terça-feira, 9 de junho de 2015

Produção industrial cai em 13 das 14 regiões pesquisadas


Redação Bem Paraná com assessoria

A produção industrial do Paraná caiu 1,4% em abril, acompanhado a tendência da indústria nacional que caiu em 13 de 14 locais, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (9). Foi o pior resultado em número de regiões com queda de produção desde dezembro de 2008, quando a atividade do setor também cresceu só em um local, segundo Rodrigo Lobo, pesquisador da Coordenação de Indústria do IBGE. Em novembro de 2008, a produção caiu em todos os locais.
Os maiores recuos foram no Ceará (-7,9%), Bahia (-5,1%), Amazonas (-5,1%), Pernambuco (-4,6%) e São Paulo (-3,6%).

Região Nordeste (-3,7%), Goiás (-2,1%), Rio Grande do Sul (-1,9%) e Pará (-1,8%) também apontaram quedas mais intensas do que a média nacional (-1,2%), enquanto Rio de Janeiro (-1,2%), Santa Catarina (-0,9%), Minas Gerais (-0,8%) e Espírito Santo (-0,5%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em abril.
Para o pesquisador do IBGE, entre as causas da queda da produção industrial no país e nas regiões, destacam-se perda frequente da renda das pessoas, seja por conta da redução do salário nominal ou poder maior da inflação; elevação da taxa de juros, que repercute sob o ponto de vista dos consumidores como encarecimento do crédito; taxa de cambio relativamente desvalorizada, mas ao mesmo tempo, demanda dos produtos nacionais não tão intensa quanto os produtos do exterior.
Por outro lado, Paraná, com expansão de 1,4%, mostrou o único resultado positivo, após registrar recuo de 2,4% em março. Em dezembro de 2008, quando a atividade do setor também cresceu só em um local, havia sido Goiás.
A produção industrial nacional recuou 1,2% em abril ante março, terceiro resultado negativo consecutivo na comparação com o mês anterior - a perda acumulada nesse período é de 3,2%. Em relação a abril do ano passado, a queda é de 7,6%. No acumulado do ano, até abril, em comparação com 2014, o recuo é de 6,3%, e no acumulado de 12 meses, é de 4,8% - trata-se do resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009, quando a queda foi de 7,1%.

Comparação interanual 
Na comparação com abril de 2014, que também inclui o estado de Mato Grosso, a produção industrial caiu em 13 dos 15 locais pesquisados. As maiores quedas foram no Amazonas (-19,9%), Ceará (-14,7%), Bahia (-12,8%) e São Paulo (-11,3%). Região Nordeste (-8,4%), Pernambuco (-8,0%), Mato Grosso (-7,7%) também apontaram quedas mais acentuadas do que a média nacional (-7,6%).
Por outro lado, Espírito Santo (14,4%) e Pará (5,8%) avançaram, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo dos setores extrativos e de metalurgia, no primeiro local, e de indústrias extrativas e produtos alimentícios, no segundo.
Acumulado de 12 meses
Já no acumulado dos últimos 12 meses, dos 15 locais, houve queda em 11. As principais perdas na comparação entre abril de 2014 e março de 2015 e maio de 2014 e abril de 2015 foram registradas por Pará (de 8,9% para 7,0%), Amazonas (de -10,9% para -12,5%), Bahia (de -5,1% para -6,1%), Mato Grosso (de 3,3% para 2,4%), Pernambuco (de -1,0% para -1,8%) e Região Nordeste (de -2,4% para -3,2%), enquanto Espírito Santo (de 11,8% para 13,2%) e Paraná (de -8,4% para -7,6%) mostraram os maiores ganhos entre os dois períodos.
“Em 12 meses, a gente tem uma trajetória negativa desde março do ano passado. Havia crescido 2% e agora está com queda de 4,8%. Em termos locais, temos 11 dos 15. As principais perdas ocorreram no Pará e a queda do Amazonas é a mais intensa desde o início da série histórica", diz Lobo.