sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Obras ajudam a evitar enchentes na Grande Curitiba


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Rios e canais de Curitiba e municípios da região estão passando por obras de limpeza e retirada de solos acumulados. O principal objetivo é combater cheias e alagamentos. Coordenado pelo Instituto das Águas do Paraná, o projeto conta com a parceria da Prefeitura de Curitiba, que deu assessoria técnica para escolha dos trechos e licenciamento ambiental.
“Esta ação conjunta resulta num grande ganho para a população”, afirma o gerente da bacia do Rio Belém, Djalma Mendes dos Santos, da Secretaria Municipal de Obras Públicas. As bacias hidrográficas que cruzam Curitiba e Região Metropolitana, tratadas de forma conjunta, permitem um melhor escoamento das águas das chuvas, em especial no período de verão.
“Não adianta apenas Curitiba fazer a sua parte, por isso a parceria entre prefeituras e Estado é fundamental para trazer bons resultados à população. Com os rios devidamente assoreados, o risco de enchentes diminui muito”, diz Djalma.
A limpeza e desassoreamento tiveram início no mês passado e atingem aproximadamente 43,7 quilômetros nos rios Iguaçu, Atuba, Belém, Barigui e Pequeno, além do Ribeirão dos Padilhas e dos Canais Intercavas e Paralelo. “Nossa previsão é que os trabalhos sejam concluídos até abril deste ano”, explica o presidente do Instituto das Águas Paraná, Márcio Nunes.
Trechos – Os trechos de rios e canais da região de Curitiba que estão passando por serviços de desassoreamento são: Rio Iguaçu (14 km) - na divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais, da BR-277 até o Rio Miringuava; Canal Paralelo (9,7 km) - no Parque São José dos Pinhais, da Avenida das Torres até o Rio Miringuava; Canal Intercavas (6,67 km) - na capital, do Rio Belém ao Zoológico; rio Atuba (3,17 km) - no município de Pinhais, da Estrada da Graciosa até a Rua Apucarana, e da Rua Cassiano Ricardo até a foz do Atuba.
Outros trechos: rio Barigui (4,58 km) - em Almirante Tamandaré, da Rodovia dos Minérios a sede das Águas Minerais Timbu e ao Bairro Areais, e na divisa com Curitiba; rio Belém e Ribeirão dos Padilhas (2,5 km) – em Curitiba, da rua Bley Zornig até a foz do Belém, e da rua Eduardo Pinto da Rocha até a foz do Padilhas; rio Pequeno (3,2 km) - em São José dos Pinhais, do Rio Maciel até a foz do Rio Pequeno.
Contrapartida - Segundo os técnicos, os trabalhos de limpeza seriam facilitados e o risco de alagamentos minimizado se a população não destinasse os resíduos sólidos de forma inadequada, pois durante as chuvas esse material é levado para os leitos dos rios. Esse material pode bloquear a correnteza da água, aumentando assim o acúmulo de solos.
Lixo doméstico, móveis, brinquedos, peças de vestuário, aparelhos e utensílios domésticos, resíduos de construção civil, pneus, carcaças de veículos e cadáveres de animais fazem parte dos materiais que estão sendo retirados dos rios da Região Metropolitana de Curitiba. Somente no rio Iguaçu estima-se que, aproximadamente, 100 caminhões diários de resíduos são retirados.