terça-feira, 7 de abril de 2015

Produção industrial do Paraná avança 2,4%, de janeiro para fevereiro


Redação Bem Paraná com assessoria IBGE

A produção industrial do Paraná apresentou avanço de 2,4%, na passagem de janeiro para fevereiro de 2015 (série com ajuste sazonal). O resultado do estado foi o terceiro melhor apresentado no período, atrás de Pará (3,4%) e Goiás (3,2%). O desempenho do Estado foi na contramão da tendência nacional, que teve redução de ritmo na produção industrial nacional, na passagem de janeiro para fevereiro de 2015 (série com ajuste sazonal) e foi acompanhada por seis dos quatorze locais pesquisados. Os recuos mais acentuados foram no Rio de Janeiro (-7,1%) e na Bahia (-6,4%).
O desempenho do Paraná (2,4%) reverteu o resultado negativo de janeiro (-6,1%). As demais taxas positivas foram observadas no Rio Grande do Sul (1,6%), Ceará (1,1%), São Paulo (0,3%) e Santa Catarina (0,2%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Desempenho Industrial, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgados na manhã desta terça-feira, 7.
A redução de ritmo na produção industrial nacional, na passagem de janeiro para fevereiro de 2015 (série com ajuste sazonal) foi acompanhada por seis dos quatorze locais pesquisados. Os recuos mais acentuados foram no Rio de Janeiro (-7,1%) e na Bahia (-6,4%). O Rio de Janeiro assinalou a queda mais intensa desde janeiro de 2012 (-12,7%), e a Bahia recuou pelo terceiro mês consecutivo, período em que acumulou perda de 20,7%. Pernambuco (-2,3%) e Minas Gerais (-1,9%) também mostraram recuos mais acentuados do que a média nacional (-0,9%), enquanto Nordeste (-0,7%) e Espírito Santo (-0,4%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em fevereiro de 2015.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou queda de 0,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2015 frente ao nível do mês anterior, após também assinalar resultados negativos em novembro (-0,5%), dezembro (-0,9%) e janeiro (-0,9%). Em termos regionais, sete locais mostraram taxas negativas e os recuos mais acentuados foram: Bahia (-7,5%), Rio de Janeiro (-2,5%), Região Nordeste (-1,9%), Rio Grande do Sul (-1,6%), e Paraná (-1,6%). Por outro lado, Pernambuco (1,6%) e Amazonas (1,1%) apontaram os principais avanços em fevereiro de 2015.
Em relação a fevereiro de 2014, a produção recuou em 12 dos 15 locais pesquisados
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 9,1% em fevereiro de 2015, com doze dos quinze locais pesquisados acompanhando o movimento de queda na produção. Vale citar que fevereiro de 2015 (18 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (20). Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Bahia (-23,2%) e Amazonas (-18,9%), pressionados, em grande parte, pelos recuos dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica, gasolina automotiva e gás liquefeito de petróleo), no primeiro local; e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores), no segundo.
Paraná (-15,0%), Rio Grande do Sul (-13,7%), Rio de Janeiro (-11,8%), Região Nordeste (-11,1%) e Minas Gerais (-10,6%) também apontaram taxas negativas de dois dígitos, enquanto Santa Catarina e Ceará (ambos com - 9,5%) completaram o conjunto de locais com recuos mais acentuados do que a média nacional (-9,1%).
Outros resultados negativos foram registrados em São Paulo (-8,5%), parque industrial mais diversificado do país, Goiás (-4,4%) e Mato Grosso (-1,5%). Por outro lado, Espírito Santo (25,6%) assinalou o avanço mais intenso nesse mês, impulsionado, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo dos setores extrativos (minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo) e de metalurgia (bobinas a quente de aços ao carbono, lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono e tubos flexíveis e trefilados de ferro e aço). Os demais resultados positivos foram observados no Pará (9,4%) e Pernambuco (2,3%).
No ano, 11 dos 15 locais acumulam recuos na produção
No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou onze dos quinze locais pesquisados e sete deles recuaram com intensidade superior à média nacional (-7,1%): Bahia (-17,5%), Amazonas (-15,5%), Paraná (-13,2%), Rio Grande do Sul (-12,2%), Nordeste (-8,3%), Santa Catarina (-8,2%) e Ceará (-7,7%). Completaram o conjunto de locais com resultados negativos acumulados no ano: Minais Gerais (-7,1%), Rio de Janeiro (-7,0%), São Paulo (-7,0%) e Goiás (-4,4%).
Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, derivados do petróleo, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas), bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis) e bens de consumo semi e não-duráveis (medicamentos, produtos têxteis, vestuário, bebidas, alimentos e gasolina automotiva). Por outro lado, Espírito Santo (21,7%) e Pará (8,2%) assinalaram as expansões mais elevadas, impulsionados em grande parte pelo setor extrativo. Pernambuco (2,8%) e Mato Grosso (1,8%) também apontaram taxas positivas no índice acumulado do ano.
Os sinais de redução no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do último trimestre de 2014 com o primeiro bimestre de 2015 (ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior), em que onze dos quinze locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -4,2% no quarto trimestre do ano passado para -7,1% no índice acumulado nos dois primeiros meses de 2015.
Nessa mesma comparação, Bahia (de 1,7% para -17,5%), Paraná (de -4,2% para -13,2%), Nordeste (de 0,1% para -8,3%), Rio Grande do Sul (de -3,9% para -12,2%) e Goiás (de 2,2% para -4,4%) apontaram as maiores reduções, enquanto Espírito Santo (de 12,1% para 21,7%) e Pernambuco (de -5,6% para 2,8%) assinalaram as maiores altas entre os dois períodos.
Em 12 meses, 11 dos 15 locais pesquisados acumularam recuos
O acumulado nos últimos doze meses, com o recuo de 4,5% em fevereiro de 2015, manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,0%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%). Em termos regionais, onze dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas em fevereiro de 2015 e treze apontaram menor dinamismo frente ao índice de janeiro último.
As principais perdas entre janeiro e fevereiro foram registradas por Amazonas (de -5,6% para -8,6%), Paraná (de -6,5% para -8,3%), Bahia (de -3,2% para -4,9%), Minas Gerais (de -3,1% para -4,6%), Rio Grande do Sul (de -5,3% para -6,7%), Região Nordeste (de -0,4% para -1,6%) e Ceará (de -3,0% para -4,2%), enquanto Espírito Santo (de 7,3% para 10,0%) mostrou o maior avanço entre os dois períodos.