Curitiba tem a melhor rede de Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) do Brasil. Os CRAS de Curitiba receberam nota 10 no censo realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com base nas estatísticas de 2009. Apenas 16 Centros em todo o Brasil - dos quais seis são em Curitiba - receberam a nota máxima. "Colocamos a assistência social em lugar de destaque dentro da Prefeitura, aumentando o orçamento e o atendimento a família mais pobres", afirma o prefeito Luciano Ducci.
Entre as capitais, apenas Brasília e Curitiba tiveram unidades com a nota máxima. A capital paranaense teve ainda 22 unidades com nota 9 e quatro com nota 8. Tiveram nota máxima os CRAS Vila São Pedro (Xaxim), Alto Boqueirão, Pilarzinho, Pompéia e Santa Rita (Tatuquara) e Madre Teresa, no Ganchinho. Para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a nota 10 representa equipamentos considerados modelo para a rede.
A pesquisa levou em conta as atividades associadas ao Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), além de um espaço físico que garanta a execução de um trabalho social com qualidade, e recursos humanos em número suficiente para atender as famílias referenciadas, além do funcionamento em oito horas diárias, durante cinco dias da semana.
"Os CRAS de Curitiba possuem serviços complementares para a prestação de serviços com qualidade e demonstram o quanto o Município vem investindo em assistência social", disse Luciano Ducci.
Curitiba possui 45 CRAS e 10 unidades que atendem 58.293 famílias carentes, nas nove regionais de Curitiba.
A pesquisa realizada pelo Governo Federal revelou que Curitiba tem os melhores CRAS entre as metrópoles brasileiras. "Os CRAS curitibanos foram classificados como de excelência e concorreram com outros 5.139 Centros de Referência da Assistência Social de todo o País", disse Leandro Meller, presidente da Fundação de Ação Social (FAS).
"Fiz todos os cursos nos CRAS. Hoje, além de instrutora faço artesanato para vender. Consegui formar minha filha em técnica de enfermagem. Um orgulho para toda a família", disse Sidley Tercitti, 47 anos, que fez curso de tear no CRAS.
"Em Curitiba, os CRAS atuam dentro das áreas que mais precisam, perfeitamente integrados com a comunidade e com as outras políticas públicas", diz Gladys Tortatto, coordenadora técnica da FAS. "Todo CRAS está de portas abertas para a população que quer melhorar de vida e fazer um futuro melhor", explica Letícia Hillen dos Reis, coordenadora de apoio aos CRAS, da FAS.
É o que pensa Irene Vieira Silva, 42 anos, artesã e instrutora do projeto Tecendo Redes. Veja o depoimento dela:
"Minha vida mudou depois que passei a freqüentar o CRAS Xapinhal. Nossa situação financeira era complicada e nunca tínhamos dinheiro para levantar a casa. Um dia, já formada no curso de tear, fui convidada a participar de uma feira em Gramado, no Rio Grande do Sul. Apostei e levei tudo que tinha produzido.
Vendi tudo. Arrebentei a boca do balão. Voltei e fui a uma loja de material de construção e comprei toda a lajota da casa. Quando o caminhão chegou, a família ficou alvoroçada. Ninguém sabia de nada. Foi tudo escondido para fazer surpresa. E as lajotas começaram a ser descarregadas e a alegria foi geral.
Chegamos até a chorar juntos. Mas meu orgulho era maior. Ali estavam as lajotas conseguidas num tear", disse Irene.
