quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Prefeito apresenta Mãe Curitibana em Genebra a convite da ONU


Modelo em Saúde


O prefeito Luciano Ducci apresenta nesta quinta-feira (2), em Genebra, Suíça, o Programa Mãe Curitibana, que integra o plano global da Organização das Nações Unidas de prevenção da mortalidade infantil e materna e eliminação da transmissão vertical do vírus HIV das mães para os bebês.
“O Mãe Curitibana é um programa de valorização da vida, que é o nosso bem maior. O reconhecimento do trabalho feito em Curitiba e a disseminação desta prática para outras fronteiras muito nos orgulha, porque se trata de um programa público de atenção ao ser humano e que é modelo para o primeiro mundo”, afirma o prefeito.
Luciano Ducci, que é o responsável pela criação e implantação do Mãe Curitibana, está na Suíça atendendo a convite do diretor do Departamento de Estratégias e Resultados da agência da ONU Unaids, Bernhard Schwartländer.
No evento irá apresentar o modelo curitibano de atenção a mães e bebês que foi escolhido como referência ao Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), na Reunião de Alto Nível da ONU sobre HIV/Aids realizada em junho de 2011.
Mãe Curitibana - O programa garante exames de pré-natal, parto seguro, atenção a mãe e ao bebê durante toda a gravidez até 40 dias após o nascimento. Passado esse tempo, a mulher recebe alta e a criança é automaticamente vinculada ao Programa do Lactente.
A cada ano, 17 mil mulheres são vinculadas ao programa, que oferece mais de quinze tipos de exames complementares, visita ao dentista e oficinas de gestantes com a participação dos pais dos bebês.
Além da atenção e cuidados com o filho que vai chegar, elas também são orientadas sobre planejamento familiar. O objetivo é prevenir uma nova gestação inesperada. Os métodos contraceptivos, adequados à condição de saúde de cada mulher ou homem, são oferecidos gratuitamente nas próprias unidades de saúde.
A integração entre os diferentes níveis de serviços - unidades de saúde, hospitais, clínicas e laboratórios - continua após o parto. Antes da alta, todas as mães e seus bebês têm sua primeira visita à unidade de saúde marcada pelo próprio hospital ou maternidade, que tem acesso online às agendas das unidades de saúde onde a dupla está cadastrada.
Desde a criação, em março de 1999, 200 mil mulheres e seus bebês foram acompanhados pelo programa. Cerca de 85% das gestantes vinculam-se até o 4º mês de gestação e apenas 13% são diagnosticadas como de médio ou alto risco. Quase 70% dos partos – que representam cerca de 60% das gestantes da cidade - são normais.
O programa contribui, de forma significativa, na redução da mortalidade infantil e materna. De 1998 para 2009 a mortalidade infantil caiu de 16,64 por 1000 nascidos vivos para 8,97 / 1000.
A redução da mortalidade materna também merece destaque. De 60,5 por 100 mil nascidos vivos entre 1994 a 1999 e de 43,9 por 100 mil entre 2000 e 2005, o indicador desceu para 38,6 por 100 mil nos últimos 5 anos.