sexta-feira, 7 de março de 2014

Novas UTIs Neonatais reforçam segurança de bebês prematuros em hospitais do Paraná


Da Agência Estadual de Notícias

Em fevereiro deste ano, Maurine Vasconcelos, 39, moradora de Paranavaí, no Noroeste do Estado, sentiu a preocupação de uma mãe que não consegue levar a gestação até o fim dos nove meses. O filho nasceu prematuro, de sete meses, e precisou permanecer na incubadora da UTI neonatal para se fortalecer. “Antes eu achava que UTI era caso de morte, mas entendi que é para o bem do meu filho”, conta Maurine. “Sei que ele está bem, porque, devido a fraqueza, poderia pegar uma bactéria aqui fora”.
(Foto: Antonio Costa)
O nascimento do filho de Maurine fez parte dos 120 partos realizados, mensalmente, pelo Hospital Regional de Paranavaí, que é gerido pela Santa Casa. No ano passado, 78% dos atendimentos foram pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para reforçar a estrutura do Hospital, que atende a 28 municípios da região, o Governo do Estado adquiriu mais cinco incubadoras modernas, ampliando para 12 o número de leitos disponíveis.
A pequena Michaeli, filha de Gessica Cristina Alves de Oliveira (17), nasceu com 36 semanas e foi encaminhada para a incubadora do Hospital Regional de Paranavaí. “É importante porque eles recebem um atendimento melhor. Sair do hospital e ter que voltar depois com algum problema é assustador, então é melhor sair daqui bem”, disse Gessica.
A melhoria em UTI neonatal em hospitais públicos e filantrópicos da região Noroeste, com novas incubadoras, envolveu a aquisição de 16 novos equipamentos. Os recursos são do Governo do Estado. As instituições recebem repasses mensais pelo Programa de Apoio aos Hospitais Públicos e Filantrópicos (HospSus) e, também, para atuarem como referência dos programas Mãe Paranaense e Paraná Urgência.
De 2011 a 2013, o Governo do Estado adquiriu 61 incubadoras para hospitais públicos e filantrópicos de todo o Paraná, com investimentos de mais de R$1,34 milhão. Outras 30 serão adquiridas até o final de 2014.
Umuarama
A Maternidade do Hospital Norospar, de Umuarama, realiza em média 2.700 atendimentos por mês. A UTI Neonatal da unidade possui 50% de leitos para atendimento SUS e também recebeu cinco incubadoras novas em 2013, o que tranquilizou mães de 21 municípios da região. Para o diretor da maternidade, Salim Rahal, com a aquisição, houve um aumento de dez leitos, melhorou a resolutividade, diminuiu a mortalidade e já não é mais preciso transferir mães e bebês para hospitais de outras cidades, como Maringá e Curitiba. “A Norospar estava pleiteando essas incubadoras há bastante tempo, porque é uma maternidade regional com uma demanda de 120 nascimentos por mês pelo SUS”, afirma o diretor.
Moradora de Alto Piquiri, a 42 quilômetros de Umuarama, Patrícia Lima dos Santos (17) fez o parto de gêmeos na maternidade do Norospar. Para ela, se não tivesse a incubadora, um dos bebês não sobreviveria. “Aqui ele está bem mais seguro e eu também me sinto mais segura. O menino é muito pequeno, não está mamando e por isso teve que ficar na incubadora”, diz ela.