Redação Bem Paraná com agências
O doleiro Alberto Youssef é um dos réus que serão ouvidos, nesta terça-feira (31), no processo que investiga o uso do laboratório farmacêutico Labogen para lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações da Operação Lava Jato, deflagrada em março do ano passado, a empresa tinha Youssef como sócio oculto. A empresa fez um contrato de parceria com o Ministério da Saúde, na época da gestão de Alexandre Padilha, em 2013. A audiência está marcada para começar às 10 horas, na Justiça Federal, em Curitiba.
As investigações apontaram indícios de que o ex-deputado federal André Vargas (sem partido-PR) ajudou Youssef a fechar a parceria junto ao ministério. Vargas acabou sendo expulso do Partido dos Trabalhadores (PT) e também teve o mandato de deputado fedderal cassado em dezembro de 2014.
O doleiro deve depor ao lado de outros réus na ação, como Esdra de Arantes Ferreira, Pedro Argese Júnior e o sócio da Labogen, Leonardo Meirelles. Em julho de 2014, Meirelles disse no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que foi apresentado a André Vargas pelo doleiro Youssef.
À época ele afirmou ter participado de reuniões dentro do gabinete do ex-deputado. “A tratativa foi com o deputado, para quem coloquei que era um bom projeto para o país e que tínhamos condições de fazer dentro do prazo. Fomos encaminhados para a Secretaria de Ciência e Tecnologia [do Ministério da Saúde]”, relatou Meirelles aos parlamentares.
Em abril do mesmo ano, Vargas reconheceu que conhecia Meirelles, mas negou que houvesse qualquer irregularidade nos contatos que teve com ele.
