domingo, 17 de março de 2013

PSB só devolverá cargos a Dilma no fim do ano e o Papa Argentino




A disposição do PSB de devolver a Dilma Rousseff os cargos que ocupa no governo é inversamente proporcional à evolução da candidatura de Eduardo Campos à sucessão de 2014. No comando de dois ministérios, o partido do governador de Pernambuco decidiu que não vai abrir mão de suas posições antes de setembro.
A relação de Eduardo com Dilma está crivada de ironias, além da ironia maior de a presidente ter que tratar como aliado o adversário que se arma contra ela refugiado na trincheira do governismo. Neste sábado, ao formalizar a dança de cadeiras que vitaminou na Esplanada o PMDB e o PDT, Dilma soou assim:
“Eu aprendi que, numa coalizão, você tem que valorizar as pessoas que contigo estão, que são companheiros que acompanham a gente em uma jornada diuturna e que, portanto, têm que estar com a gente nos bons e nos maus momentos, e nós com eles”.
Aplicadas ao PSB, as palavras de Dilma fazem da lealdade política uma caricatura da sinceridade. Eduardo afirma que ainda não decidiu se disputará a cadeira de Dilma. E ela finge que acredita. Faz isso por saber que, numa eleição em dois turnos, não convém converter aliados implícitos em inimigos explícitos.