sexta-feira, 26 de setembro de 2014

“Big Brother” de mil câmeras entra em operação em Curitiba


Centro Integrado de videomonitoramento tem a perspectiva de melhorar resposta da polícia na Capital e interior

BemParana
Centro Integrado de Comando e Controle Regional é um dos legados da Copa do Mundo para o Estado: investimento foi de R$ 60 milhões (foto: Franklin de Freitas) 
Dois meses após o final da Copa do Mundo, um dos principais legados deixados para Curitiba após o evento Fifa começa a operar. O Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), coordenado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), entrou em operação ontem, e permite videomonitoramento, tornando possível respostas rápidas e o desencadeamento de ações articuladas. Hoje, são mais de mil câmeras participando do “Big Brother Curitiba”, mas em breve esse número deve aumentar significativamente, com a possibilidade de inclusão de outras câmeras em funcionamento na cidade, inclusive da iniciativa privada.
O CICCR custou R$ 60 milhões aos cofres do governo federal. O local conta com Sala de Gestão de Crise, 48 computadores e 32 telas de televisores, que mostram o que acontece na Capital e na Região Metropolitana e em Foz do Iguaçu, que tem 125 câmeras. A ideia, porém, é que em breve o Centro conte com imagens de mais cidades do Estado e que o número de câmeras seja aumentado.
“Estamos fechando diversos convênios e, no futuro, também usaremos câmeras privadas, de supermercados, shoppings e bancos, por exemplo”, explica Rafael Vianna, coordenador do CICCR e delegado da Polícia Civil. “As diversas câmeras pela cidade formam uma rede que serve para dar suporte ao pessoal na rua. Nós flagramos a irregularidade e comunicamos”, explica.

Em breve, inclusive, o sistema deverá ser aperfeiçoado. É que o Governo do Paraná já analisa a aquisição de um software que já é utilizado em Nova York e São Paulo no combate ao crime: o Detecta, que é capaz de identificar atitudes e ações suspeitas, informando o CICCR.
“O programa é capaz de identificar atitudes suspeitas, como uma pessoa que fica indo e vindo para o mesmo lugar ou fogo em uma agência bancária. Um alarme, então, apita e nós conseguimos acessar as imagens e acionar uma viatura para verificar a situação”, explica Rafael.
Mas para que tudo esteja funcionando perfeitamente, ainda falta tempo e, principalmente, experiência com o sistema. “Ainda não estamos em plena operação, começamos a testar agora, em uma situação completamente diferente da Copa do Mundo. Agora é mais complexo. Temos de gerir as câmeras, o pessoal da rua. Ao longo das operações iremos aprimorar ainda mais o trabalho”.