quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Curitiba é vencedora nacional do Prêmio Bibi Vogel


Aleitamento materno


principalCuritiba é a vencedora do 3º Prêmio Bibi Vogel, do Ministério da Saúde.  O prêmio é atribuído aos municípios que mais se destacam por suas ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.
O prêmio será entregue nesta quinta-feira (10), em Brasília, durante o Encontro Nacional de Tutores da Rede Amamenta Brasil. A secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, receberá o prêmio em nome do prefeito Luciano Ducci.
"O prêmio é o reconhecimento de um esforço grande e do trabalho sério que Curitiba faz no atendimento integral á saúde de nossas crianças", diz o prefeito Luciano Ducci.
 “Trabalhamos essa questão desde o pré-natal até depois do fim da licença-maternidade das mães e todas as nossas equipes, sem exceção, estão preparadas para contribuir dentro da sua área de atuação”, diz Eliane. Ela destaca o incentivo dado às gestantes e mães pelos médicos, equipe de enfermagem e de saúde bucal e também agentes comunitários.
Em Curitiba, quando o bebê nasce e a mãe apresenta alguma dificuldade para amamentar – como engurgitamento da mama (leite empedrado) e rachadura no bico dos seios – pode contar com o atendimento do Programa de Aleitamento Materno (Proama).
O serviço funciona junto à Unidade Mãe Curitibana –Rua Jaime Reis, 331, São Francisco – e presta atendimento também por telefone. As interessadas podem ligar para os telefones 41 3225-6407 e 3321-3229, durante o horário de funcionamento da unidade, e 41 9951-3987, que atende 24 horas por dia.
Outra iniciativa de sucesso é o programa Mama Nenê, de incentivo ao aleitamento materno, que completa quatro anos em 2011. "O Mama Nenê é um programa ousado, que vem despertando o interesse outros locais do país, como aconteceu com o Mãe Curitibana", diz Luciano Ducci.
O Mama Nenê é uma parceria das secretarias municipais da Educação e da Saúde. No programa, as mães contam com salas reservadas, com poltronas confortáveis, para poder amamentar ou retirar o leite para deixar armazenado no lactário. O leite será oferecido posteriormente em copinhos aos bebês pelas educadoras.
Em quatro anos, o programa beneficiou 1312 bebês matriculados em 155 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e em 48 Centros de Educação Infantil (CEIs) conveniados. A intenção para 2011 é atender 1.634 crianças. Em 2010, foram 517 bebês.
Proama - Os números do Proama são informados na Caderneta de Saúde da Gestante - o documento distribuído tanto entre as usuárias da rede pública de saúde quando particular para funcionar como um prontuário de bolso.
Segundo a coordenadora da ação, pediatra Claudete Closs, essa é a explicação para a procura pelo serviço por mães que em 80% dos casos não são atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Ocorre que as nossas gestantes, por fazerem parte do programa de atenção materno-infantil Mãe Curitibana, são constantemente convidadas para participar das oficinas de gestantes e pais onde o tema amamentação é frequente e são muito bem preparadas sobre essa função materna antes do nascimento do bebê”, explica.
Em outubro passado, o Proama atendeu 162 mães. Desse total, 66 foram pessoalmente até o serviço, 75 usaram o telefone fixo e 21 acionaram o celular de plantão. Entre três e quatro chamadas costumam acontecer durante a madrugada dos fins-de-semana. Cada atendimento demora, em média, 1h e as informações são registradas em um livro de registro próprio.
Além de ser preparada para amamentar seu bebê exclusivamente com leite materno até o sexto mês de vida, em Curitiba a gestante também é estimulada para doar o excedente para os bancos de leite dos hospitais de Clínicas e Evangélico, com os qual o Programa Municipal de Aleitamento Materno (Proama) mantém convênio.
Para isso, sete unidades de saúde funcionam como postos de coleta, além de centros de treinamento das mães e de distribuição dos kits para esgotamento das mamas e conservação do leite em geladeira. São elas: Vila Leonice, Mãe Curitibana, Irmã Tereza Araújo, Umbará, Taiz Viviane, Eucaliptos e Solitude.
Quando volta ao trabalho, a mãe curitibana não precisa suspender o aleitamento dos filhos. Por meio de uma parceria entre as secretarias municipais da Saúde e da Educação, os centros municipais de educação infantil têm condições de receber as mães para aleitar seus bebês. Quando isso não é possível, elas põem esgotar o leite em casa e levar o leite congelado para ser servido aos seus bebês durante a permanência na escolinha.
Malu - A estudante Carla Santos Henriques, de 18 anos, está entre as doadoras do leite que a pequena Maria Luísa, de apenas 40 dias, não dá conta de mamar. Ela foi orientada sobre amamentação e doação de leite materno durante o pré-natal feito na Unidade Mãe Curitibana, fase em que contou com a participação do pai de Malu, o psicólogo Paulo Cezar Meyer, de 29 anos.
Além de estar presente nas oficinas, Paulo Cezar assistiu ao nascimento da filha, de parto normal, na maternidade Mater Dei, e é um incentivador da amamentação. “A gente fez questão de conversar muito com o pessoal da Saúde e de buscar informação fora também”, disse ele, que recorreu à internet e comprou livros.