quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Meio Ambiente: Índice de área verde passa para 64,5 m2 por habitante


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O índice de área verde em Curitiba, que já era bom em 51,5 metros quadrados por habitante, ficou ainda melhor. O novo mapa de maciços florestais, feito pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, mostra que o índice é 64,5 metros quadrados por pessoa. Isso porque a área verde aumentou e também os métodos de medição melhoraram em relação a 2000, ano do último levantamentofeito por fotografia aérea.
A nova medição, concluída em dezembro, foi feita com imagens geradas por um satélite GeoEye, com resolução espacial de 50 centímetros. "Este resultado não apenas consolida uma política que privilegia áreas verdes como mostra o aprimoramento dos instrumentos de avaliação que foram utilizados na pesquisa", afirma a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias. "A resolução espacial nos permite diferenciar com clareza as áreas de grama dos maciços arbóreos, por exemplo." A ONU recomenda que as cidades tenham, no mínimo, 18 metros quadrados de área verde por habitante.
A apuração precisa dos dados, com o uso de tecnologia de ponta, permitiu o aumento dos índices de cobertura vegetal. As áreas de cobertura vegetal da cidade saltaram nos últimos dez anos de 18% para 26%.
A manutenção dos índices de Curitiba se explica por vários fatores. Basta ver o número de parques e bosques na cidade nos últimos anos. Em 1988 eram cinco parques e cinco bosques. Hoje são 21 parques, 15 bosques, 451 praças e 444 jardinetes, entre outras áreas.
O engenheiro cartógrafo Luis Alberto Miguez, assessor da secretaria e responsável pelo levantamento, explica que não há um padrão nacional de medição das áreas verdes, o que varia de uma cidade para a outra. "Em Curitiba, o critério é medir apenas os maciços florestais acima de 100 metros quadrados, o que aponta a localização dos aglomerados de árvores existentes. Gramados e superfícies de lagos não são levados em conta para o cálculo".
A engenheira florestal especialista em Geoprocessamento Christel Lingnau, da Universidade Federal do Paraná, ficou impressionada com os resultados. "Estou surpresa com o alto nível de detalhamento e com a tecnologia de ponta utilizada pela prefeitura neste mapeamento".
A diretora de Geociências do Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG), Gislene Lessa, também elogiou a pesquisa. "É muito interessante saber que a cidade usa tecnologia tão avançada para captar as imagens", disse.
O primeiro levantamento global sobre o assunto foi feito em 1987 pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef). Naquela época os maciços ambientais representavam 15,06% do território de Curitiba.
Em 1992, quando foi criado o serviço de geoprocessamento da Secretaria do Meio Ambiente, foi realizado o segundo, e em 2000, o último. Em 1992, o índice de áreas verdes representou 13,56% da área total do município. Em 2000, o número registrado foi de 17,9% de cobertura florestal