quinta-feira, 26 de março de 2015

Número de crianças desaparecidas cai no Paraná, mas preocupa



BemParana


Em 2014, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), da Polícia Civil, registrou 254 casos de desaparecimentos e fugas de crianças no Paraná, com solução de 100%. O número é menor que o de 2013, quando foram 330 casos no Estado. Ainda assim o número continua alto, por isso para chamar a atenção dos médicos e da sociedade para o desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou ontem uma campanha durante a Semana Nacional de Mobilização para a Busca e Defesa da Criança Desaparecida, que segue até 31 de março. A ação conta com apoio do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR).
O CFM desenvolve junto à categoria uma campanha de conscientização desde 2011. Os profissionais médicos e instituições de tratamento médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar foram orientados sobre como o quê observar e fazer para ajudar neste esforço contra o desaparecimento de menores.
O documento orienta os médicos a prestarem atenção nas atitudes desses pequenos pacientes: “observar como ele se comporta com o acompanhante, se demonstra medo, choro ou aparência assustada; observar se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas ou até abusos”.
O CFM ainda alerta que os médicos peçam a documentação do acompanhante. Conforme a orientação do documento, “a criança deve estar acompanhada dos pais, avós, irmão ou parente próximo. Caso contrário, pergunte se a pessoa tem autorização por escrito”. Além disso, recomenda-se “desconfiar se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber as perguntas básicas”.
Sicride
Em geral, os boletins de ocorrência relacionados ao desaparecimento infantil no Paraná são registrados por briga de guarda dos pais, quando um dos responsáveis foge com o filho e o outro aciona a polícia. Ou, ainda, por fuga do lar para chamar a atenção dos pais ou por causa de castigos. Outra situação comum é a que decorre de crianças que saem para brincar e não avisam aos responsáveis, que informam o fato à delegacia.

A orientação inicial do órgão é que, em caso de crianças desaparecidas, os responsáveis mantenham a calma e acionem imediatamente a polícia. A delegada-titular do Sicride, Nilceia Ferraro, esclarece que a polícia deve ser comunicada do desaparecimento assim que o responsável perceber que a criança sumiu, não sendo necessário esperar um período mínimo.