sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Garis não aguentam mais fazer coletas com roupas tão quentes, diz Sindicato


Por Marina Sequinel e Luiz Henrique de Oliveira

Com o calor nordestino que assola Curitiba, os garis reclamam das roupas pesadas que precisam usar todos os dias. Além do reajuste de 20% nos salários, uniformes mais leves também faz parte da pauta da data-base, que será negociada com as empresas responsáveis pela coleta de lixo no dia 1º de março.
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(Foto: Ricardo Almeida/SMCS)
De acordo com o presidente do sindicato da categoria (Siemaco), Manassés de Oliveira, a reivindicação tem como base as condições de trabalho de cidades do Nordeste, que sofrem com as altas temperaturas. “Em outros lugares, os garis podem usar camiseta, bermuda e tênis mais leves. Os trabalhadores não aguentam fazer cerca de 20 km com esse calor insuportável. Aliás, a diminuição dessa distância é outro pedido nosso”, explicou Manassés à Banda B em entrevista na quinta-feira (6).
O presidente ainda afirmou que poder trabalhar com roupas adequadas é essencial em uma cidade como Curitiba. “Aqui tem dois, três estações todos os dias. Por isso, nós temos que ter também dois ou três uniformes, tanto para as altas temperaturas e para o frio rigoroso”, completou.
A reportagem entrou em contato com a Cavo, empresa responsável pela coleta de lixo na capital, que informou que a medida será revista no início das negociações com os trabalhadores, a partir do dia 1º de março. Segundo a empresa, as roupas usadas pelos garis segue a legislação trabalhista, que leva em consideração todos os riscos que eles passam – desde objetos cortantes aos raios ultravioleta – durante o cumprimento das atividades. Essa lei pode mudar a partir de uma homologação, que é fácil de ser feita depois do recebimento da pauta.