quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos morre aos 79 anos


Redação Bem Paraná, com agências online

Faleceu na manhã desta quinta-feira (20), em São Paulo, o jurista Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça. De acordo com boletim do Hospital Sírio Libanês, ele estava internado para tratar descompensação de fibrose pulmonar na capital paulista. Contudo, segundo a equipe médica, a família não autorizou a divulgação da causa da morte.
Ainda não há informações sobre velório e enterro.
Nascido na cidade de Cruzeiro, em São Paulo, Bastos se formou pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1958. Foi presidente da seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de 1983 a 1985, e presidente do Conselho Federal de 1987 a 1989. Entre 2003 e 2007, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atuou como ministro da Justiça.
Como jurista, trabalhou nos casos de acusação dos assassinos de Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves. Bastos foi também responsável pela defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas.
Durante o julgamento do mensalão, Bastos defendeu ex-dirigentes do Banco Rural e entrou com reclamação contra o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, questionando o fato de Barbosa não ter levado pedidos da defesa dos réus para análise do plenário do STF.
Como encarregado do setor de Justiça e Segurança, integrou o governo paralelo instituído pelo PT após a eleição do presidente Fernando Collor em 1990. Dois anos depois, redigiu com o jurista o jurista Evandro Lins e Silva a petição que resultou no impeachment de Collor.
Bastos fundou o movimento Ação pela Cidadania, juntamente com Severo Gomes, Jair Meneghelli e Dom Luciano Mendes de Almeida e o Instituto de Defesa do Direito de Defesa.