A Secretaria Municipal da Saúde começou nesta segunda-feira (23) a vacinar contra a gripe as crianças entre 2 anos e 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias). A estimativa é que haja na cidade entre 60 mil e 70 mil crianças na faixa etária, que deverão ser levadas às unidades básicas de saúde, no horário normal de funcionamento de cada uma. Os endereços estão no sitewww.curitiba.pr.gov.pr, da Prefeitura.
A ação começa quatro dias antes da chegada das 65 mil doses que serão repassadas pela Secretaria Estadual da Saúde, como parte de um lote de 400 mil doses destinadas para o Paraná pelo Ministério da Saúde. “Isso será possível porque dispomos de 30 mil doses, suficiente para vacinar cerca de metade desse público. Quem tem crianças nessa faixa pode ficar tranquilo porque haverá doses suficientes para todas”, explica a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, pediatra Karin Luhm. A ampliação da oferta da vacina é decorrência da disponibilidade de doses, adquiridas e distribuídas pelo Ministério da Saúde.
Bebês - Além disso, informa Karin, deverão ser vacinados também os bebês que estão completando 6 meses a partir de agora. A faixa 6 meses/2 anos incompletos, ao lado das gestantes e dos idosos, foi considerada prioritária pelo Ministério da Saúde e contemplada no início da campanha, deflagrada em 5 de maio.
Os três segmentos somam em Curitiba 277.753 pessoas vacinadas, equivalente a uma cobertura média de 99,8%. Já estão imunizadas 17.128 gestantes (91,9%), 38.817 bebês (104,1%) e 185.515 idosos (93,7%). Também já foram aplicadas 17.079 doses de reforço em bebês que não tomaram nenhuma dose no ano passado, para garantir a ativação do sistema imunológico.
A vacina é a mesma empregada na campanha de 2011. Traz em sua composição vírus influenza similares ao A / Califórnia / 7 / 2009 (H1N1), ao A / Perth / 16 / 2009 (H3N2) e ao B / Brisbane / 60 / 2008. Protege, portanto, contra três tipos de vírus causadores de gripe ou influenza e leva duas semanas, a partir da aplicação, para fazer efeito.
Prevenir e observar - A oferta da vacina, lembra Karin, não dispensa as condutas preventivas e de observação de sintomas. “Todos, indistintamente, devem continuar observando a ventilação dos ambientes bem como a lavagem constante de mãos e o uso de lenços descartáveis para cobrir o rosto antes de tossir e espirrar”, observa.
Outro cuidado é levar ao médico as pessoas com queixas compatíveis com gripe – como febre alta (superior a 38º C) acompanhada de sintomas tosse ou dor de garganta – o mais rápido possível. Assim os médicos podem fazer o diagnóstico clínico da doença e, sendo o caso, prescrever oseltamivir. O medicamento pode ser retirado gratuitamente nas unidades de saúde e centros de urgências médicas, mediante a apresentação de receita atual.
Balanço - A vigilância de síndrome gripal nas três unidades sentinelas para influenza (Centros de Urgências Médicas Campo Comprido, CIC e Cajuru) detectou 39 casos de influenza A/ H1N1, 3 casos de influenza A, três casos de influenza A/H3 e um caso de influenza B no período de 01/01/2012 a 13/07//2012.
Entre os pacientes atendidos em serviços hospitalares, 98 tiveram resultado positivo para influenza A/H1N1, quatro casos de influenza A, 26 para influenza A/H3 e um para influenza B. Desde o início do ano ocorreram 7 óbitos por influenza entre moradores de Curitiba – cinco por influenza A/H1N1 (um deles fora de Curitiba em janeiro) e dois por influenza A/H3.
