sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mãe Curitibana abre vacinação contra pólio no sábado


Dia da gotinha


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Tudo pronto em Curitiba para a primeira etapa da campanha anual de vacinação contra a poliomielite ou paralisia infantil, neste sábado (18), das 8h às 17, em 310 locais, entre unidades de saúde, escolas, shoppings e supermercados. A campanha mobilizará 2,5 mil pessoas.
A secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, fará a abertura da campanha às 10h, na Unidade Mãe Curitibana, onde as crianças menores de 5 anos serão recebidas em clima de festa junina. A relação de postos está disponível no site www.curitiba.pr.gov.br, da Prefeitura.
A meta da campanha é vacinar todas as 114 mil crianças da faixa etária residentes na cidade. “O Ministério da Saúde considera satisfatória a vacinação de 95% desse público, que corresponde a 108 mil crianças, mas trabalhamos para que nenhum fique sem as três gotinhas que garantem proteção contra o vírus que ainda circula e faz vítimas em treze países”, diz Eliane.
Vacinas em dia - A diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria, Karin Luhm, acrescenta a importância de levar a Caderneta de Saúde da Criança – o documento onde também está anotado o esquema de vacinação infantil. “Checando a caderneta, os aplicadores saberão se todas as vacinas estão em dia ou se é preciso aplicar mais alguma além das gotinhas contra a pólio”, argumenta.
Entre as vacinas que poderão ser tomadas na mesma data está a segunda meia dose contra a gripe para os bebês entre 6 meses e 2 anos incompletos. “Quem tomou a primeira meia dose no começo da campanha, provavelmente já está vacinado. Porém, quem tomou a primeira meia dose mais para o final da campanha e ainda não completou o esquema, pode aproveitar o mesmo sábado para colocar tudo em dia”, explica Karin. Apenas as crianças com febre acima de 38º C ou que tenham sensibilidade aos componentes da vacina não devem tomá-la.
A pólio - A poliomielite é uma doença viral altamente infecciosa que afeta o sistema nervoso e pode provocar paralisia. O vírus entra pela boca e se multiplica no intestino. Seus sintomas são febre, cansaço, dor de cabeça, vômito, rigidez no pescoço e dores em braços e pernas. Uma em cada 200 pessoas infectadas sofrem as seqüelas do problema, geralmente nas pernas, e até 10% morrem por comprometimento dos músculos respiratórios.
Apesar de ainda ser problema de saúde pública em muitos países, a pólio não faz vítimas em Curitiba desde 1985, no Paraná desde 1986 e no Brasil a partir de 1989. Por conta disso, o Brasil recebeu em 1994 o certificado internacional de erradicação da transmissão local. A conquista brasileira decorre das campanhas nacionais de imunização realizadas há 32 anos, sempre duas vezes por ano.
Em 2010, a cobertura final das campanhas chegou a 98,3% na primeira fase e a 100,9% na segunda. “O grau de conscientização dos pais e responsáveis por menores de 5 anos é muito bom e, ao lado da grande estrutura de vacinação organizada para os dias de campanha, garante essa boa adesão à estratégia”, frisa Karin Luhm.
Vacinas para crianças
Compare o calendário vacinal infantil de rotina abaixo com as doses que a sua criança já tomou. Elas estão anotadas na Caderneta de Saúde da Criança. Se estiver faltando alguma, aproveite o próximo sábado (18), vá direto a um posto de vacinação fixo (unidade de saúde) levando a caderneta e peça ao vacinador para completar o esquema.

Vacina
Doses
Idade
Doenças evitadas
BCG
única
0 a 30 dias
tuberculose
Hepatite B
Três
Ao nascer, aos 30 dias de vida e aos 6 meses
Hepatite B
Poliomielite
Três
Aos 2 meses, 4 meses e 6 meses
Paralisia infantil
Tetravalente
três
2 meses, 4 meses e 6 meses + reforço aos 15 meses
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e demais infecções porHaemophilus influenzae tipo B
Rotavírus
duas
2 meses e 4 meses
rotavírus
Tríplice Viral
Duas
12 meses e de 4 a 6 anos
Sarampo, rubéola e caxumba
Tríplice Bacteriana
Única
entre 4 e 6 anos
Difteria, tétano e coqueluche
Dupla Bacteriana
Três
A partir de 7 anos
Difteria e tétano
Febre amarela
única
A partir de 9 meses
Febre amarela
Pneumocócica
Depende da idade do bebê
até 6 meses: três doses com intervalos de dois meses e reforço após 1 ano; 7 a 9 meses: duas doses e reforço após 1 ano de vida; 10 e 11 meses: duas doses; 12 a 23 meses: dose única
meningites, pneumonias, sinusites e otites
 
 
 
Meningocócica “C”
Depende da idade do bebê
Duas doses até 1 ano (aos 3 meses e aos 5 meses + reforço aos 15 meses) e dose única para os que já fizeram 1 ano.
Meningite meningocócica