terça-feira, 22 de novembro de 2011

Museu do Holocausto


Prefeito pede respeito e tolerância entre as pessoas



principalO prefeito Luciano Ducci pediu respeito ao próximo e tolerância no discurso de inauguração do primeiro Museu do Holocausto do Brasil, que aconteceu no final de semana passado (20) em Curitiba. Falando para lideranças judaicas, políticos e religiosos, o prefeito disse que o mundo não pode esquecer as atrocidades que aconteceram na 2ª Guerra Mundial. “Aqui, estará a maior lição de que a atrocidade do homem contra o homem jamais deve ser repetida, em tempo algum”, disse o prefeito. O governador Beto Richa participou do evento.

Para o prefeito, o Museu do Holocausto é mais uma contribuição valiosa da comunidade israelita para Curitiba. Após o discurso, o prefeito e o jovem Raphael Isfer Czerny acenderam uma das seis velas, que homenageavam os seis milhões de judeus mortos na 2º Guerra Mundial.

O novo espaço, idealizado pelo empresário Miguel Krigsner, traz parte das tragédias do período nazista e também massacres que aconteceram após a 2ª Guerra Mundial. “Este é um espaço para combater a intolerância religiosa, étnica e sexual. É um lugar para lembrar que somos todos iguais, em especial no Brasil, onde somos todos brasileiros”, disse Krigsner, presidente da Associação Casa de Cultura Beit Yaacov.

Para o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio Lottemberg, o museu é um espaço de defesa da humanidade. “O Brasil sempre aceitou e mostrou ser possível que brasileiros de diversas etnias e religiões vivam em harmonia”, disse. Para a ministra dos Diretos Humanos, Maria do Rosário Nunes, o novo espaço serve para que as pessoas fiquem alertas com governos totalitários. “Não podemos esquecer, porque esquecer é permitir que novas atrocidades possam ser cometidas”, disse.

O novo museu, que será aberto ao público em fevereiro, vai receber crianças de escolas e visitas monitoradas para contar este fato da história. O Museu do Holocausto de Curitiba mostra fotos, documentos, do período pré-guerra, além de informações entre os anos 1939 e 1945. Os visitantes também vão poder ver informações sobre a chegada das famílias judias ao Paraná. Tudo é interativo com terminais com computadores para a consulta digital de documentos e arquivos de áudio e vídeo.

Entre os objetos expostos peças históricas importantes, como um fragmento de Torá, cedida oficialmente pelo Yad Vashem, o Museu do Holocausto de Jerusalém. Na parte externa, pedras trazidas de Jerusalém e vitrais argentinos decoram a fachada.

Na inauguração do museu também participaram o embaixador de Israel, Rafael Eldad, o deputado federal Fernando Francischini, deputado estadual Plauto Miró Guimarães, os vereadores Emerson Prado e Professor Galdino, além entre outras lideranças políticas e religiosas.