quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Richa e José Serra lançam programa de prevenção ao câncer de mama


O prefeito Beto Richa e o governador de São Paulo, José Serra, lançam nesta quinta-feira (19) o programa Mulher Curitibana, de prevenção ao câncer de mama. Será às 14h30, no Expo Unimed, no campus da Universidade Positivo. Richa e Serra também assinarão protocolo de cooperação técnica de experiências na área de habitação de interesse social.

A iniciativa parte da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama - primeira causa de mortalidade feminina por neoplasia principalmente entre as mulheres naquela faixa etária - e oferece exames e avaliações que também garantam proteção contra outras doenças crônicas e mais qualidade de vida.

O objetivo do programa é reforçar entre as mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) o hábito de visitar anualmente o médico para se submeter a exame clínico preventivo. Das cerca de 220 mil a partir de 50 anos moradoras da cidade, perto de 150 mil frequentam as unidades de atendimento da Secretaria Municipal da Saúde.

A partir dos 50 anos, faixa que concentra 59% dos casos de câncer de mama, a cada dois anos é necessário fazer também mamografia - o exame por imagem que mostra se há formações na mama sugestivas de anomalias, mais frequentes entre as mulheres mais velhas. "Quando detectados em fase inicial, 95% dos casos têm cura. Daí a importância do programa Mulher Curitibana", justifica o vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci.

O câncer de mama está diretamente relacionado ao nível de desenvolvimento local. Quanto mais urbanizado o município, maior o número de mulheres mais velhas e que, com o passar do tempo, desenvolvem a doença. As grandes cidades são também o ambiente em que a maioria das mulheres tem atividade profissional e, em decorrência disso, deixam para engravidar mais tarde, tem vida estressada, alimentação deficiente e, em muitos casos, fuma. Todos esses fatores são predisponentes ao câncer de mama.

O ponto de partida para participar do programa será o convite que, no dia do próximo aniversário, cada uma dessas mulheres receberá da equipe da Unidade de Saúde mais próxima de casa. A intenção é que elas compareçam ao local em dia e hora marcada e iniciem uma avaliação completa de saúde.

Na primeira visita à unidade de saúde depois do convite, será feita uma avaliação básica de saúde e levantadas informações gerais sobre saúde para o cadastro. Quem ainda não tiver feito o preventivo de câncer de colo uterino colherá a amostra e sairá da unidade com o requerimento para realização da mamografia de rastreamento.

Prontos os laudos dos exames, as pacientes serão informadas sobre o resultado e orientadas. Isso pode significar desde futuras consultas com especialistas, para os casos de exames alterados, até prescrições mais simples - como adequação da dieta, prática de atividades físicas e abandono do fumo - e que podem mudar substancialmente o estado de saúde e qualidade de vida das pacientes.

Todos os dados serão anotados na caderneta de saúde da Mulher Curitibana - um documento que, preenchido com informações referentes a resultados de exames, vacinas, medicamentos usados, problemas de saúde, metas pessoais e até fotografias, vai se tornar um resumo da evolução do estado de saúde de cada mulher e fonte de informações precisas para qualquer profissional de saúde que, no futuro, venha a acompanhar sua titular.

Essa caderneta traz, também, dicas para uma vida equilibrada. Entre elas, informações sobre alimentação saudável, atividades físicas, sexualidade saudável, saúde bucal e mental, males do tabagismo e prevenção da osteoporose.

A expectativa das autoridades sanitárias, explica o vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci, é que o programa eleve o número mensal de mamografias dos atuais 6 mil exames para 10 mil. No ano passado - período em que ocorreram cerca de setecentos novos casos de câncer de mama, foram feitas quase 54 mil mamografias. "Com isso reduziremos a mortalidade e a taxa de incidência do câncer de mama", justifica Luciano.

Em 2008, segundo acompanhamento do órgão, a mortalidade no município motivada por câncer de mama ficou em 13,6 por 100 mil mulheres, o que representou 168 óbitos. A taxa de incidência na cidade é de 76 por 100 mil - maior que a observada no Estado (56 por 100 mil), na Região Sul (67 por 100 mil) e no Brasil (51 por 100 mil).

Habitação: O objetivo do protocolo entre Curitiba e São Paulo é o intercâmbio técnico na área de habitação de interesse social e para implantação de projetos de melhoria habitacional nas áreas de ocupação irregular; programas de regularização fundiária e urbanização de favelas; ações de parceria com o governo federal para o desenvolvimento de projetos no âmbito do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS); estudos para a criação do Fundo Garantidor Habitacional e modelagem para parcerias público-privadas, entre outros.

Uma das primeiras do programa de cooperação será a implantação, em Curitiba, de um projeto de melhoria habitacional nas Vilas Parolin e Torres, áreas onde a Prefeitura atua com os projetos de urbanização. A intervenção é semelhante à que está sendo adotada pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) para recuperação de fachadas em áreas degradadas.

Também assinam o documento o secretário de Habitação de São Paulo e presidente da CDHU, Lair Alberto Soares Krähenbühl, e o presidente da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), Mounir Chaowiche.

Dia: 19 de novembro (quinta-feira)
Hora: 14h30
Local: Expo Unimed (Rua Profº Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300)