quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mercado de TI cresce mais que a formação de mão de obra


Setor não foram mão de obra na mesma velocidade em que são abertas novas vagas

|  Ana Ehlert/BemParana


O mercado de Tecnologia da Informação (TI) tem crescido a passos largos. Em Curitiba, por exemplo, em cinco anos, a quantidade de empresas que atuam no setor dobrou elevando o número de empregos em 150%, de acordo como os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Mas assim como em outras áreas, falta mão de obra qualificada para o setor.
Dados da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) revelam as oportunidades para os profissionais no Paraná. A projeção para 2014  é de que sejam abertas 5 mil vagas para 2 mil formandos. Ou seja, a carência do mercado é mais que o dobro da capacidade de formação das instituições de ensino do Estado. Em 2010, eram 2 mil vagas em TI, sendo que o número de profissionais se formando chegava a 1.900.
Segundo a associação, 78 mil vagas devem ser abertas no País este ano, mas boa parte não deverá ser preenchida já que a projeção é de que faltem 45 mil profissionais em 2014. Apenas em São Paulo, a projeção para abertura de vagas na área de TI em 2014 é de 50 mil, enquanto o número de formados é de 15 mil.

Em contrapartida, a Bahia tem cerca de 1.300 graduados contra projeção de 800 vagas. Neste cenário, a saída para profissionais encontrarem vagas ou até mesmo para empresas contratarem mão de obra qualificada pode estar na mudança de estado.
No caso da francesa global Atos, de serviços de tecnologia, que atuava no Brasil até 2012 com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, a inauguração de um novo centro de operações na cidade de Londrina, no Paraná, foi uma estratégia também para absorver novos talentos. “Avaliamos muitos pontos na escolha da nova cidade-sede da Atos no Brasil e, sem dúvidas, o número de graduandos nos cursos de TI foi um fator de peso na escolha”, conta Felipe Trevisi, Diretor de Operações da Atos.