As secretarias municipais de Turismo, Abastecimento e Saúde realizaram ontem mais um curso de boas práticas de alimentos para feirantes das 22 feiras de artesanato nos bairros de Curitiba e da feira do Largo da Ordem.
O encontro reuniu cerca de 50 donos de barracas de alimentos, com o objetivo de repassar conceitos sobre segurança alimentar, além de preparar e qualificar os profissionais para Copa do Mundo de 2014 em Curitiba. No total, 150 feirantes vão passar pelo curso.
Esse é um novo procedimento que os feirantes que trabalham com alimentos estão atravessando. A partir de agora, as três secretarias são responsáveis pela fiscalização das feiras. Uma comissão foi estabelecida e irá percorrer os locais de produção e também as barracas nos dias de feira para garantir a qualidade dos produtos.
"Essa é uma nova era para as feiras de Curitiba. Agora, as três secretarias vão trabalhar juntas e alinhadas para garantir que os alimentos oferecidos nas feiras sejam de qualidade. Cada vez mais, o consumidor está ficando exigente e os feirantes devem acompanhar esse processo se atualizando", destacou Ana Valéria de Almeida Carli, Chefe da Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria da Saúde.
Para Ana Valéria, o trabalho irá trazer ganhos para todos os profissionais. Afinal, qualidade é garantia de vendas e lucro. "As feiras são o "ganha pão" para maioria dos feirantes. Sabendo disso, eles correm atrás para se adaptar as exigências, atender aos 30 itens necessários e obter a licença. Com a licença, poderão expor e vender seus produtos", completou.
Tadeu Kawalec, o "Tadeu do Pirogue", 57 anos, participou do curso. Em 22 anos como feirante, Tadeu reconhece a importância do trabalho e concorda com o controle feito pelas secretarias.
"As equipes de controle de qualidade percorrem as barracas nas feiras todos os dias. Isso é importante para o público saber que o alimento oferecido é de qualidade. Isso também é fundamental ao feirante, afinal, todos dentro do padrão, não corremos o risco de afastarmos clientes", afirmou Tadeu, que monta sua barraca todos os dias nas feiras livres durante a semana e aos domingos, na feira do Lago da Ordem.
A também feirante Josimara Cordeiro do Prado, 42 anos, já realizou algumas modificações no seu local de produção bolinhos de bacalhau e espetinhos para estar de acordo com as normas. Ciente do processo, Josimara faz coro ao colega e reconhece a relevância da avaliação.
"O acompanhamento das secretarias serve para os feirantes melhorarem. Todos se adequando, é certeza de que as feiras continuaram sendo um sucesso entre os curitibanos e pessoas de fora da cidade", afirma.
Copa do Mundo
Na avaliação dos representantes das Secretarias de Turismo, Abastecimento e Saúde e dos próprios feirantes, a capacitação ganha um peso maior por causa Copa do Mundo de 2014. Todos sabem que a cidade irá receber milhares de turistas nacionais e estrangeiros e que as feiras devem ter uma grande procura.
"Há alguns anos, durante um fórum internacional de meio ambiente em Curitiba, muitos estrangeiros foram à minha barraca conhecer o pirogue. É gratificante receber pessoas de fora e mostrar que temos qualidade e somos de primeiro mundo", afirma o feirante Tadeu Kawalec.
Para Ana Valéria, da Secretaria da Saúde, as feiras já fazem parte do roteiro turístico de Curitiba e atraem cada vez mais pessoas. Com a multiplicação desse número durante o Mundial, todos precisam estar qualificas para atender a demanda.
"Os feirantes são receptivos e sabem que esse é o melhor caminho. Estamos trabalhando de forma intensa e próxima dos feirantes buscando sempre melhorar", afirmou Ana Valéria.
