quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Richa entrega novas obras no Passeio Público


O prefeito Beto Richa entregou nesta terça-feira (1) a segunda etapa de obras e de reformas no Passeio Público de Curitiba. O parque ganhou um moderno complexo veterinário para atendimento dos animais, limpeza geral e implantação de um sistema de filtragem da água dos lagos e construção de novos recintos para as aves. "As obras dão melhores condições de bem-estar para os animais e tornam o Passeio mais agradável aos visitantes", disse Richa.

O investimento, de R$ 1,3 milhão, foi coordenado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Participaram da entrega das obras a presidente da Fundação de Ação Social, Fernanda Richa, os vereadores Professor Galdino, Jair Cézar, Julieta Reis e Mara Lima.

Nos últimos três anos, a Prefeitura reformou todas as calçadas do Passeio Público e também construiu as novas instalações do Núcleo de Proteção ao Cidadão, base da Polícia Militar na região. "É o maior pacote de benefícios feito no Passeio Público nos últimos 15 anos", afirmou Richa, que também anunciou a construção no Zoológico Municipal de um centro de conservação e de reprodução do tamanduá-bandeira, espécie ameaçada de extinção.

O novo complexo veterinário do Passeio Público conta com três salas de internamento, dois berçários para os recém-nascidos que forem abandonados pelos pais, comum de acontecer com bichos de cativeiro, ambulatório para vacinas, consultas e outros procedimentos de rotina.

A população poderá ver os filhotes através de uma grande janela de vidro estrategicamente voltada para a calçada. Os animais que precisam ser monitorados têm agora salas especiais dentro do complexo, uma delas com tanque para os animais aquáticos.

As instalações do piso superior estão reservadas aos funcionários. Além de copa e banheiros com chuveiros, foi construído um quarto para os funcionários que precisarem fazer plantão de atendimento veterinário noturno.

Casa nova - As aves do setor de exposição também estão de casa nova. Foram construídos 31 recintos maiores e melhores. Com mais espaço no abrigo, as aves poderão alçar voos mais longos. Os recintos que abrigam 82 aves agora têm o dobro do tamanho e são mais altos.

"O Passeio Público tem uma função muito importante para o lazer da população, e também para a manutenção de espécies da fauna brasileira, especialmente as ameaçadas de extinção, por isso constantemente estamos priorizando obras que melhorem esse importante parque", disse o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto.

As novas casas contam com área de refúgio para os animais se recolherem nos dias frios. Cada uma das portas que separam o ambiente externo do interno tem um buraco estratégico para os animais se recolherem a qualquer hora. Para os dias quentes, os novos recintos têm um sistema de aspersão de água que aliviará o calor.

Lagos - A Secretaria do Meio Ambiente também fez a limpeza geral dos três lagos artificiais do Passeio Público, e instalou um sistema de filtragem de água para melhorar as condições futuras do lago. Os novos filtros têm potência para limpar até um milhão de litros de água por dia.


Centro de Pesquisa e Reprodução de Tamanduá-Bandeira


Durante a entrega das obras no Passeio, o prefeito Beto Richa anunciou a construção de um centro de conservação e de reprodução para tentar salvar uma das espécies brasileiras mais criticamente ameaçadas de extinção, o tamanduá-bandeira.

O Centro de Pesquisa será construído dentro do Zoológico Municipal de Curitiba e funcionará em parceria com a Organização Não-Governamental Projeto Tamanduá que, desde 2001, desenvolve trabalhos de proteção e acompanhamento científico da espécie no Paraná. "Vamos nos engajar na luta para tentar evitar que esse importante animal brasileiro desapareça, como aconteceu em outras regiões brasileiras", destacou Richa.

A bióloga Fernanda Braga, responsável pelo Projeto Tamanduá, disse que a função do novo Centro será, primeiro, a de receber e recuperar animais feridos ou que estejam doentes, e posteriormente tentar a reprodução da espécie em cativeiro. "Unir o cativeiro com a natureza aumenta as chances de sucesso. O Zoológico é um local ideal para esse centro porque tem espaço e pessoal preparado", disse Fernanda. Em um ano, a ONG recolheu no Paraná seis tamanduás-bandeiras atropelados na região de Jaguariaíva, onde fica o Parque Estadual do Cerrado. Sem local apropriado, os animais acabaram morrendo.