quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Consumo do paranaense deu um salto de R$ 160 bilhões


Comparativa entre o potencial de gastos entre 1999 e 2014 mostra uma evolução de quase de 400% no Estado

BemParana

Que o consumo do paranaense cresceu entre os anos de 1999 e 2014, isso é até óbvio. O que não se sabia era o tamanho deste crescimento, que ficou acima de qualquer índice. Em 1999, o potencial de consumo total no Paraná foi de cerca de R$ 40,6 bilhões. A estimativa para este ano é que o paranaense gaste R$ 200,7 bilhões, um salto de mais de 440%, ou R$ 160,1 bilhões de diferença.
É o que aponta a IPC Marketing Editora, especializada no cálculo de índices de potencial de consumo, em análises dos estudos IPC Maps 1999-2014, indicador da potencialidade de consumo nacional, divulgado ontem.
O cenário é igual em todo o País. Os principais fatores para este resultado é a estabilidade econômica e a expansão das classes mais baixas. Hoje, os brasileiros consomem quase R$ 3,3 trilhões, ante os R$ 566 bilhões, movimentados em 1999. Segundo o levantamento, o consumo per capita da população residente nas áreas urbanas subiu de R$ 4,4 mil em 1999, para R$ 17,7 mil em 2014, o que representa uma variação de mais de 303%.

E a força da classe média neste composto é notória. No Paraná, o potencial de consumo das classes B e C respondem por quase três quartos da capacidade de consumo no Estado — R$ 143 bilhões para este ano. A classe A, sozinha, responde por R$ 35,3 bilhões. Até mesmo as classes D e E colaboram, com mais R$ 4,7 bilhões de expectativa de consumo, mesmo correspondendo a apenas 9,35 dos domicílios no Paraná.
De longe, a manutenção do lar é o que mais leva o paranaense a gastar. São R$ 43,6 bilhões de capacidade de gastos previstos para este ano. Em 1999 eram R$ 5,5 bilhões. O segundo item em que o paranaense mais gasta é alimentação no domicílio — R$ 17,9 bilhões em 2014 contra R$ 6,7 bilhões em 1999. A manutenção do veículo próprio neste ano ano deve ficar em R$ 10,4 bilhões contra R$ 1,3 bilhão em 1999. Material de construção é outro que tem potencial de consumo importante para este ano, e chega a R$ 16,5 bilhões. Há 15 anos nem constou da relação.
Nacional — O crescimento econômico do País revela um novo cenário de consumo entre os brasileiros nos últimos 15 anos, diz pesquisa. Embora a região Sudeste ainda lidere o mercado consumidor brasileiro, e o Sul e o Centro-Oeste continuem ativos no setor, o Norte e o Nordeste despontam cada vez mais como economias promissoras e independentes. Já a antiga classe C tonou-se a classe B de hoje e responde por mais da metade do que é consumido no País.
Notam-se, ainda, a força do fenômeno da interiorização e o envelhecimento da população, com os idosos ocupando o segundo lugar do ranking.