Por Luiz Henrique de Oliveira e Bruno Henrique/BandaB
A rebelião que já dura mais de 24 horas em um dos blocos da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na região metropolitana de Curitiba, deve acabar nas próximas horas. Pelo menos essa é a expectativa do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), que demonstra otimismo com relação ao fim de mais um capítulo na recente história de crise no sistema penitenciário paranaense.
Na manhã desta quarta-feira (17), os agentes estão reunidos em frente ao Palácio do Governo, no bairro Centro Cívico, em Curitiba, onde devem aprovar o indicativo de greve, de acordo com Antoni Jonson, presidente do Sindarspen. “A situação da rebelião de agora está contida e nas próximas horas deve se resolver. Só que precisamos acabar com esse clima de medo para os agentes e também melhorar a situação dos presos, que deixamos claro não serem nossos inimigos”, afirmou à Banda B.
É a segunda rebelião em uma semana na PEPII (Foto: BH – Banda B)
Com o indicativo de greve aprovado, os agentes esperam que o Governo Estadual tome medidas no prazo de duas semanas. “É o tempo para os trâmites legais até o início da greve. Só que ela pode até não acontecer, porque vemos boa vontade por parte do governo para melhorar a situação. Queremos resolver essa crise e ontem foi até assinado o porte de arma aos agentes, mas ainda assim mantemos o indicativo”, descreveu o presidente do Sindarspen.
Jonson negou a informação dada por um preso que, ontem pela manhã, identificando-se como Bleide, falou à Banda B sobre a rebelião e afirmou que seriam três agentes mantidos como refém. “São apenas dois e não temos informação de que estão feridos. Acreditamos que os dois estarão livres em breve”, destacou.
Rebelião
A Polícia Militar (PM) e a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) confirmaram que o motim desta terça-feira é reflexo da rebelião ocorrida na sexta e sábado últimos. Um grupo de presos estaria sendo ameaçado por outro e chegou a pedir a construção de um muro dentro da PEP II para isolá-los deste grupo de uma facção paulista, que os estaria ameaçando.
A rebelião começou ontem, por volta das 8 horas, durante o café da manhã. Ao todo, cerca de 60 presos estão rebelados.
