quinta-feira, 5 de junho de 2014

Greve nos hospitais privados cresce e prejudica atendimento da saúde em Curitiba


Redação/BandaB

A greve dos funcionários de hospitais privados e filantrópicos de Curitiba entra nesta quinta-feira (5) em seu segundo dia com previsão de mais um dia de caos. Ontem, a paralisação afetou o atendimento de pelo menos seis dos maiores hospitais da cidade. Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), o atendimento foi prejudicado nos Hospitais Cajuru, Zilda Arns (do Idoso), Santa Casa de Curitiba, Erasto Gaertner, São Vicente e Pequeno Príncipe. Com o atendimento precário nesses locais, houve sobrecarga nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Prefeitura de Curitiba.
O Sindesc informou que o objetivo é conseguir nesta quinta-feira a adesão dos trabalhadores do Hospital Evangélico.
No Hospital Cajuru, pelo menos 50% dos enfermeiros, técnicos e funcionários da limpeza e copa aderiram à greve e não trabalharam ontem. Em nota, o Cajuru informou que não está sendo respeitado o índice de 100% nos setores críticos de pronto socorro, como ficou acertado na Justiça. Segundo o hospital, no Pronto Socorro e nas Unidades de Internação, há 75% de paralisação no pronto-socorro, 83% no serviço de retaguarda e urgência e 25% no centro cirúrgico. O atendimento é restrito. Só casos mais graves ganham prioridade.
Na Santa Casa de Curitiba, a adesão total foi de 34%; no Hospital São Vicente, a adesão chega a 70%.
A categoria pede um aumento de 15%, além de um aumento no vale refeição e também melhorias na insalubridade dos trabalhadores. Em assembléia o proposto pelas empresas foi um reajuste de 7,93%, pago em duas vezes até o mês de janeiro do ano que vem.
Segundo o Sindesc, o piso salarial de um auxiliar de enfermagem está hoje, em média, em R$ 1.050. A categoria representa um contingente de 20 mil pessoas.