quinta-feira, 5 de junho de 2014

Testes de remédios contra câncer de pele impressionam cientistas




Resultados de testes internacionais de dois medicamentos contra o câncer de pele em estágio avançado foram considerados “animadores e impressionantes” por cientistas.
Os dois tratamentos visam garantir que o sistema imunológico humano reconheça e ataque os tumores.
Os remédios experimentais, chamados pembrolizumab e nivolumab, bloqueiam os caminhos biológicos que o câncer usa para “se disfarçar” e evitar ser percebido pelo sistema imunológico.
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(Foto: Reprodução)
As decobertas foram divulgadas na Conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA), que se encerra nesta terça-feira.
Sobrevivência
O melanoma em estágio avançado, um câncer de pele que se espalhou para outros órgãos, é uma doença de tratamento difícil.
Até há poucos anos, a taxa de sobrevivência a esta doença era de cerca de seis meses.
Em um teste realizado com 411 paciente avaliando o pembrolizumab, 69% dos pacientes sobreviveram por pelo menos um ano.
O remédio, que costumava ser chamado de MK-3475, também está sendo testado contra outros tipos de tumores que usam o mesmo mecanismo de bloqueio dos ataques do sistema imunológico.
David Chao, oncologista consultor da fundação Royal Free NHS de Londres, está realizando os testes em pacientes com o melanoma e com câncer de pulmão.
“O pembrolizumab parece ter o potencial para ser uma mudança de paradigma na terapia contra o câncer”, disse.
Um dos pacientes de Chao, Warwick Steele, de 64 anos, recebeu infusões do pembrolizumab a cada três semanas desde outubro de 2013.
Antes de o tratamento começar, ele mal conseguia andar, porque o melanoma havia se espalhado e atingido um dos seus pulmões. Steele começou a ter dificuldades para respirar.
“Eu me cansava simplesmente por ficar em pé e, literalmente, estava exausto demais até para fazer a barba. Mas agora eu me sinto de volta ao normal e posso fazer jardinagem e compras”, afirmou.
Exames em seu pulmões (como mostram as imagens acima) revelam que, depois de apenas três doses, o remédio parece ter removido completamente o câncer do órgão.