sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Projeto apresentado aos vereadores: Metrô fará parte da Rede Integrada de Transportes



Os vereadores de Curitiba conheceram os detalhes e puderam fazer questionamentos ao projeto da primeira linha do Metrô Curitibno, que neste momento passa pela elaboração dos estudos e projetos de engenharia, do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto ao Meio Ambiente. A apresentação ocorreu durante a sessão extraordinária desta quarta-feira (19) na Câmara Municipal de Curitiba e foi feita pelo presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, Cléver Almeida, que compareceu à tribuna ao lado do assessor de projetos especiais da Prefeitura, Maurício Sá de Ferrante.

Depois de apresentar os conceitos de planejamento, diretrizes que vêm sendo seguidas pelo Ippuc desde a criação do Instituto e a evolução do sistema de transporte, Almeida comparou a demanda existente hoje nos dois primeiros eixos de transporte e desenvolvimento implantados na cidade - norte e sul - a outras cidades que já oferecem o metrô aos usuários. Atualmente, nos eixos onde será implantada a primeira linha do Metrô Curitibano, são transportados quase 417 mil passageiros. Considerado o aumento da população e a atratividade do sistema, quando começar a funcionar, o metrô deverá transportar 500 mil usuários, volume próximo do que é transportado, por exemplo, pelo Metrô do Rio de Janeiro que possui duas linhas de metrô e transporta 550 mil pessoas.

"A escolha do traçado foi feita em função da demanda que temos nestes eixos. Do ponto de vista da viabilidade econômica, não dá para fazer metrô onde não existe demanda. E a escolha do metrô segue a evolução do sistema, que começou justamente nos eixos Norte e Sul. O Metrô completa a Rede Integrada de Transporte que está sendo construída há quase 40 anos. É preciso entender este momento como um momento de ampliação da capacidade do sistema, não é a derrota do nosso sistema atual de BRT (Bus Rapid Transit), que continuará existindo e será aprimorado", explicou o presidente do Instituto, que também respondeu a perguntas de quase todos os 22 vereadores presentes.

Entre os questionamentos, alguns vereadores quiseram saber da possibilidade de ocupação das canaletas, atualmente usadas pelos ônibus do sistema expresso, por carros e motocicletas. Cléver Almeida explicou que a meta não é devolver o espaço do ônibus a quem utiliza o transporte individual, já que em Curitiba a prioridade é o transporte público. A proposta pretende destinar o espaço das canaletas para a utilização de pedestres e ciclistas.

O assessor de projetos especiais da Prefeitura, Maurício Sá de Ferrante, enfatizou a importância da participação do governo federal no projeto. "Sem a participação do governo federal, não existe o metrô", disse Ferrante. O presidente do Ippuc afirmou que os ministérios envolvidos nas negociações do Metrô Curitibano, como Planejamento e Cidades, sempre estiveram de portas abertas para a Prefeitura de Curitiba. "Queremos continuar esta parceria", disse Cléver Almeida.

Desde 2005, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, empresa de serviços de transporte ferroviário de passageiros ligada ao Ministério das Cidades, está envolvida no projeto para a construção do metrô de Curitiba. A empresa que já implantou metrôs em diversas cidades brasileiras, participou dos estudos preliminares feitos em 2005 e financia parte dos custos dos contratos em andamento para a elaboração dos estudos e projetos de engenharia e EIA/RIMA do Metrô Curitibano. A Companhia do Governo Federal também acompanha criteriosamente o andamento dos trabalhos.