terça-feira, 31 de março de 2015

Voos para Argentina são cancelados devido à paralisação


 Folhapress




SÃO PAULO, SP - Ao menos 23 voos das companhias aéreas TAM e Gol foram cancelados nesta terça-feira (31) devido à greve geral na Argentina. A TAM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, o cancelamento de 17 voos que partem ou se destinam a Buenos Aires, Córdoba e Rosário. Segundo a TAM, os clientes desses voos poderão remarcar a data da viagem para os próximos 15 dias sem custo e de acordo com a disponibilidade de assentos. Os passageiros também poderão alterar o destino da viagem, sem multa, mas teriam que arcar com a diferença de tarifas. A Gol cancelou seis voos que teriam com destino ou origem o aeroporto de Aeroparque, em Buenos Aires, nesta terça (31). A Aerolíneas Argentinas, que tem voos ligando Brasil e Argentina, emitiu comunicado informando que a greve poderá afetar a sua operação. A empresa afirmou que, por isso, aceitará troca de passagens de voos previstos para terça (31) e quarta (1º), sem custos para os clientes. Ela também oferecerá reembolso de 100% de tíquetes emitidos. Os sindicatos dos trabalhadores de transportes da Argentina prometeram cruzar os braços por 24 horas contra o imposto que incide sobre os salários. Também deverão parar os trabalhares que fazem coleta de lixo na cidade de Buenos Aires, bancários e funcionários públicos. Com a dificuldade de locomoção, é possível que outros serviços, como escolas e restaurantes, também sejam afetados nesta terça (31). GREVE ARGENTINA Os sindicatos pedem que o governo corrija o limite de isenção do imposto, atualmente em 15 mil pesos (cerca de R$ 3.500). Os trabalhadores afirmam que cerca de 2 milhões de empregados recolhem o imposto, o governo afirma que este número é de 850 mil. Até esta segunda (30), o governo não deu sinais de que poderá ceder. Em entrevista a uma rádio local no último domingo (29), o ministro Axel Kicillof afirmou que são apenas 10% os trabalhadores que recolhem o imposto, os mais ricos. Durante a semana passada, Kicillof disse que o imposto havia se transformado em um "fetiche" e que afetava a poucos trabalhadores. O movimento é organizado por sindicatos que fazem oposição ao governo de Cristina Kirchner e ocorre em um momento em que as forças políticas se organizam para as eleições presidenciais, cujas prévias serão em agosto.