quarta-feira, 7 de julho de 2010

Parques, museus e feiras, opções de lazer nas férias de julho

Pais impossibilitados de tirar férias com as crianças ou sem dinheiro para viajar não precisam deixá-las na frente da televisão ou do computador. Segundo a pediatra e coordenadora da área de Saúde da Criança da Secretaria Municipal da Saúde, Cristiane Marangon, a cidade oferece opções culturais e de lazer acessíveis com baixo investimento e, o que é melhor, capazes de fazer muito pelo desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor infantil que os especialistas da área tanto prezam.

De acordo com Cristiane, o lazer de férias de quem não pode viajar pode estar bem mais perto de casa do que se imagina. É o caso das incursões a parques, praças, livrarias, feiras-livres e museus, que podem se tornar experiências muito ricas para as crianças e, em muitos casos, oportunidades inéditas de aprendizado e socialização. "São mundos diferentes e repletos de informações disponíveis a quem tem interesse que, com certeza, elas vão querer explorar e pedir para visitar de novo", aposta.

A ideia, argumenta a médica, é apresentar à garotada lugares diferentes e com regras próprias, como as salas de exposição e artes, e ao mesmo tempo despertar o vínculo entre elas e a cidade e o sentido de cidadania. "Além de quebrar a rotina e gastar muita energia, elas aprenderão muitas coisas novas", argumenta a médica, que costuma oferecer essa programação às suas duas filhas.

Para isso, observa a pediatra, é importante que os pais reservem momentos do dia para acompanhar os filhos nessas atividades e compartilhar suas descobertas. "Deixá-las aos cuidados dos avós é uma segurança, mas não se pode e não se deve recorrer a eles durante todo o tempo. A permanência ao lado dos pais e a qualidade dessa convivência são muito importantes para o desenvolvimento emocional", frisa.

Em casa, lembra a médica, valem sempre as dicas de segurança, nutrição saudável e higiene. É o caso dos produtos de limpeza (que devem ficar sempre em armários fechados e inacessíveis às crianças), além de escadas e janelas (locais onde também podem ocorrer acidentes). Segundo ela, a garotada começa a desenvolver a noção real sobre as situações de risco para elas a partir dos 9 anos - daí a importância de não se confiar o cuidado de um irmãozinho menor a outro um pouco mais velho.

Além disso, as crianças devem lavar constantemente as mãos com água e sabonete e transitar por ambientes arejados. Assim, evitam-se uma série de doenças - em especial as de transmissão respiratória, que tendem a acontecer mais no inverno. A alimentação deve ser variada - preferencialmente à base de frutas, verduras, legumes, carnes, grãos, água e sucos naturais - e sem exageros e guloseimas e refrigerantes. O segredo da boa nutrição, diz Cristiane, é o equilíbrio.