Dados são relativos até o primeiro trimestre deste ano e foram divulgados pela ABTO
BemParana
A fila de espera por um transplante de órgãos no Paraná tem 1.597 pessoas. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), que divulgou um estudo com as estatísticas do primeiro trimestre deste ano. A principal espera é por um rim, com 1.172 pacientes na fila. Ainda assim, o Paraná realizou 116 transplantes de janeiro a março, um recorde desde a criação da Central Estadual de Transplantes, em 1995, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
Segundo o estudo da ABTO, além dos pacientes que esperam por um rim, são 94 que precisam de um fígado, 37 na fila por um coração, quatro por um pâncreas, 12 por um pâncreas/rim e 278 à espera de um transplante de córnea. A fila do Paraná só é menor que a de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O destaque paranaense no primeiro trimestre foi para os transplantes de rim. Nos três primeiros meses do ano foram 79 realizados, seguido por 28 de fígado, 5 de coração e 4 de pâncreas.
No Brasil todo, a fila tem mais de 30,3 mil pessoas à espera de um órgão. O principal, assim como no Paraná, é o rim, que 18,8 mil pacientes, seguido da córnea (10.048), fígado (1.410). Coração, pulmão, pâncreas e pâncreas/rim somam juntos 926 pacientes.
Doadores — Um dado do Paraná é a origem da doação. Segundo o levantamento da ABTO no período foram 175 notificações de doadores em potencial e, destes, 120 não eram doadores de órgãos. Os doadores efetivos somaram 55.
No Paraná as campanhas feitas pela Central Estadual de Transplantes também ajudam a ampliar os procedimentos. Em setembro de 2014, a Secretaria da Saúde lançou a campanha Fale Sobre Isso. “Como a doação só ocorre com a autorização dos familiares mais próximos, é essencial que a vontade de se tornar doador de órgãos seja discutida em casa. Somente os parentes poderão autorizar a doação quando ocorrer a morte. Por isso o mote da campanha é Doação de Órgãos – Fale sobre Isso”, explica a diretora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, em matéria na Agência Estadual de Notícias do dia 17 de abril.
De acordo com a diretora, as famílias estão mais seguras para autorizar a doação. “Os integrantes das comissões explicam que o transplante é um processo transparente, gerenciado por órgão estadual, com critérios técnicos e subordinado ao Sistema Nacional de Transplante”, destacou Arlene.
Não
28% das recusas
para transplante do potencial doador no Paraná foram por contra-indicação médica. Em janeiro deste ano, o número de notificações de potenciais doadores chegou a 70, contra 44 identificados no mesmo mês de 2014. Por isso, quanto mais doadores, maiores as chances de encontrar os aptos.
para transplante do potencial doador no Paraná foram por contra-indicação médica. Em janeiro deste ano, o número de notificações de potenciais doadores chegou a 70, contra 44 identificados no mesmo mês de 2014. Por isso, quanto mais doadores, maiores as chances de encontrar os aptos.
Perfil do doador no Paraná
Masculino 62%
Feminino 38%
11 a 17 anos 2%
18 a 34 anos 27%
35 a 49 anos 22%
50 a 64 anos 42%
acima de 65 anos 7%
Masculino 62%
Feminino 38%
11 a 17 anos 2%
18 a 34 anos 27%
35 a 49 anos 22%
50 a 64 anos 42%
acima de 65 anos 7%