Até o fim deste primeiro semestre o consumidor poderá baixar em seu smartphone um aplicativo para avaliar a qualidade do serviço prestado por comércios e prestadores de serviços em todo país. As avaliações feitas por meio do app, desenvolvido numa parceria entre o Inmetro e a Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), vão gerar posteriormente um selo de qualidade para os estabelecimentos, conta o secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Humberto Ribeiro. A iniciativa, que tem como objetivo reconhecer boas práticas, integra o Programa de Excelência em Serviços (Servir) e vai ser aplicada primeiramente ao setor de supermercados. - O objetivo é proporcionar bem-estar aos consumidores, que poderão contribuir com opinião e por meio do selo ter um parâmetro de comparação entre os estabelecimentos para fazer a melhor escolha. Vamos dar reconhecimento aos estabelecimentos que adotarem as melhores práticas - explica Ribeiro. No caso dos supermercados, o cliente poderá dar notas que vão de A, maior valor, a E, menor valor, a cinco quesitos: acessibilidade (questões arquitetônicas e estruturais ligadas ao conforto do consumidor, adaptação a portadores de necessidades especiais, existência de escadas rolantes, entre outros), atendimento (cordialidade, atenção, prestação de informações), rapidez (como lida com redução de filas, por exemplo), instalações (se a disposição e informações facilitam a busca de mercadorias) e variedade (quantidade e marcas suficientes de produtos). Os demais segmentos do setor, como agências de viagens, transporte por táxis, hotelaria e salões de beleza, passarão a ser avaliados em fases seguintes do Servir, e terão critérios específicos. De acordo com o presidente em exercício do Inmetro, Oscar Ascerald, optou-se por iniciar o programa pelo setor de supermercados porque ele faz parte do dia a dia do consumidor: - É um segmento facilmente assimilado e frequentado com assiduidade. Segundo Ascerald, ainda não foi definida a metodologia e estabelecido prazo para a concessão do selo aos estabelecimentos. No entanto, explicou que os supermercados receberão relatórios do Inmetro com os resultados da avaliação feita pelos consumidores para que possam aprimorar o atendimento. Disse, ainda, que o programa vai dar divulgação aos estabelecimentos que tiverem as melhores médias de notas. Na análise do vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, o programa trará benefícios tanto para os consumidores quanto para as empresas: - Vamos ter um feedback direto dos nossos clientes, identificar onde estão as oportunidades de ganhar mercado, e eles poderão enxergar mais facilmente quais são as redes focadas em oferecer um melhor atendimento. O fato de o programa ser destinado a dar visibilidade às melhores práticas nos trouxe segurança, e por isso resolvemos aceitar o convite do governo. Avaliadores terão de passar por capacitação Para se tornar um avaliador, o consumidor terá de se inscrever e passar por uma capacitação on-line de cerca de 1h30 que será promovida pelo Inmetro. Para o presidente em exercício do instituto, este é o grande diferencial do Servir, com relação a outros programas de avaliação. Os voluntários farão um curso para se habilitar à condição de avaliador do programa. Nele, o consumidor responderá um questionário e vai ser orientado sobre o que deve ser observado ao dar notas aos estabelecimentos. - A capacitação tem o objetivo de levar o consumidor a refletir sobre seu papel como cidadão, a adotar um comportamento ético e impessoal durante a avaliação. Ele terá de demonstrar que é observador e perceptivo e que tem determinação para chegar ao final da avaliação - explica Renata Bondim, chefe do Centro de Informação e Capacitação em Metrologia e Avaliação da conformidade (Cicma) do instituto. De acordo com o secretário Ribeiro, a criação do programa é fruto de uma maior preocupação dos dois órgãos que, diante do crescimento expressivo da massa de consumidores no país, entendem ser cada vez mais urgente a valorização das relações de consumo: - Não só pela ótica da proteção do consumidor, como também pela indução do setor produtivo na adoção de medidas que fortaleçam a confiabilidade, qualidade e a segurança nas relações com os consumidores. Ribeiro acredita que a avaliação incentivará os estabelecimentos comerciais a buscar constantemente a excelência no atendimento ao consumidor. Até o próximo dia 5, toda a sociedade pode contribuir por meio de consulta pública com sugestões e críticas sobre o programa, proposto na Portaria Inmetro nº 112, de 14/3/2014. O texto está disponível no endereço www.inmetro.gov.br. Sugestões e críticas podem ser enviadas no formato da planilha modelo, disponível na página www.inmetro.gov.br/legislacao/, para o e-mail diape@inmetro.gov.br. Entenda mais sobre o Servir - Qualquer consumidor pode participar, desde que se submeta ao treinamento que será oferecido pelo Inmetro e MDIC; - O consumidor credenciado entrará no supermercado e indicará o endereço do estabelecimento no seu smartphone. A partir daí, poderá avaliar cada item, detalhando seus atributos; - A avaliação do estabelecimento estará disponível. Basta que o usuário faça uma busca no aplicativo; - Os estabelecimentos são avaliados em uma escala que vai de A a E, onde E é o menor valor. Fonte: O Globo - Online |
Plantio de trigo é o carro-chefe das lavouras de inverno
| ANPR
O plantio das culturas de inverno iniciou no Paraná e a expectativa é que o volume de produção possa atingir até 4,2 milhões de toneladas de grãos, quase o dobro da safra passada. No Estado, o plantio de trigo é o carro-chefe das lavouras de inverno, cuja área plantada está aumentando 23% e se as condições de clima forem favoráveis será colhida a maior safra já vista no Estado. A previsão de safra, incluindo as lavouras de inverno, foi divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o clima é de otimismo no campo, apesar das frustrações de safra ocorridas no início deste ano por causa do calor excessivo e falta de chuvas. “O agricultor paranaense não desanima e ele vai buscar a compensação com as lavouras de inverno”, afirmou.
Entre as lavouras de inverno e verão, o Paraná deverá colher uma safra total de 35,4 milhões de toneladas de grãos, uma redução de apenas 3% em relação ao volume colhido no ano passado que atingiu 36,3 milhões de toneladas.
A área plantada com os grãos de inverno deverá crescer 15% passando de 1,3 milhão de hectares plantados no ano passado para 1,5 milhão de hectares que deverão ser ocupados esse ano. A cultura do trigo vai ocupar 1,2 milhão de hectares quase a totalidade da área. O restante será ocupado por lavouras de aveia, canola, centeio, cevada e triticale.
Segundo o Deral, a maioria dos produtores que não plantou o milho safrinha, porque estava desestimulada pelo preço do grão no mercado, migrou para o plantio de trigo, cujo preço está mais atraente no mercado. O plantio de trigo está crescendo mais nas regiões Norte e Oeste do Estado. Em função desse crescimento de área, a safra pode atingir um volume de 3,6 milhões de toneladas, a maior produção que esse Estado já viu, disse o chefe da conjuntura do Deral, Marcelo Garrido.
Conforme o relatório do Deral, o clima regularizou, as chuvas voltaram e as lavouras que estão em campo como soja, milho e feijão da segunda safra estão se desenvolvendo bem. O milho safrinha está com uma previsão de produção de 10 milhões de toneladas e o feijão da segunda safra poderá atingir um volume de 490,3 mil toneladas, cerca de 44% acima da safra colhida em igual período do ano passado que somou 339,3 mil toneladas.
O plantio de soja safrinha superou as expectativas e a área plantada cresceu 38% no Estado, passando de 80.887 hectares para 111.868 hectares. A produção poderá atingir um volume de 211.135 toneladas, 62% acima do volume colhido no mesmo período do ano passado, que foi 130.135 toneladas.
REAVALIAÇÃO - Passada a preocupação com a falta de chuvas do início do ano que prejudicou principalmente as lavouras de soja de verão, agora é hora de reavaliar a safra. E nessa reavaliação, com o avanço da colheita, o Deral está prevendo uma safra de 20,5 milhões de toneladas de grãos de verão.
Conforme as pesquisas de campo, as perdas com a soja foram estancadas. Cerca de 79% da soja está colhida e o Deral confirma uma redução de 12% na safra que corresponde a uma queda de dois milhões de toneladas no volume de produção. A safra de soja, cuja estimativa inicial apontava para uma colheita de 16,5 milhões de toneladas, caiu para 14,5 milhões de toneladas, ainda uma grande safra, ressaltou o secretário Norberto Ortigara.
O Deral confirma também redução para as lavouras de milho da primeira safra, mas em menor escala. A estimativa inicial apontava produção de 5,61 milhões de toneladas do grão e a estimativa atual revela que poderão ser colhidas 5,43 milhões de toneladas, uma redução de 185 mil toneladas.
De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, as perdas nas lavouras de milho foram mais acentuadas na região Norte do Estado. Mas elas foram compensadas pela produção de milho da região Sudoeste que foi acima das expectativas, com produtividade maior do que a projetada inicialmente.
Por fim, as estimativas divulgadas nesta quinta-feira pela Secretaria da Agricultura levam em conta condições de clima normais durante o outono e inverno, o que é determinante para confirmação do plantio, condução das lavouras e colheita, afirmou o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni.
Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o clima é de otimismo no campo, apesar das frustrações de safra ocorridas no início deste ano por causa do calor excessivo e falta de chuvas. “O agricultor paranaense não desanima e ele vai buscar a compensação com as lavouras de inverno”, afirmou.
Entre as lavouras de inverno e verão, o Paraná deverá colher uma safra total de 35,4 milhões de toneladas de grãos, uma redução de apenas 3% em relação ao volume colhido no ano passado que atingiu 36,3 milhões de toneladas.
A área plantada com os grãos de inverno deverá crescer 15% passando de 1,3 milhão de hectares plantados no ano passado para 1,5 milhão de hectares que deverão ser ocupados esse ano. A cultura do trigo vai ocupar 1,2 milhão de hectares quase a totalidade da área. O restante será ocupado por lavouras de aveia, canola, centeio, cevada e triticale.
Segundo o Deral, a maioria dos produtores que não plantou o milho safrinha, porque estava desestimulada pelo preço do grão no mercado, migrou para o plantio de trigo, cujo preço está mais atraente no mercado. O plantio de trigo está crescendo mais nas regiões Norte e Oeste do Estado. Em função desse crescimento de área, a safra pode atingir um volume de 3,6 milhões de toneladas, a maior produção que esse Estado já viu, disse o chefe da conjuntura do Deral, Marcelo Garrido.
Conforme o relatório do Deral, o clima regularizou, as chuvas voltaram e as lavouras que estão em campo como soja, milho e feijão da segunda safra estão se desenvolvendo bem. O milho safrinha está com uma previsão de produção de 10 milhões de toneladas e o feijão da segunda safra poderá atingir um volume de 490,3 mil toneladas, cerca de 44% acima da safra colhida em igual período do ano passado que somou 339,3 mil toneladas.
O plantio de soja safrinha superou as expectativas e a área plantada cresceu 38% no Estado, passando de 80.887 hectares para 111.868 hectares. A produção poderá atingir um volume de 211.135 toneladas, 62% acima do volume colhido no mesmo período do ano passado, que foi 130.135 toneladas.
REAVALIAÇÃO - Passada a preocupação com a falta de chuvas do início do ano que prejudicou principalmente as lavouras de soja de verão, agora é hora de reavaliar a safra. E nessa reavaliação, com o avanço da colheita, o Deral está prevendo uma safra de 20,5 milhões de toneladas de grãos de verão.
Conforme as pesquisas de campo, as perdas com a soja foram estancadas. Cerca de 79% da soja está colhida e o Deral confirma uma redução de 12% na safra que corresponde a uma queda de dois milhões de toneladas no volume de produção. A safra de soja, cuja estimativa inicial apontava para uma colheita de 16,5 milhões de toneladas, caiu para 14,5 milhões de toneladas, ainda uma grande safra, ressaltou o secretário Norberto Ortigara.
O Deral confirma também redução para as lavouras de milho da primeira safra, mas em menor escala. A estimativa inicial apontava produção de 5,61 milhões de toneladas do grão e a estimativa atual revela que poderão ser colhidas 5,43 milhões de toneladas, uma redução de 185 mil toneladas.
De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, as perdas nas lavouras de milho foram mais acentuadas na região Norte do Estado. Mas elas foram compensadas pela produção de milho da região Sudoeste que foi acima das expectativas, com produtividade maior do que a projetada inicialmente.
Por fim, as estimativas divulgadas nesta quinta-feira pela Secretaria da Agricultura levam em conta condições de clima normais durante o outono e inverno, o que é determinante para confirmação do plantio, condução das lavouras e colheita, afirmou o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni.