quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"Reforma da Rua Riachuelo resgata a memória da cidade"


O prefeito de Curitiba, Beto Richa, esteve na tarde de ontem vistoriando as obras de revitalização da rua Riachuelo, no Centro. O prefeito verificou como ficou a reforma no primeiro trecho da obra, entre a rua Alfredo Bufren e a praça Generoso Marques.
A Riachuelo será totalmente revitalizada até a praça 19 de Dezembro. "A reforma da Riachuelo faz parte do plano de revitalização do Centro e do resgate da memória da cidade", disse Richa.
Durante a vistoria, Richa anunciou que a Riachuelo receberá uma nova iluminação pública e novo pavimento. As obras de revitalização preveem a troca das calçadas de pedra portuguesa, por lajotas de concreto, antiderrapantes e com pistas tácteis. Também estão sendo colocadas rampas de acesso para pessoas com deficiência e nova sinalização.
Por causa dos investimentos na região, Richa foi homenageado pela artista plástica Malu Prado, que presenteou o prefeito com um quadro. "Richa está de parabéns, pois esta rua faz parte da história de todos os curitibanos. Com a nova iluminação, este local ficará mais seguro e ajudará a recuperar o centro da cidade", afirmou Malu.
A obra também agradou os comerciantes. Há 5 anos, Ademir Patrício de Godoi trabalha na Loja Marianna Modas. Ademir está muito feliz e esperançoso com a revitalização da rua. "Nem dá pra comparar a Riachuelo de antes, com a de agora. Está muito melhor. Deu outra cara para a rua. E muita gente vai querer conhecer a nova Riachuelo e isso vai ser ótimo para o comércio. Calçada nova, gente nova, clientes novos", afirmou.
O comerciante Halim Drgham, proprietário de uma chapelaria desde 1972, está contente com a obra. "Estou contagiado com as melhorias, que inclusive estou com planos de reformar a minha loja", contou. Para Halim, o antigo visual da Riachuelo comprometia as vendas.
"A rua tinha um aspecto ruim para os clientes que, com o passar do tempo, deixaram de frequentá-la. Agora, pessoas que não apareciam há muito tempo, voltaram a fazer compras por aqui e estão ansiosas para ver a cara nova que a rua vai ganhar."
O vice-presidente da Associação dos Moradores e Comerciantes da Riachuelo, Chain Jaber, espera reflexos positivos com as mudanças. Dono de loja na região há 25 anos, Jaber afirma que os últimos 15 anos foram terríveis. "Ficamos parados no tempo. O consumidor recuperou a confiança na Riachuelo", diz. Jaber argumenta que a inauguração do novo Paço Municipal, em março deste ano, deu novo fôlego à via. "Houve uma melhora nas vendas", afirmou.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

34 ônibus danificados depois de jogo de futebol no domingo


34 ônibus danificados depois de
jogo de futebol no domingo
Trinta e quatro ônibus da frota do transporte coletivo urbano de Curitiba foram danificados durante os tumultos que aconteceram em vários pontos da cidade após o término do jogo do Coritiba contra o Fluminense, no domingo (6), no estádio Couto Pereira.
Números informados pelas empresas de transporte à Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), empresa que gerencia o transporte coletivo em Curitiba, mostram que 34 janelas laterais foram estilhaçadas, quatro para-brisas e cinco vidros de portas foram danificados.
Cinco alçapões, situados no teto dos ônibus para renovação de ar, também foram danificados, além de espelhos, balaústres e braçadeiras de bancos.
A maioria dos ônibus já voltou a circular, depois de ter seus vidros trocados.
Uma bomba caseira explodiu domingo à noite no interior de um ônibus da linha Vila Macedo, nas imediações de um supermercado de Piraquara. Ninguém se feriu.

Custo do vandalismo chega a R$ 270.000 por mês

O custo do vandalismo no sistema de transporte em Curitiba chega a uma média de R$ 270 mil por mês. Entram nesta conta vidros pichados, janelas quebradas, estações tubo, ônibus danificados e equipamentos como sanitários, torneiras, azulejos, espelhos e paredes danificados ou pichados em terminais de transporte. A soma dos prejuízos no sistema, até setembro, chega a R$ 2,43milhões.
"São custos absurdos, que não podem ser pagos pela sociedade", afirma o presidente da Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, Marcos Isfer destacando ser impossível medir o custo real. "O verdadeiro custo do vandalismo é o do medo e do risco", diz ele. "Quando um vândalo joga uma pedra contra um ônibus, ele está ameaçando a vida de pessoas. Quando ele picha uma placa de trânsito, ele está criando condições de risco para motoristas e é isso que precisa ser resolvido com urgência", afirma.
Levantamento feito pela Urbs mostra que só a reposição de vidros de janelas de ônibus riscados até setembro deste ano custaria em torno de R$ 2,2 milhões a preços atuais. Para dar idéia do que isso representa, o sistema tem 35.492 janelas de ônibus e destes, 11.391 foram riscados neste ano. Boa parte das janelas riscadas por vândalos são de ônibus totalmente novos, modernos, mais seguros e confortáveis, que acabaram de entrar na frota. Curitiba tem uma frota operante de 1.910 ônibus com um índice de renovação, a partir de 2005, de quase 60%. Ou seja, até o fim deste 1.120 ônibus zero quilômetro terão entrado na frota a partir de 2005.
No caso das estações tubo o vandalismo representou um prejuízo, só com a reposição de vidros neste ano, de R$ 139, 5 mil. No ano passado o custo da troca de vidros das estações em função de vandalismo, chegou a R$ 382,8 mil. Curitiba tem 364 estações que, somadas, têm cerca de oito mil vidros.
Depredadores de patrimônio público também são responsáveis por uma série de prejuízos causados aos terminais. Como a manutenção é diária, feita por equipe própria da Urbs, os custos se diluem nos orçamentos de manutenção. Mesmo assim, só a troca de metais e sanitários de banheiros e a repintura de paredes em terminais representou um custo adicional, neste ano, de R$ 15,8 mil.
Ao longo deste ano, 20 dos 21 terminais de ônibus passaram por reformas que foram prejudicadas pela ação de vândalos. Em vários terminais, a depredação em sanitários, espelhos, equipamentos internos aconteceu em pleno período de obras, exigindo um esforço duplo das equipes de trabalho.
O presidente da Urbs explica que toda a estrutura de fiscalização da empresa, o apoio das forças policiais e a ação permanente da Guarda Municipal estão voltadas para o combate ao vandalismo incluindo o sistema de transporte. "Mas precisamos de uma mobilização maior, que envolva a sociedade como um todo, que envolva poder público e iniciativa privada para que possamos acabar de fato com o vandalismo. É a partir desta premissa que estamos preparando um elenco de sugestões a serem apresentadas à sociedade para que possamos atuar juntos nessa luta que é de todos nós", afirma.