quinta-feira, 15 de julho de 2010

Resgate Social amplia abordagem nas ruas no inverno


Com a queda da temperatura registrada nesta semana, a Central de Resgate Social da Prefeitura de Curitiba intensificou as ações de abordagem aos moradores de rua. A partir desta quarta-feira (14), quatorze equipes de educadores sociais vão percorrer os bairros para identificar pessoas em situação de rua e encaminhá-las para o abrigamento.

Desde a mudança de temperatura, a Central registrou um aumento de 30% de pessoas abordadas e encaminhadas aos albergues da cidade. Para atender a demanda da estação a central também ampliou o número de vagas.

De forma voluntária ou por abordagens os moradores de rua são recolhidos e encaminhados para banho, recebem roupas limpas, materiais de higiene e passam por avaliação de saúde feita por equipe médica. A Central funciona no centro, na rua Conselheiro Laurindo, 792.

A coordenadora da Central de Resgate, Joséli Gonçalves de Mello, explica que neste período os próprios moradores de rua buscam ajuda para enfrentar o inverno. "A procura espontânea também sobe nesse período, principalmente em dias de chuva e frio", conta.

Assim que são recebidas na Central de Resgate Social, as pessoas são registradas e avaliadas e, se necessário, encaminhadas para o médico de plantão no local ou para uma Unidade de Saúde 24 Horas e recebem a medicação prescrita.

Quando necessário, e sempre que há concordância dos abordados, eles são encaminhados para atendimento psiquiátrico ou tratamento de dependência de álcool e drogas.

Os demais albergados chegam através de solicitações pelo 156, onde a população informa sobre a existência de pessoas em desabrigo e através da Casa da Acolhida e do Regresso, que atende migrantes. Os moradores de rua também são atendidos no trabalho de roteiro das equipes do Resgate, que percorrem a cidade na busca ativa.

A Central de Resgate Social trabalha com 90 profissionais, entre educadores e assistentes sociais; psicólogos e profissionais da saúde durante os períodos da manhã, tarde e noite. Diariamente um grupo de 45 educadores circula pelas ruas atendendo às solicitações do 156 e promovendo abordagens das pessoas que estão ao relento. Por dia essas equipes chegam a percorrer cerca de 2 mil quilômetros para identificar os casos.

Além do trabalho realizado pela central, todas as administrações regionais têm uma equipe de apoio, que percorre os bairros fazendo a mesma abordagem. A FAS também oferece aos atendidos o serviço de investigação social para uma possível localização de suas famílias e locais de origem