quinta-feira, 8 de maio de 2014

Maratona terá 20 equipes disputando prêmio de melhor aplicativo para a cidade

  |  SMCS

O primeiro Hackathon Curitiba, que acontece na Universidade Positivo (UP) neste fim de semana, será disputado por 20 equipes. É uma oportunidade para que os grupos, formados por até cinco estudantes universitários, contribuam com o desenvolvimento da cidade e conheçam profissionais de diferentes áreas. Organizada em parceria pela Prefeitura de Curitiba, Sebrae-PR e UP, a maratona de 32 horas de programação vai premiar o melhor aplicativo tecnológico desenvolvido durante a competição, que seja útil para os moradores da cidade. Esta edição, voltada exclusivamente para estudantes de graduação, começa na manhã de sábado (10) e termina no final da tarde de domingo (11).
Entre as premiações para os vencedores estão oportunidades para o desenvolvimento da ideia, como, por exemplo, na pré-incubação na Agência PUC de Inovação, um ano de acompanhamento e formação (mentoring) pelo Sebrae-PR, além de outros prêmios a serem divulgados.
As experiências iniciais nesse tipo de evento foram organizadas nos Estados Unidos entre os anos de 1.999 e 2.000. Com o passar do tempo, as maratonas se popularizaram no mundo inteiro e também chegaram ao Brasil. Hoje, além de grandes feiras de tecnologia, universidades e órgãos públicos também promovem hackathons.
Organizador do Brazilian Applications Seminar (Brapps) – um dos maiores eventos de conteúdo mobile da América Latina -, Leopoldo Gomes explica que as temáticas urbanas começam a ganhar espaço entre os profissionais que trabalham com tecnologia. Cinco mil pessoas participaram da segunda edição do Brapps, que foi realizado há duas semanas em Brasília e teve um hackathon com o tema “cidades inteligentes”.
Gomes defende a participação do poder público na promoção de maratonas de programação: “O foco em cidades é algo que está começando a acontecer. Os dados que os órgãos fornecem são fundamentais para que as pessoas consigam desenvolver os aplicativos”. No Hackathon Curitiba, a Prefeitura irá oferecer bases de dados para que os participantes desenvolvam aplicações nas categorias mobilidade, cidadania/acessibilidade e saúde.
Com experiência no apoio a eventos tecnológicos em todo o País, o organizador da Brapps considera que a competição é apenas o início para que os aplicativos possam de fato contribuir com a cidade: “O produto não necessariamente vai estar pronto no fim do evento. Para que a ideia siga sendo desenvolvida é importante que o apoio continue”.
Ainda neste ano serão realizadas mais três edições do Hackathon em Curitiba, voltadas para as empresas nascentes (startups), estudantes do ensino médio e um evento reunindo os vencedores das rodadas anteriores. A próxima edição será realizada no campus da PUC-PR.
Universidades
Durante a semana passada, representantes da Secretaria da Informação e Tecnologia (SIT) estiveram na UP e na Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR) tirando dúvidas dos interessados em participar do Hackathon Curitiba.
Na UP, a organização da maratona é feita pelo Curso Superior de Tecnologia em Eventos. O trabalho de mobilização dos estudantes com a participação de professores-tutores para cada equipe resultou na criação de grupos interdisciplinares.
Cerca de 15 cursos da universidade estão envolvidos com as atividades que acontecerão no decorrer da competição. Haverá preparo de lanches, cobertura fotográfica, massagem terapêutica, ginástica laboral, entre outras. Para o domingo está programada uma ação de Dia das Mães. Além disso, um espaço de interatividade com videogame ficará à disposição dos participantes.
“Esses momentos de ócio criativo que os alunos terão vão ser muito importantes para o desenvolvimento das ideias”, afirma Morgana Guzela, coordenadora do curso. Para ela, o Hackathon Curitiba permite que os estudantes troquem experiências e aprendam juntos. “A grande maioria nunca participou de um evento desse tipo. A adrenalina envolvida torna tudo muito diferente da sala de aula”, completa.
Na PUC-PR, a vontade de integrar acadêmicos de diferentes áreas também foi responsável pelo incentivo à participação no evento. O professor dos cursos de Jogos Digitais, Design Digital e Sistemas de Informação, Bruno de Paula, conta que muitos dos seus alunos têm vontade de desenvolver projetos cidadãos, mas precisam encontrar quem domine outras áreas do conhecimento para concretizá-los.
O professor acredita que a oportunidade de criar um vínculo com a cidade é mais importante que a competição por si só e garante que as 32 horas seguidas de programação não assustam os participantes. “Eles estão acostumados a esse tipo de maratona, têm energia para isso e ficam focados no desafio”, disse Bruno de Paula .