quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Carteiros do Paraná resolvem não entrar em greve


Categoria vai esperar por reunião de conciliação 

 Da Redação Bem Paraná com Agência Brasil

Os trabalhadores nos Correios do Paraná decidiram não deflagrar greve, e manter a negociação com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Em assembleias realizadas nas principais cidades do Estado, na noite desta terça-feira (23), a categoria decidiu manter o estado de greve, mas sem paralisação.
A categoria também espera pelo encontro de mediação da empresa e trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcado para a quinta-feira (25), em Brasília. No Brasil, dos estados que tinham deflagrado greve, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins a encerraram na segunda-feira. A paralisação ainda ocorria parcialmente no Mato Grosso, Roraima, Sergipe, e Minas Gerais (apenas região da Grande Belo Horizonte).
Mas antes da reunião de mediação nacional, os trabalhadores do Paraná participam na manhã desta quarta-feira (24) de um ecnontro no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), para tratar de pautas locais. Dependendo do resultado deste encontro local, os trabalhadores podem não aderir a um possível acordo de nível nacional, avisa o Sindicato dos Trabalhadores na ECT do Paraná (Sintcom-PR).
Greve — Segundo a ECT, números apurados por meio de sistema eletrônico de presença mostravam que na segunda-feira (22) 434 empregados estavam parados, o que mostra que 99,65% do efetivo dos Correios estavam trabalhando. O número é contestado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), que estima que cerca de 60% da área operacional dos estados que deflagraram a greve estavam paralisados.
O diretor da Fentect, James Magalhães, reconhece que houve avanços nas cláusulas sociais, mas diz que muitos empregados ainda estão insatisfeitos com as cláusulas financeiras. “Esperamos que a empresa melhore no TST a questão financeira para poder, quem sabe, fechar um acordo, caso contrário, há uma grande possibilidade de outros sindicatos entrarem em greve”, disse.
A empresa garante que os Correios estão operando com normalidade em todo o Brasil. Nos locais onde o movimento continua, a paralisação está concentrada na área de distribuição. “Nessas localidades, os Correios estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades e realização de horas extras”, informou a estatal.
A proposta oferecida aos trabalhadores prevê reajuste de R$ 200, em forma de gratificação, a ser incorporada gradualmente nos salários de quem recebe de R$ 1.084 a R$ 3.077,00. Para quem recebe acima de R$ 3.077,00, haverá gratificação de 6,5% na referência salarial. A proposta inclui ainda reajuste do vale-cesta e três unidades extras de vale-alimentação/refeição por mês.