segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


Alimento saudável

Saúde orienta peixarias sobre higiene e qualidade



Representantes de peixarias, responsáveis técnicos pelo setor de pescados de supermercados e feirantes que vendem o produto participaram, neste final de semana, de uma reunião convocada pelo Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde.
O objetivo do encontro foi relembrar as exigências legais para o setor referentes à comercialização de frutos do mar, cujo consumo cresce na época da Páscoa.
principal“É uma garantia de qualidade do produto e de respeito à saúde para quem compra e também para quem vende”, explica a coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e da Vigilância Sanitária de Alimentos da secretaria, Ana Valéria Carli, que acompanhou toda a reunião. Pescados de origem duvidosa, mal conservados e manipulados indevidamente podem desencadear problemas como intoxicações alimentares.
Adesão - Das cerca de 80 peixarias cadastradas na Vigilância Sanitária, perto de 70 mandaram representante. Entre eles estava o gerente da peixaria São Marcos, nas Mercês, Jacson Borges, que há 16 anos atua na área. “Tudo o que pode somar ao trabalho que se faz é bem-vindo. Acho que esse tipo de esclarecimento deve ser levado não só a quem trabalha com frutos do mar mas a todas as pessoas que vendem alimentos em geral”, disse Borges.
Os participantes do encontro foram esclarecidos pela técnica Danielli Pontes da Silva sobre as boas práticas previstas na Resolução Municipal 06/2007, que abrange a constante lavagem das mãos dos manipuladores, condições da estrutura física e higiene das dependências da peixaria, conservação dos produtos, manipulação e até a qualidade do gelo empregado para manter o produto resfriado.
Danielli destacou também a necessidade de identificação de cada tipo de produto, na câmara fria, com os dados de procedência dos pescados e o número da nota fiscal na caixa. “Isso garante a rastreabilidade, caso se detecte irregularidades em algum produto”, disse.
Consumidor - Segundo Ana Valéria Carli, o consumidor pode ajudar muito a fiscalização. Ele deve comprar somente em locais com licença sanitária e cujos produtos tenham boa aparência (olhos brilhantes e dentro da órbita, escamas bem aderidas ao corpo, guelras rosadas ou vermelho-claras, carne com textura firme e aroma característico).
A temperatura de conservação – registrada nos termômetros dos balcões frigoríficos - pode variar de -2ºC a +2ºC para pescados frescos e ser de -25ºC a -18ºC para congelados. As etiquetas também dão pistas seguras sobre a validade e a procedência, assim como a higiene do local e dos atendentes.
Apesar de salgado, o bacalhau também precisa de atenção na hora de comprar. Como os demais peixes, ele deve estar sob refrigeração quando vendido em pedaços. Peças inteiras precisam estar nas caixas de origem, onde constam outras informações sobre o produto. Manchas brancas, marrons ou avermelhadas denunciam a deterioração do peixe.
Ana Valéria lembra também que, depois de comprar pescados de boa qualidade, o consumidor não pode deixar de zelar pela sua conservação na geladeira ou freezer doméstico. Não recongelar e proteger o produto da contaminação pelo contato com outros alimentos são medidas importantes para garantir a conservação do pescado e o bem-estar de quem vai consumi-lo.
Serviço:
Para denunciar irregularidades
Problemas com pescados ou qualquer outro tipo de alimento devem ser denunciadas à Vigilância Sanitária pelo telefone 156, inclusive aos sábados e domingos.