sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Curitiba vai representar Brasil em concurso nos EUA


Mãe Curitibana



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O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, recebeu, ontem, em Brasília, o certificado de primeiro lugar do concurso nacional sobre cuidados e atenção à saúde materno-infantil, promovido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) . O Programa Mãe Curitibana conquistou a maior referência para Opas e vai representar o Brasil na etapa continental do concurso que será realizada em Washington, nos EUA.
O Mãe Curitibana é modelo para as cidades como São Paulo e estados como Pernambuco e Rio Grande do Sul, e também para o Rede Cegonha, programa do governo federal. “O programa já tem filhos e filhas espalhados por todo país e prêmio me deixa muito feliz, mas seu maior sucesso é certificado pelas mães e filhos curitibanos”, disse Ducci.
O programa garante exames de pré-natal, parto seguro, atenção a mãe e ao bebê durante toda a gravidez até 40 dias após o nascimento. Passado esse tempo, a mulher recebe alta e a criança é automaticamente vinculada ao Programa do Lactente.
Parto - Nas unidades do Mãe Curitibana, além da assistência médica à gestante e ao bebê, acontecem oficinas mensais - para futuros pais e para casais que já têm filhos e ainda precisam de orientações para cuidar do bebê.
“Toda mãe sabe, no início da gravidez, onde será seu parto. Mais que isso, faz visitas acompanhadas a esses locais, o que traz segurança principalmente para aquelas que terão um filho pela primeira vez”, disse a secretária de Saúde de Curitiba, Eliane Chomatas que acompanha o prefeito na premiação em Brasília.
A integração entre os diferentes níveis de serviços - unidades de saúde, hospitais, clínicas e laboratórios - continua após o parto. Antes da alta, todas as mães e seus bebês têm sua primeira visita à unidade de saúde marcada pelo próprio hospital ou maternidade, que tem acesso on line às agendas das unidades de saúde onde a dupla está cadastrada.
200 mil - Desde a criação, 200 mil mulheres e seus bebês foram acompanhados pelo programa. Cerca de 85% das gestantes vinculam-se até o 4º mês de gestação e apenas 13% são diagnosticadas como de médio ou alto risco. Quase 70% dos partos – que representam cerca de 60% das gestantes da cidade - são normais.
No ano passado, 89,6% das pacientes vincularam-se no início da gravidez e puderam fazer sete ou mais consultas de pré-natal. No período foram ofertadas 22.657 consultas contra 17.100 em 1998 – ano anterior à implantação do programa. Na época, 66,4% fizeram sete consultas ou mais.
Nesse período também caiu o número de gestantes com menos de 20 anos de idade. Enquanto em 1998 19,8% das mães tinham menos de 20 anos, essa taxa caiu para 14,2% em 2010.
Resultados O programa contribui, de forma significativa, na redução da mortalidade infantil e materna. De 1998 para 2009 a mortalidade infantil caiu de 16,64 por 1000 nascidos vivos para 8,97 / 1000. O dado de 2010, preliminar, é idêntico ao do ano anterior e coloca Curitiba na posição de cidade com o menor indicador entre as capitais.
A redução da mortalidade materna também merece destaque. De 60,5 por 100 mil nascidos vivos entre 1994 a 1999 e de 43,9 por 100 mil entre 2000 e 2005, o indicador desceu para 38,6 por 100 mil nos últimos 5 anos