segunda-feira, 10 de novembro de 2014

MEC diz que 1.519 candidatos foram eliminados no Enem


Entre elas, estão 236 casos por uso indevido de celular, número cinco vezes maior do que o constatado na edição anterior (47). 

Folhapress
Os candidatos chegando (foto: Agência Brasil)
FLÁVIA FOREQUE BRASÍLIA, DF - Dados preliminares indicam que 1.519 pessoas foram eliminadas do Enem 2014. Entre elas, estão 236 casos por uso indevido de celular, número cinco vezes maior do que o constatado na edição anterior (47). A desclassificação ocorre não apenas por uso de celular, como também por outros aparelhos eletrônicos, como relógio e calculadora. O balanço foi divulgado neste domingo (9) em coletiva de imprensa do Ministério da Educação, em Brasília. Segundo o ministro Henrique Paim (Educação), a taxa de abstenção apurada chegou a 28,64%, ligeiramente menor do que o percentual do ano passado (29%). Diante desse cenário, o ministério enviou, na véspera da prova, mensagens de texto e email para candidatos que faltaram no ano passado e voltaram a se inscrever neste ano, na tentativa de reduzir o índice. "Tivemos uma melhora pequena e devemos a partir desses resultados nos debruçar sobre que tipo de medida podemos tomar para não permitir que tenha esse número de abstenção", disse Paim. O ministro minimizou ainda os "casos isolados" e "situações pontuais que ocorrem" numa prova com essa magnitude. Neste ano, houve um número recorde de 8,7 milhões de inscritos. "Isso demonstra que esse processo está consolidado e que temos um exame que abre cada vez mais oportunidades para jovens e trabalhadores de todo o país", afirmou.
POLÍCIA FEDERAL Paim ainda lamentou o caso de uma estudante que faleceu em local de prova, em Olinda (PE), e citou ainda caso de outra estudante, no Ceará, que deu início a trabalho de parto na sala de aula. Ele preferiu não comentar casos de estudantes que teriam sido presos pela Polícia Federal por violarem as regras do exame. "Não seria correto fazer comentário ou divulgação de números sem presença da polícia federal."

CONTEÚDO Questionado sobre a análise feita por professores e alunos a respeito do conteúdo da prova -que exigiria mais conteúdo e menos interpretação de enunciados-, Paim afirmou que a avaliação ainda é "preliminar". "Sabemos que o debate pedagógico é muito importante e na medida que tenho consolidação da logística, esse debate deve florescer cada vez mais. A equipe do Inep está se debruçando em torno das provas", disse. Paim ponderou que no ano passado houve crítica a textos "muito complexos". "Neste ano vimos alteração, (...) um pouco mais de objetividade. É precipitado neste momento comentar. Precisamos verificar comentário dos dois dias e depois fazer comentários em torno disso", afirmou. Paim ainda minimizou comentário de professor de cursinho feito no Facebook pouco depois da divulgação do tema da redação deste ano. Em seu perfil da rede social, o professor do Rio destacou que o assunto foi abordado em simulado da redação na véspera do exame. "Sabemos que os cursinhos trabalham vários temas e eventualmente pode ser que um professor ou outro tenha se aproximado do tema", disso ministro.