sábado, 15 de fevereiro de 2014

Férias e endividamentos fazem vendas no comércio caírem 13% em Curitiba


Da Redação/BandaB

Uma pesquisa encomendada pela Associação Comercial do Paraná (ACP) e realizada pelo Instituto Datacenso mostra que houve queda de 13% nas vendas de janeiro em relação ao movimento de vendas efetuadas no mês de dezembro. Em comparação com o mesmo período de 2013, o volume de vendas de janeiro apresentou queda de 3%. No início do ano passado a economia estava favorável, com baixa da taxa de juros, menor inflação e nível de inadimplência inferior. Já a situação de 2014 é inversa. Entretanto, a pesquisa mostrou que o comerciante está otimista em relação ao desempenho das vendas do mês de fevereiro, prevendo um crescimento médio de 3%.
Férias, pagamentos de impostos e endividamento com as festas de fim de ano são fatores que contribuíram para a queda nas vendas em janeiro. A taxa de inadimplência ficou em 7%, com crescimento de 2 pontos percentuais em relação ao mês anterior, acarretando o aumento de 40% da inadimplência e forçando o consumidor a utilizar o cartão de crédito – a prazo- como forma de pagamento. O valor monetário das compras também registrou queda, tendo em vista que em dezembro o gasto médio fora de R$ 371, caindo para R$ 275 em janeiro. Os únicos itens com crescimento nas vendas no primeiro mês do ano foram móveis e eletrônicos, devido às promoções típicas de início de ano.
O economista Cláudio Shimoyama, diretor do Instituto Datacenso, explica que além da queda dos valores e das vendas, o mês apresentou também o aumento de 15% de demissões, que na ocasião são justificados pela queda nas vendas e contratos temporários de mão de obra. Shimoyama ressalta que o consumidor curitibano está menos satisfeito com o atendimento pessimista quanto ao consumo e, que esse momento de crise se deve à atual situação financeira do consumidor decorrente do endividamento, juros altos e aumento da inflação, que diminui seu poder de compra.
Os pesquisadores entrevistaram 200 comerciantes (micro, pequeno, médio e grande) e 200 consumidores com renda familiar mensal entre R$ 1.245 a R$ 6.220, entre os dias 3 e 6 desse mês.