sexta-feira, 17 de abril de 2015

Emprego na indústria cai 0,5% em fevereiro, diz IBGE


Na comparação com fevereiro de 2014, houve queda de 4,5%.
É a segunda queda consecutiva do ano - em janeiro, variação foi de -0,2%.

Do G1, em São Paulo

Pesquisa mostr que houve recuo no emprego da indústria paranaense (Foto: Gilson Abreu/FIEP/ Divulgação)Iindústria paranaense
(Foto: Gilson Abreu/FIEP/ Divulgação)
O emprego na indústria brasileira registrou queda de 0,5% em fevereiro na comparação com janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a segunda queda consecutiva do ano. Em janeiro, houve variação negativa de 0,2%. Em dezembro de 2014, houve acréscimo de 0,3%.
Na comparação com fevereiro de 2014, o emprego industrial teve queda de 4,5%, 41º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde novembro de 2014 (-4,7%). No índice acumulado para o primeiro bimestre deste ano, o total do pessoal ocupado na indústria assinalou recuo de 4,3%. No índice acumulado dos últimos 12 meses, o recuo é de 3,6%, mantendo a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%), segundo o IBGE.
Ramos pesquisados
Em relação a janeiro, houve redução de trabalhadores nos 18 ramos pesquisados, com destaque para meios de transporte (-8,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,2%), produtos de metal (-9,4%), outros produtos da indústria de transformação (-8,5%), máquinas e equipamentos (-4,6%), calçados e couro (-7,1%), alimentos e bebidas (-1,3%), vestuário (-3,9%), metalurgia básica (-6,0%) e papel e gráfica (-3,0%).

No acumulado do primeiro bimestre do ano, as taxas negativas foram registradas em 17 dos 18 setores investigados. As contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de meios de transporte (-8,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,8%), produtos de metal (-8,8%), outros produtos da indústria de transformação (-8,3%), máquinas e equipamentos (-4,5%), calçados e couro (-7,0%), alimentos e bebidas (-1,3%), vestuário (-3,8%), metalurgia básica (-6,0%) e papel e gráfica (-3,2%). Por outro lado, a atividade de produtos químicos (0,0%) foi única que não assinalou queda no índice acumulado no ano.
Horas pagas
Em fevereiro, o número de horas pagas aos trabalhadores, já descontadas as influências sazonais, apontou ligeira variação negativa de 0,1% frente a janeiro (0,2%).

Na comparação com fevereiro de 2014, o número de horas pagas mostrou redução de 5,2%, 21ª taxa negativa consecutiva. A redução foi registrada nos 18 ramos pesquisados.

No acumulado do primeiro bimestre de 2015, houve recuo de 5,2%, com 17 dos 18 setores pesquisados apontando redução. O índice acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -4,1% em janeiro para -4,4% em fevereiro, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).
Valor da folha de pagamento 
Em fevereiro de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, após também mostrar queda em janeiro último (-0,6%).
Na comparação com fevereiro de 2014, o valor da folha de pagamento real recuou 6,1%, nona taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde abril de 2003 (-6,8%), com resultados negativos nos 18 ramos investigados.

No índice acumulado no primeiro bimestre de 2015, o valor da folha de pagamento real na indústria recuou 5,2%, com taxas negativas nas 18 atividades pesquisadas. O índice acumulado nos últimos 12 meses, ao mostrar redução de 2,5% em fevereiro de 2015, apontou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2004 (-3,0%) e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).