda.
O indicador foi divulgado hoje (15), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Turismo (CNC), ressaltando, no entanto, que em relação a julho do ano passado, o ICF fechou com queda de 3,5%.
Na avaliação da CNC, “a desaceleração recente da inflação de alimentos e os efeitos temporários produzidos pela Copa do Mundo podem ter auxiliado na manutenção geral das perspectivas”. Mesmo que ainda em base tímidas de recuperação, o índice permanece acima da zona de indiferença (100 pontos), indicando, portanto, um nível favorável.
Na avaliação da economista da CNC Juliana Serapio, é necessário enfatizar que, apesar do resultado positivo de julho, a percepção das famílias não muda tão rapidamente. “As perspectivas para emprego e consumo seguem desaquecidas. O componente perspectiva profissional teve o menor valor da série histórica (117,8 pontos), e o nível de consumo atual apresentou insatisfação das famílias (abaixo de 100 pontos)”, justificou.
A CNC lembra, ainda, que o item sobre consumo de bens duráveis teve a maior queda na comparação anual, ao fechar julho em – 13,4%, voltando a registrar o menor patamar da série histórica (105,7).
Para a economista da CNC, o comportamento é um reflexo do encarecimento do crédito. “A taxa de juros para pessoas físicas atingiu, na última divulgação, o maior valor desde julho de 2011”, ressaltou.
Na previsão para o resto do ano, ao analisar as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a CNC revisou novamente para baixo a expectativa do volume de vendas do varejo, que passou de 4,7% para 4,5% em 2014.