sexta-feira, 9 de maio de 2014

Washington Post critica Curitiba e diz que Centro de Imprensa da Arena é um ‘esqueleto’

Por Marina Sequinel/BandaB

Washington Post, um dos maiores jornais norte-americanos e do mundo, criticou as obras não finalizadas da Copa do Mundo em um artigo publicado na quarta-feira (7). O Centro de Imprensa da Arena da Baixada, em Curitiba, ainda inacabado a pouco mais de um mês antes do evento, é um dos destaques do texto, junto com o aeroporto de Congonhas de São Paulo e outras estruturas de Fortaleza e do Rio de Janeiro.
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(Foto: Dom Phillips/ The Washington Post)
O artigo foi escrito pelo jornalista Dom Phillips, que veio à Curitiba para realizar a reportagem. “O esqueleto de seis andares do estádio da Arena era para ser um centro para a imprensa internacional. Mas quando os jogos começarem no mês que vem, jornalistas de todo o mundo vão ficar sitiados em barracas no estacionamento ao lado”, diz as primeiras linhas do texto.
Segundo ele, o Centro não vai ficar pronto a tempo da Copa e, enquanto o dono do estádio vai usar o local para propósitos administrativos, a Fifa deve colocar os profissionais da mídia em tendas no estacionamento.
“Fifa tinha um plano B”, continua Phillips, ao citar as palavras de Reginaldo Cordeiro, o secretário municipal da Copa na capital paranaense. “A estrutura não vai precisar ser utilizada”, afirmou ele.
O jornalista ainda defende que Curitiba, com uma população de mais de 1,7 milhões de habitantes e uma forte classe média, deveria ser uma das cidades-sede onde as coisas dariam certo. “O município é renomado pelo planejamento urbano eficiente e sistema de ônibus integrado. Mas as preparações para a Copa do Mundo estão tão atrasadas quanto em qualquer outra cidade caótica do Brasil”.
De acordo com o artigo, o país está desistindo das ambições do evento e reiniciando as expectativas já que o tempo está acabando. “O Centro de Imprensa de Curitiba é uma das últimas casualidades, mas numerosos projetos vão continuar pela metade, serão adiados após a Copa ou simplesmente abandonados”, relata o repórter.