sexta-feira, 22 de maio de 2015

Réus da Publicano doaram quase R$ 30 mil à campanha de Beto Richa


Nove investigados em esquema colaboraram com a campanha de reeleição.
Outros 26 auditores também declararam doação; PSDB nega irregularidade.

Erick GimenesDo G1 PR
Beto Richa (PSDB)  (Foto: Adriana Justi / G1)Richa repudia todas as denúncias feitas contra 
ele (Foto: Adriana Justi / G1)
Nove réus da Operação Publicano fizeram doações à campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSBD). O valor somado, R$ 29 mil, está na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, em 2014.
As maiores doações foram feitas por Márcio de Albuquerque Lima, considerado o chefe do esquema de corrupção na Receita Estadual em Londrina, e pela mulher dele, Ana Paula Pelizari Marques Lima, também investigada: R$ 5 mil cada um.
O governador também recebeu contribuição de Dalton Lázaro Soares, Iris Mendes da silva, José Luiz Favoreto, Marco Antonio Bueno, Miguel Arcanjo Dias, Ranulfo Dagmar Mendes e Rosângela de Souza Semprebom, todos réus no processo.

A maioria depositou a quantia em dinheiro, direto na conta destinada à campanha. Ainda conforme o que foi declarado para a Justiça, outros 26 auditores fizeram doações ao tucano. Ao todo, R$ 83,6 mil foram arrecadados com eles para a disputa do pleito.
O PSDB nega qualquer irregularidade nas doações. Segundo o partido, os auditores o fizeram de forma voluntária, dentro da lei, com tudo aprovado posteriormente pela Justiça Eleitoral. Já o governador repudia todas as denúncias de participação no esquema contra ele.
Em depoimento ao Ministério Público (MP-PR), o auditor Luiz Antônio de Souza afirmou, em delação premiada, que Richa recebeu R$ 2 milhões em dinheiro de propina arrecadada no esquema na Receita. 
Há, também, uma denúncia contra a primeira-dama, Fernanda Richa, de que ela exigia dinheiro de auditores para que o governador os promovesse. O MP investiga o caso. Ela nega.