do Brasil 247
“Nunca tivemos tanta chance de bater os tucanos nos estados centrais como a que vai acontecer nas próximas eleições”, conta ao 247 um dos mais estrelados generais do Estado-Maior petista. Pede segredo sobre o próprio nome, em troca de contar, a pedido, detalhes a respeito de como o partido vê o quadro e se prepara para agir. Combinado.
SÃO PAULO – “Em São Paulo, os tucanos estão divididos e desgastados. Nunca isso foi tão forte”, conta o civil com cacoete de estrategista militar. “O preconceito contra nós, especialmente no interior, diminuiu”.
As vitórias no ano passado de Fernando Haddad, na capital, Carlinhos Almeida, em São José dos Campos, e o desempenho de Marcio Pochmann, que saiu de 2% para um segundo turno em que marcou mais de 40% em Campinas, são contabilizados como prenúncios de que as baterias anti-aéreas contra o PT estão ficando obsoletas. “O discurso deles do preconceito se enfraqueceu porque os governos de Lula e Dilma efetivamente fizeram diferença a favor do povão”, avalia. “Dizer que não sabemos realizar não cola mais, enquanto nós, sim, poderemos mostrar que eles não sabem promover crescimento com distribuição de renda”.
O candidato do PT em São Paulo ainda não está definido. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, continua tendo forte apoio nas mesas de decisões dos diretórios estadual e nacional do partido, apesar da derrota em primeiro turno em 2008. Acredita-se que o resultado se deveu mais a problemas na campanha do que do propriamente do candidato. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nome assoprado por Lula, poderá assumir o papel do novo, tal qual foi dado por Lula a Haddad. Mas a hipótese do próprio Lula concorrer, aberta pela postura dele nos comerciais do partido que estão sendo veiculados esta semana em rede estadual, é cada vez mais frequente. Mesmo em “off”, porém, o desejo do chefe supremo não desperta comentário. “Lula é Lula”, reume, num sinal de que ele pode fazer o que quer que será atendido.