sábado, 11 de setembro de 2010

Seminário da ONU consolida Curitiba como capital da biodiversidade


Terminou, ontem, em Curitiba o simpósio sobre Economia de Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês) para Formuladores de Políticas Locais e Regionais. O simpósio consolidou Curitiba como a capital nacional das discussões sobre a biodiversidade.

"Desde 2006, quando a cidade sediou a Convenção Sobre Diversidade Biológica (COP 8), somos referência quando o assunto é biodiversidade. Isso é resultado das políticas publicadas de conservação e preservação adotadas", disse o secretário de Relações Internacionais de Curitiba, Eduardo Guimarães.

Nos últimos quatro anos, a cidade sediou quatro eventos internacionais relacionados a conservação da natureza. No seminário que terminou nesta sexta-feira, após dois dias de discussões e painéis, os participantes reuniram algumas alternativas e soluções para a ampliação da economia de ecossistemas e biodiversidades. Esses pontos serão apresentados na Convenção Sobre Diversidade Biológica - COP 10, em Nagoya, no Japão, em outubro próximo

A capital paranaense faz parte de um seleto grupo de cidades que contou também com Nova Delhi, na Índia; Cidade do Cabo, na África do Sul; e Ghent, na Bélgica. As discussões aconteceram simultaneamente nas quatro cidades e serviram de pano de fundo para discussões sobre incorporação de capital natural para promover crescimento e prosperidade de longo prazo na América Latina.


"Esse trabalho é um avanço na valorização da biodiversidade. Muitos pontos discutidos aqui servirão de referências para novos marcos legais", destacou o secretário de Relações Internacionais de Curitiba, Eduardo Guimarães.
"As principais mudanças precisam ocorrer na sociedade. O bem ambiental precisa se transformar em bem social. Gestão ambiental e inclusão social são elementos chaves para alcançar as metas estipuladas", afirmou Carlos Eduardo Young, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O relatório do TEEB explora e dá dicas práticas de como lidar com o desafio de perda de biodiversidade em nível local e regional, examina ações que governos locais podem tomar quanto ao uso e gestão de recursos naturais, manutenção de biodiversidade, arquitetura urbana como também ferramentas de mercado como Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA).

Além de servir para formuladores de políticas locais e regionais, a informação contida no relatório também é interessante para Organizações Não Governamentais, agências reguladoras e ao sistema jurídico. O TEEB é uma iniciativa internacional para despertar a atenção aos benefícios e os custos das perdas de biodiversidade.