Categoria vai esperar por reunião de conciliação
Da Redação Bem Paraná com Agência Brasil
Os trabalhadores nos Correios do Paraná decidiram não deflagrar greve, e manter a negociação com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Em assembleias realizadas nas principais cidades do Estado, na noite desta terça-feira (23), a categoria decidiu manter o estado de greve, mas sem paralisação.
A categoria também espera pelo encontro de mediação da empresa e trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcado para a quinta-feira (25), em Brasília. No Brasil, dos estados que tinham deflagrado greve, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins a encerraram na segunda-feira. A paralisação ainda ocorria parcialmente no Mato Grosso, Roraima, Sergipe, e Minas Gerais (apenas região da Grande Belo Horizonte).
Mas antes da reunião de mediação nacional, os trabalhadores do Paraná participam na manhã desta quarta-feira (24) de um ecnontro no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), para tratar de pautas locais. Dependendo do resultado deste encontro local, os trabalhadores podem não aderir a um possível acordo de nível nacional, avisa o Sindicato dos Trabalhadores na ECT do Paraná (Sintcom-PR).
Greve — Segundo a ECT, números apurados por meio de sistema eletrônico de presença mostravam que na segunda-feira (22) 434 empregados estavam parados, o que mostra que 99,65% do efetivo dos Correios estavam trabalhando. O número é contestado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), que estima que cerca de 60% da área operacional dos estados que deflagraram a greve estavam paralisados.
O diretor da Fentect, James Magalhães, reconhece que houve avanços nas cláusulas sociais, mas diz que muitos empregados ainda estão insatisfeitos com as cláusulas financeiras. “Esperamos que a empresa melhore no TST a questão financeira para poder, quem sabe, fechar um acordo, caso contrário, há uma grande possibilidade de outros sindicatos entrarem em greve”, disse.
A empresa garante que os Correios estão operando com normalidade em todo o Brasil. Nos locais onde o movimento continua, a paralisação está concentrada na área de distribuição. “Nessas localidades, os Correios estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades e realização de horas extras”, informou a estatal.
A proposta oferecida aos trabalhadores prevê reajuste de R$ 200, em forma de gratificação, a ser incorporada gradualmente nos salários de quem recebe de R$ 1.084 a R$ 3.077,00. Para quem recebe acima de R$ 3.077,00, haverá gratificação de 6,5% na referência salarial. A proposta inclui ainda reajuste do vale-cesta e três unidades extras de vale-alimentação/refeição por mês.