sábado, 16 de março de 2013

No Brasil, mídia tradicional é ainda mais popular que a digital, diz pesquisa


Os consumidores brasileiros ainda estão propensos a utilizar mais as mídias tradicionais do que as digitais. Essa é uma das conclusões de pesquisa realizada pela KPMG International intitulada Debate Digital 2013 – Emergência do consumidor digital multitarefas. O objetivo do levantamento é entender como os consumidores estão utilizando seu tempo e seus recursos financeiros com meios de comunicação em todos os formatos e traçar um raio-x do consumo de mídias on-line e off-line.

Tendo como um de seus recortes os dados sobre o Brasil, a pesquisa ainda abrange outros oito países, e mostrou uma curiosidade. O brasileiro foi quem teve o maior gasto com mídia tradicional, registrando uma média de US$ 15 por mês (contra US$ 12 da média de EUA e Canadá), e se destacando principalmente na compra de livros e videogames (mídias físicas). Quando o assunto é gasto com mídia digital, o Brasil ficou em segundo lugar, atrás da China, e com um valor muito inferior ao utilizado nos meios tradicionais, de US$ 6 ao mês.
Já com relação às horas dedicadas aos dois tipos de mídia, excluindo o período em que as pessoas estão no trabalho ou na escola, o brasileiro é o que menos gastou tempo nessas atividades.

A pesquisa apontou ainda oito itens mais utilizados em mídia tradicional. Nos nove países pesquisados, a TV ainda é o meio mais popular, seguido pelo rádio e, em terceiro lugar, impressos como jornais e revistas. O Brasil apareceu como o país em que a população gasta menos tempo assistindo televisão e o que mais ouve rádio. Com relação às mídias on-line, todos os países mantiveram quase a mesma média de tempo gasto, com destaque para o Brasil que lidera o acesso a redes sociais e notícias.

"As mudanças do mundo digital tiveram um impacto enorme sobre como nós costumamos consumir publicações, músicas e jornais. Mas ainda estamos no início do processo de transição para a disponibilidade digital a qualquer hora e em qualquer lugar em todos os setores da mídia", afirma Manuel Fernandes, líder do segmento de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil.