sábado, 6 de julho de 2013

Em novo projeto, Suassuna conta histórias sobre Brasil esquecido



Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Está aberta uma nova temporada de arte e cultura com o escritor paraibano Ariano Suassuna, que está rodando o Brasil com seu novo projeto, Arte como Missão. Nele, presenteia o público com uma aula-espetáculo, em que conta uma série de histórias e transporta os espectadores para um Brasil genuíno, simples e intacto.
Com a voz trêmula, justificada por seus 86 anos de idade, e certo tom de pureza em cada frase, como se nunca tivesse saído do sertão da Paraíba, onde passou parte da infância, Suassuna se apresentará para milhares de pessoas em seis cidades. A primeira parada foi em Brasília e lotou o Teatro Nacional. No dia 18 de julho, o Arte como Missão desembarca em Fortaleza. As paradas seguintes serão: Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba e São Paulo.
“Eu acho que tenho a obrigação de mostrar ao povo uma alternativa para essa arte de quarta categoria que anda se espalhando por aí, corrompendo o gosto do nosso povo, procurando nivelar tudo pelo gosto médio”, disse o ocupante da cadeira nº 32 da Academia Brasileira de Letras. Suassuna diverte o público e exalta um talento esquecido, ou sequer sabido, por muitos. “O povo brasileiro tem uma habilidade extraordinária para inventar as histórias mais valiosas do mundo. Para fazer O Auto da Compadecida, minha peça mais conhecida, me baseei em histórias do povo brasileiro”, contou.
O projeto vai além da aula-espetáculo. O Arte como Missão traz um pacote cultural multimídia. Além dos palcos, Suassuna pode ser apreciado em um ciclo de filmes dedicados à sua obra e visto na exposição fotográfica O Decifrador, de Alexandre Nóbrega.
“[…] Vejo que talvez só eu mesmo pudesse fazer uma coletânea como esta, em que o autor de O Auto da Compadecida é flagrado na vida inusitada de homem comum, um esboço do seu universo particular”, diz Nóbrega, no texto de introdução da exposição.
Genro de Suassuna, Nóbrega acompanha o escritor há dez anos e viaja com ele pelo Brasil para cumprir compromissos. Artista plástico, se valeu de uma máquina fotográfica para registrar diversos momentos da rotina de Suassuna, ou algo próximo disso. Afinal, é difícil conhecer alguém que frequentemente utilize como escritório a Caatinga nordestina, em frente à uma gigantesca formação rochosa, adornada por pinturas rupestres.
De acordo com Nóbrega, seu sogro não sabia que o livro O Decifrador, que deu origem à exposição, estava sendo feito até vê-lo pronto. “Ele ficou muito surpreso, pois não estava a par da confecção do livro, mas não ficou desconfortável com a ideia, ele não é tímido. Sua relação com as pessoas é muito boa, desde quando se tornou professor”, explica Nóbrega. “Por conta do grande assédio, Ariano só não faz duas coisas que gostaria. Ir à missa e ao estádio de futebol”, completa.
O Brasil a ser percorrido pelo escritor nos próximos meses vive um caldeirão político e social. Milhares de pessoas estão indo às ruas para exigir melhoras dos serviços públicos, mostrar a força do poder popular. Na estreia do projeto, em Brasília, Suassuna não teceu comentários a respeito. Mas relembrou episódio da história nacional, quando a sociedade também estava ávida por mudanças.
“Eu acho que Canudos é o episódio mais significativo da história brasileira”, disse, referindo-se à Guerra de Canudos, quando uma pequena comunidade, no interior da Bahia, lutou incansavelmente contra o Exército no final do século 19. Composta por sertanejos pobres e ex-escravos, o povo de Canudos derrotou os militare em três batalhas, se fazendo notar e entrando para a história do país, como reforça o escritor. “Quem não entende Canudos, não entende o Brasil”.

OEA vai discutir bloqueio aéreo de países europeus a avião de Evo Morales



Carolina Gonçalves*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – No próximo dia 9, integrantes do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) vão se reunir para discutir o bloqueio aéreo feito por quatro países europeus à aeronave do presidente da Bolívia, Evo Morales.
No início da semana, autoridades da França, da Itália, da Espanha e de Portugal não autorizaram que a aeronave, que vinha de Moscou, cruzasse o espaço aéreo alegando suspeitas de que o ex-funcionário da CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos), Edward Snowden, estaria a bordo. O avião foi forçado a fazer um pouso de emergência na Áustria onde, segundo fontes de La Paz, foi revistado.
Snowden, que denunciou o monitoramento feito por autoridades norte-americanas de e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora dos Estados Unidos, está, há quase um mês, em uma área de trânsito do Aeroporto de Moscou, considerada como "território neutro".
Hoje (6) o presidente da Bolívia ofereceu "asilo humanitário" ao americano. No discurso feito em uma cidade no Sudeste do país, Morales deixou claro que a decisão é um protesto contra os países que impediram que a aeronave decolasse.
A reunião da OEA, marcada para a próxima terça-feira, ocorrerá na sede da organização internacional em Washington e será transmitida ao vivo no site da OEA. Há três dias, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, cobrou explicações dos governos europeus. Em comunicado, Insulza se disse “profundamente incomodado” e ressaltou que “nada justifica uma ação de tanto desrespeito”.
* Com informações da Agência Boliviana de Informação

Primeiro-ministro confirma acordo político para manter governo português


Gilberto Costa*
Enviado especial da Agência Brasil/EBC
Leipzig (Alemanha) – O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, anunciou hoje (6), em Lisboa, novo acordo político para a manutenção de seu governo. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas, que pediu demissão e abriu uma crise política, será nomeado vice-primeiro-ministro.
Além de mais status, Paulo Portas passa a ter mais poder e papel central no governo. Conforme noticiado pela Agência Lusa, o ex-chanceler torna-se responsável pela coordenação das políticas econômicas, pelo relacionamento com a Troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) e pela reforma do Estado (exigência do programa de ajustamento econômico).
A nomeação de Portas depende ainda de ato de Aníbal Cavaco Silva, presidente do país. Conforme a Constituição de Portugal, cabe ao presidente da República formalizar a escolha dos membros do gabinete ministerial.
Há quase 30 anos, Portugal não tinha um vice-primeiro-ministro. A ascensão de Portas dá fôlego aogoverno que ainda tem dois anos de mandato e pode assinalar inflexão na política de austeridade econômica – o ex-chanceler já se manifestou publicamente contra medidas extremas para gerar superávit fiscal como o aumento de taxas cobradas de aposentados.
Paulo Portas é o principal líder do Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP), a segunda legenda de sustentação do governo e que permite que o primeiro-ministro Passos Coelho (do Partido Social Democrata – PSD) tenha maioria na Assembleia da República.
Ao anunciar o acordo, Passos Coelho defendeu a estabilidade política. "Este acordo reúne as condições políticas necessárias para o governo chegar ao fim da legislatura e assegurar o cumprimento das nossas obrigações internacionais", disse.
Entre especialistas em Portugal, há quem diga que na prática Paulo Portas (com uma bancada de 24 deputados, quatro vezes menor que a do PSD) tornou-se de fato o primeiro-ministro.
Na oposição, permanece a mobilização em favor de novas eleições legislativas. O secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, disse que o acordo não altera os problemas de Portugal, “o mal já está feito”; e que as mudanças no governo são “solução para o PSD e CDS”, mas não para os portugueses.
* Com informações da Lusa//O repórter está em Leipzig a convite da CNI para o WorldSkills Competitio

Dilma nega reforma ministerial


Karine Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff negou neste sábado (6) a intenção de fazer uma reforma ministerial. Em nota oficial, divulgada hoje, a presidenta reafirmou que espera dos ministros empenho nos cinco pactos firmados com governadores e prefeitos.
“O que espero de meus ministros é empenho nos cinco pactos firmados com os governadores e prefeitos de capital: responsabilidade fiscal para garantir a estabilidade da economia e o controle da inflação; reforma política com plebiscito; melhoria profunda nos serviços públicos de saúde; pacto nacional da mobilidade urbana que permita um salto de qualidade no transporte público; e destinação dos royaltiesdo petróleo para educação.
Dilma destaca ainda que dos ministros quer “determinação para manter o Brasil no caminho do crescimento, da inclusão social, da geração de emprego e renda e da estabilidade econômica”.
Na manhã deste sábado a presidenta se reuniu com os ministros Aloizio Mercadante (Educação), José Eduardo Cardozo (Justiça), Fernando Pimentel (Indústria e Comércio) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) no Palácio da Alvorada. O assunto da reunião não foi divulgado.


Dicas para pagamento com cheque



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Apesar das diversas formas de pagamento existentes no mercado, o bom e velho cheque ainda é aceito por muitos estabelecimentos e profissionais liberais como única alternativa para a realização de parcelamentos, e o consumidor que não vê uma folha há anos fica em dúvida de como deve proceder para não ter dor de cabeça. Por isso, daremos algumas dicas de como preencher um cheque.

Primeiramente, é bom lembrar que o cheque é uma ordem de pagamento à vista, portanto, será pago no momento em que for apresentado ao banco. Mas, caso o consumidor negocie com o fornecedor a emissão de cheques com datas posteriores a da compra (cheques pré-datados), e havendo a apresentação antes do dia combinado, o consumidor tem a opção de procurar o Procon de sua cidade ou entrar com uma ação judicial por quebra de contrato.

Ao optar por essa forma de pagamento, o consumidor deve:

- Anotar na nota fiscal, e no próprio talão: o valor, as datas de vencimento e o número de cada cheque;

- Exigir o recibo, nota fiscal ou outro documento em que conste que a transação está sendo paga através da entrega de cheques

- Colocar, no verso de cada folha, os dados da compra como: nome do fornecedor, valor da compra, a que parcela se refere o cheque e data negociada para apresentação do mesmo.

Pode ser negociado com a fornecedor que o cheque seja nominal ao estabelecimento, pois no caso de resgate do título sua localização será facilitada. Se, por falta de fundos, o cheque for apresentado ao banco duas vezes, o nome do consumidor irá para o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo (CCF) do Banco Central do Brasil.

A exclusão do CCF deve ser solicitada à agência que fez a inclusão, mediante a comprovação de pagamento da dívida. O prazo para o banco excluir o nome do correntista do cadastro é de no máximo de cinco dias úteis, contado da data de entrega do pedido do consumidor

Além da ausência de fundos, o cheque pode ser devolvido pelos seguintes motivos: conta encerrada; cheque sustado; divergência de assinatura; mês grafado numericamente; não registro do valor por extenso, entre outros que podem ser consultados no site do do banco central.

Como preencher um cheque

Cheque ao portador – não deve conter indicação do beneficiário (pessoa ou empresa que está recebendo o pagamento) e o valor do cheque precisa ser até R$100,00.

Cheque nominal – quando o valor for a partir de R$100,00. O consumidor que emitir o cheque deve indicar o nome do beneficiário. É necessário colocar no verso do cheque o nome e telefone, para devido pagamento pelo banco.

Cheque cruzado – tanto no cheque ao portador quanto no nominal, coloca-se dois traços paralelos, em diagonal, na frente do cheque. Ao fazer isso, o pagamento só será feito através de depósito em conta corrente. Caso o cruzamento leve o nome de um banco, o pagamento deve ser feito só a esse.

Cheque pré-datado – o pagamento é feito quando apresentado ao banco, mesmo que emitido com data posterior. Caso for apresentado antes do dia previsto, o banco deve pagá-lo ou devolvê-lo por falta de fundos. Para evitar problemas, escreva no cheque: melhor dia para (e a data que deseja que o beneficiário deposite).

No campo que está “R$” coloque o valor em números, uma dica é colocar algum sinal na frente e atrás, exemplo # 70,50 #;
No espaço “pague por este cheque a quantia de” coloque o valor por extenso, mesmo valor colocado em numeral, no caso setenta reais e cinquenta centavos. A dica aqui é fazer um risco após o valor escrito até o “e centavos acima”;
Na terceira linha, depois do “a” e antes do “ou à sua ordem” preenche-se com o nome da pessoa ou loja a quem você está pagando. Caso seja negociado o pagamento exclusivo ao estabelecimento, antes da expressão “ou à sua ordem” , tracejar a palavra "ou" e substituir por "e não" antes de "à sua ordem”
Nos traços em branco (__________,___de___________de_____) preencha com o nome da cidade, dia, mês por extenso e ano que deseja ser compensado (São Paulo,  02 de julho de 2013, por exemplo);
Na última linha, em cima de seu nome, o consumidor assina com a mesma assinatura que fez no banco ao abrir sua conta corrente.
Cheque especial

Decorrente de uma relação contratual em que é fornecida ao cliente uma linha de crédito para cobrir cheques (ou débitos) que ultrapassem o valor existente na conta corrente. Ao utilizar este serviço o banco cobra juros especiais para o consumidor – a taxa média do mês de junho, segundo pesquisa divulgada pelo Procon-SP é de 7,93% ao mês. Portanto, pense bem antes de usar essa opção.

Nota do blog

O fornecedor não é obrigado a aceitar cheques. Entretanto, caso não aceite essa forma de pagamento, deve informar isso ao consumidor de maneira clara, precisa e ostensiva, com cartaz em local visível. Quando aceito, o cheque não pode ser recusado por ser de uma conta recente, pois assim o fornecedor não cumprirá com o princípio de igualdade e boa-fé.

Hospitais universitários iniciam mutirão de cirurgias de catarata



Da Agência Brasil
Brasília – Para reduzir as filas de espera por cirurgias oftalmológicas no Sistema Único de Saúde (SUS), hospitais universitários federais começaram hoje (4) um mutirão de cirurgias com foco na correção de catarata. A expectativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que coordena a ação, é que, até domingo (7), 820 procedimentos cirúrgicos sejam realizados em pacientes cadastrados no sistema. A empresa é vinculada ao Ministério da Educação.
A catarata é a perda da transparência do cristalino, lente natural do olho, que pode levar à cegueira. O mutirão integra a Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média Complexidade, do Ministério da Saúde, coordenado pela Ebserh. De acordo com a assessoria da empresa serão realizados mais dois mutirões para as especialidades de oncologia, próstata, ginecologia e cirurgias gerais e vasculares.
No hospital universitário, da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), os procedimentos iniciaram às 7h. Dos 35 pacientes que aguardavam pela cirurgia no período da manhã, 26 foram atendidos. A assessoria do hospital informou, ainda, que a média de atendimento será de 70 cirurgias, por dia, até sábado (6), totalizando pouco mais de 200. Trabalham na realização dos procedimentos, 20 profissionais entre oftalmologistas, anestesiologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e administrativo.
O atendimento no hospital universitário Bettina Ferro de Souza, da Universidade Federal do Pará (UFPA), começou na terça-feira (2), com 40 cirurgias já realizadas. Segundo a diretora clínica do hospital, Roselis Gonçalves, a meta é operar 140 pacientes até a próxima terça-feira (9), quando encerra o mutirão no hospital.
No hospital universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (UFC), as cirurgias de correção de catarata não acontecerão no período do mutirão. A assessoria da UFC informou que os pacientes passam por exames e avaliações e que a data para a realização das cirurgias ainda será definida.

Cartão de crédito: envio sem solicitação, mesmo bloqueado, é prática abusiva e causa dano moral


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O envio do cartão de crédito, ainda que bloqueado, sem pedido prévio e expresso do consumidor, caracteriza prática comercial abusiva e autoriza a indenização por danos morais. Para a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), essa prática viola frontalmente o disposto no artigo 39, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor.
A decisão foi tomada no julgamento de recurso do Ministério Público de São Paulo contra uma administradora de cartão de crédito. Com o provimento do recurso, foi restabelecida sentença da Justiça paulista que havia condenado a administradora a se abster dessa prática e a indenizar os consumidores por danos morais, além de reparar eventuais prejuízos materiais.
A Turma, seguindo a posição do relator, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, reconheceu o caráter abusivo da conduta da administradora com o simples envio do cartão de crédito sem solicitação prévia do consumidor.
Para a Turma, o CDC tutela os interesses dos consumidores em geral no período pré-contratual, proibindo abusos de direito na atuação dos fornecedores no mercado de consumo. A prática de enviar cartão não solicitado, concluiu, é absolutamente contrária à boa-fé objetiva.
Solicitação prévia
O MP estadual ajuizou ação civil pública visando impedir a administradora a remeter cartões de crédito aos consumidores, sem que tenham solicitado previamente, sob pena de multa diária.
Em primeira instância, a administradora foi condenada a se abster, imediatamente, de enviar ao consumidor, sem que haja solicitação prévia, cartões de crédito ou outro tipo de produto que viole o disposto nos artigos 6°, inciso IV, e 39, inciso III, do CDC, sob pena de multa diária de 50 salários mínimos.
A administradora foi ainda proibida de cobrar qualquer valor a título de encargo ou prestação de serviço, referente aos cartões de crédito enviados aos consumidores sem solicitação prévia, também sob pena do pagamento de multa diária de 50 salários mínimos.
Por fim, foi condenada a indenizar os consumidores pelos danos morais e patrimoniais causados em razão do envio dos cartões.
Mera oferta
O banco apelou da sentença. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), por maioria, proveu a apelação por entender que o simples envio de cartão de crédito bloqueado não configuraria prática vedada pelo ordenamento jurídico, constituindo mera oferta de serviço sem qualquer dano ou prejuízo patrimonial.
Contra a decisão, o MP interpôs embargos infringentes, que foram rejeitados. Para o TJSP, o que o CDC veda é que se considere contratado o serviço com o simples envio, obrigando o consumidor a cancelar o cartão caso não o deseje.
Proibição literal
Inconformado, o MP estadual recorreu ao STJ sustentando que, na literalidade da lei, a prática adotada pela administradora de cartões de crédito é expressamente vedada. É considerada prática abusiva.
O inciso III do artigo 39 do CDC diz que é vedado ao fornecedor “enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço”.
Para o MP, a expressão legal não permite relativização. Além disso, não reclama a ocorrência de lesão e não fala em lesividade potencial ou situações de perigo. Simplesmente proíbe a conduta, dentro da sistemática protetiva do CDC.
Angústia desnecessária
Em seu voto, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino ressaltou que, mesmo quando o cartão seja enviado bloqueado, a situação vivenciada pelos consumidores gera angústia desnecessária, especialmente para pessoas humildes e idosas.
Ele citou precedente da própria Terceira Turma, que, embora analisando situação diversa, concluiu pelo caráter ilícito da conduta de enviar cartão não solicitado, com base no artigo 39, III, do CDC. Naquele caso (REsp 1.061.500), foi duscutida a indenização por dano moral a consumidor idoso que recebeu cartão desbloqueado, não solicitado, seguido de faturas.
Voto vencido
No caso atual, por maioria, a Turma restabeleceu a sentença de primeira instância. Ficou vencido o ministro Villas Bôas Cueva, para quem “o envio de cartão bloqueado ao consumidor, que pode ou não solicitar o desbloqueio e aderir à opção de crédito, constitui proposta, e não oferta de produto ou serviço, esta sim vedada pelo artigo 39, III, do CDC”.
Para o ministro Cueva, o envio de cartão desbloqueado pode gerar dano patrimonial, em razão da cobrança indevida de anuidades, ou moral, pelo incômodo das providências necessárias ao cancelamento. Já o cartão bloqueado, segundo ele, não gera débito nem exige cancelamento. O ministro observou ainda que, no caso, foram prestadas informações corretas ao consumidor. 


Fonte: Site: Direito de Saber

Clientes da Caixa e do Bradesco enfrentam problemas para usar serviços dos bancos



Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília –  Clientes da Caixa Econômica Federal e do Bradesco enfrentaram problemas para usar os serviços dos bancos hoje (5) em vários pontos do país. De acordo com a assessoria de comunicação da Caixa, agências lotéricas e terminais de autoatendimento registraram problemas de funcionamento entre as 12h e as 17h e já estão “estáveis e disponíveis”. Segundo a instituição, a indisponibilidade foi parcial e atingiu algumas localidades.
No caso do Bradesco, o banco divulgou nota afirmando que um problema de intermitência em seu sistema central ocasionou interrupções nas operações de parte de suas agências e canais de atendimento pela manhã. Segundo a assessoria de comunicação, os canais digitais (internet banking e Fone Fácil) já voltaram ao normal. De acordo com o banco, esses serviços correspondem a 93% do total de transações.
Ainda de acordo com a assessoria, os problemas também foram sanados em parte das agências e terminais de autoatendimento. A nota informa que profissionais do banco estão trabalhando para resolver definitivamente a questão. Nenhum dos bancos divulgou balanço de quais e quantas localidades foram atingidas pela queda no sistema.

Lula condena coro "Volta, Lula" e reforça Dilma


Brasil247

:
Ex-presidente reforça que não pretende voltar em 2014 ao afirmar, na Alemanha, que Dilma Rousseff tem respondido muito bem às manifestações e que "ela não é uma líder de passagem, veio para ficar"; em reunião nesta quinta-feira, Executiva do PT montou operação para abafar o movimento que pede o retorno do petista; presidente da legenda, Rui Falcão, diz que assunto "não ganha ressonância entre nós"; secretário-geral, deputado Paulo Teixeira acredita que "quem fala na volta do Lula em 2014 está prestando um desserviço.

Abril vai migrando do ramo editorial para a educação



do site brasil247

: Enquanto vive o dilema de ter de cortar R$ 100 milhões em custos na área editorial, na qual 20 revistas de um portfolio de 52 podem ser fechadas, Grupo Abril investe pesado em outro lado; anúncio da compra de dois colégios esta semana, em Pernambuco e Brasília, por mais de R$ 200 milhões, mostra que o foco mudou; já com mais de uma dezena de instituições de ensino em seu poder, a Abril parece mesmo estar mudando de ramo.

Projeto Eleições Limpas tem mais de 53 mil assinaturas



Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O projeto de iniciativa popular Eleições Limpas, elaborado pelo Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) – o mesmo que idealizou a Lei da Ficha Limpa – recolheu mais de 53 mil assinaturas até hoje (5). O cálculo considera apenas as assinaturas virtuais, sem levar em conta as que foram recolhidas em papel. Para que a proposta seja oficialmente apresentada ao Congresso Nacional e comece a tramitar é preciso do apoio de 1% do eleitorado, ou 1,6 milhão de pessoas.
O projeto propõe acabar com o financiamento feito por empresas privadas e coloca um limite de R$ 700 para doações de pessoas físicas aos candidatos. A decisão de incluir as medidas no projeto decorreram da constatação de que apenas três setores da economia fazem doações de forma significativa: as empreiteiras, os bancos e as mineradoras. “É uma pequena fração do empresariado que tem interesses imediatos na ação do Congresso Nacional. Pesquisa da Universidade do Texas mostra que para cada real investido nas campanhas [pelas empresas] houve um retorno da ordem de R$ 8,5. Não se trata de doar, mas de adiantar um dinheiro que voltará na forma de dinheiro público”, explicou o coordenador do MCCE Márlon Reis.
De acordo com o MCCE, dos 513 deputados atualmente eleitos, 369 foram os que tiveram as campanhas mais caras. “Não há igualdade de disputa entre aqueles que dispõem dos milhões das empreiteiras, dos bancos e das mineradoras e os outros, que não têm acesso a esses recursos. É desigual e o resultado são eleições dirigidas economicamente”, disse Reis.
O projeto prevê ainda a eleição para o Legislativo em dois turnos. No primeiro, os eleitores votam nos partidos e é definido o número de cadeiras que cada sigla terá direito. No segundo turno, ocorre a escolha dos candidatos em cada lista partidária. O novo projeto de lei também dá mais liberdade de expressão aos cidadãos nas redes sociais e na internet em relação ao debate eleitoral.
O MCCE ressalta que para implementar as mudanças propostas não é necessário alterar a Constituição vigente. “O projeto não tem nada que precise mudar a Constituição. Ja vai ser muito dificil alterar a legislacao ordinaria. Se nós quiséssemos incluir emendas constitucionais estaríamos fadados ao fracasso. Para lei, é necessário 50% mais um dos legisladores presentes. Para a questão constitucional, passaríamos a ter exigência de três quintos do número total de deputados e senadores, em duas votações, em dois turnos, em cada casa”, destacou Reis.
Para assinar a petição, o cidadão pode acessar o site da campanha (www.eleicoeslimpas.org.br). São válidas assinaturas feitas pelo site e também em papel. O prazo para reunir as assinaturas necessárias termina no dia 4 de agosto. Para a lei ter validade nas próximas eleições, em 2014, o Congresso Nacional precisa aprovar o projeto e publicá-lo até 4 de outubro de 2013.

Entidades do campo pedem mais agilidade do governo



Movimentos sociais cobraram do governo mais agilidade e menos burocracia para resolver questões como a reforma agrária e a melhoria dos serviços públicos. Representantes de 11 entidades se reuniram com presidenta Dilma para discutir o atual momento do país após as manifestações que tomaram as ruas.

Inflação acumulada em 12 meses voltará a ficar dentro da meta no segundo semestre, diz Mantega



Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A inflação acumulada em 12 meses voltará a ficar dentro da meta no segundo semestre, disse hoje (5) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com ele, a estabilização do preço dos alimentos contribuirá para a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos meses.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA, índice usado no regime de metas de inflação, registrou 0,26% em junho, com queda de 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, no entanto, o índice chega a 6,7%, maior que o teto da meta de inflação, de 6,5%.
O ministro destacou que os preços dos alimentos ficaram praticamente estáveis no mês passado, subindo apenas 0,08% em junho. Ele disse esperar que esse comportamento se repita nos próximos meses. “A inflação dos alimentos foi praticamente zero. Isso significa que os alimentos reagiram bem, que a nova safra ajudou a colocar mais ofertas de produtos no mercado. Todos os alimentos estão [com o preço] para baixo. Isso é um bom sinal e esperamos que continue assim”, declarou.
Apesar de os alimentos terem puxado o índice para baixo, Mantega ressaltou que a queda foi generalizada e que os preços estão se comportando bem em diversos setores da economia. “Acho que foi muito importante o IPCA ter dado 0,26% hoje. Se você foi olhar os componentes, caiu alimentação, habitação, serviços, praticamente todos os itens caíram”, disse o ministro.
Em relação ao fato de que a inflação tenha ultrapassado o teto da meta no acumulado de 12 meses, Mantega disse que a desaceleração do IPCA começará a se refletir em índices acumulados mais baixos neste semestre. Ele, no entanto, não arriscou um prazo para a inflação retornar ao intervalo da meta. “Em 12 meses, infelizmente, [o IPCA] ultrapassa o teto da meta, mas o importante é que a diferença está diminuindo. No segundo semestre, em algum momento, ele vai voltar para baixo do limite superior da meta”.
O ministro negou ainda que tenha a intenção de promover mudanças na equipe econômica. Ele reagiu a rumores no mercado financeiro de que o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, estaria para ser demitido.

05/07/2013 - 17h22
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A inflação acumulada em 12 meses voltará a ficar dentro da meta no segundo semestre, disse hoje (5) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com ele, a estabilização do preço dos alimentos contribuirá para a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos meses.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA, índice usado no regime de metas de inflação, registrou 0,26% em junho, com queda de 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, no entanto, o índice chega a 6,7%, maior que o teto da meta de inflação, de 6,5%.
O ministro destacou que os preços dos alimentos ficaram praticamente estáveis no mês passado, subindo apenas 0,08% em junho. Ele disse esperar que esse comportamento se repita nos próximos meses. “A inflação dos alimentos foi praticamente zero. Isso significa que os alimentos reagiram bem, que a nova safra ajudou a colocar mais ofertas de produtos no mercado. Todos os alimentos estão [com o preço] para baixo. Isso é um bom sinal e esperamos que continue assim”, declarou.
Apesar de os alimentos terem puxado o índice para baixo, Mantega ressaltou que a queda foi generalizada e que os preços estão se comportando bem em diversos setores da economia. “Acho que foi muito importante o IPCA ter dado 0,26% hoje. Se você foi olhar os componentes, caiu alimentação, habitação, serviços, praticamente todos os itens caíram”, disse o ministro.
Em relação ao fato de que a inflação tenha ultrapassado o teto da meta no acumulado de 12 meses, Mantega disse que a desaceleração do IPCA começará a se refletir em índices acumulados mais baixos neste semestre. Ele, no entanto, não arriscou um prazo para a inflação retornar ao intervalo da meta. “Em 12 meses, infelizmente, [o IPCA] ultrapassa o teto da meta, mas o importante é que a diferença está diminuindo. No segundo semestre, em algum momento, ele vai voltar para baixo do limite superior da meta”.
O ministro negou ainda que tenha a intenção de promover mudanças na equipe econômica. Ele reagiu a rumores no mercado financeiro de que o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, estaria para ser demitido.

Governo do Paraná estuda reestruturação administrativa


Publicado em 06/07/2013 | CHICO MARÉS/ do site da gazeta do povo


Em resposta às manifestações que ocorreram em todo o país, o governo do estado estuda realizar uma rees­truturação administrativa. A ideia é apresentar um “pacote” de mudanças na estrutura do estado. As medidas, entretanto, só serão anunciadas na segunda-feira pelo governador Beto Richa (PSDB). Apesar de existirem rumores de que secretarias serão extintas, o Palácio Iguaçu não confirmou qualquer informação sobre as mudanças planejadas.
Segundo fontes palacianas, haveria o interesse por parte do governo do estado de enxugar a estrutura administrativa, incluindo o corte e a fusão de secretarias. Essa reestruturação seria feita em duas etapas, e poderia ser concluída em setembro. A reforma seria inspirada nos cortes em despesas da administração anunciados na semana passada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) – e que deve gerar uma economia de R$ 350 milhões em dois anos.
Além de ser uma resposta às manifestações, a possível reestruturação administrativa no governo paranaense seria um alívio para a complicada situação do caixa estadual. O estado fechou o primeiro quadrimestre do ano com um déficit de R$ 100 milhões. O gasto do governo com o funcionalismo público, equivalente a 47,68% da receita corrente líquida, ultrapassou o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – que é de 46,55%.
Curitiba
Enquanto o governo do estado planeja uma correção de rumo, a prefeitura de Curitiba não deve fazer nenhuma mudança de gestão após os protestos. Nesse primeiro momento, a prefeitura considera que as medidas adotadas no início da gestão são suficientes.
Desde o início do ano, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) unificou a Secretaria de Administração com a de Planejamento e a de Urbanismo com a da Copa do Mundo. Também reduziu o número de diretorias na Urbs e na Cohab – gerando uma economia total de R$ 8,1 milhões ao ano.
Além disso, o governo municipal anunciou uma redução na compra de materiais e no aluguel de carros. Segundo a prefeitura, apenas esses cortes devem gerar uma economia anual de R$ 30 milhões. A administração municipal também coloca no bolo da economia a revisão do contrato de utilização de radares da Consilux, o que geraria uma redução de gastos no valor R$ 273 milhões anuais
.

Manchetes dos principais jornais deste sábado e as capas das revistas semanais



Jornais do Paraná
Gazeta do Povo: HABITAÇÃO – Um em cada dez curitibanos ainda vive em áreas irregulares
Folha de Londrina: MEIO AMBIENTE – Projeto do ‘Lixo Zero’ atrai multinacionais
O Diário (Maringá): Rebelo recebe projetos que chegam a R$ 24,5 milhões
Diário dos Campos: PG abre mais de 150 empresas em cinco dias
Jornal da Manhã: Ponta Grossa faz entrega recorde de 1,4 mil moradias populares
Tribuna do Interior: Murtas ainda não foram erradicadas em Campo Mourão
O Paraná: Emprego tem, mas falta mão de obra qualificada
Gazeta do Paraná: Governo cortou R$ 15 bi de ‘gorduras’ da máquina
Jornal Hoje: Prefeito terá que se explicar sobre cargos
Gazeta do Iguaçu: Vereadores formam CI para investigar terceirização do laboratório municipal
Diário do Noroeste: Projeto torna livre o funcionamento de supermercados e outras empresas
Tribuna de Cianorte: Enchente: famílias voltam para casa e contabilizam prejuízos
Umuarama Ilustrado: Umuarama reativa conselho em busca de mais desenvolvimento
Tribuna do Norte: Apucarana vai contratar 300 professores
Jornais de outros estados
Globo: Às custas do tesouro: TCU usa verba da fiscalização para pagar auxílio a ministros
Folha: Governo decide divulgar dados de aviões da FAB
Estadão: Dilma busca apoio fora do Congresso para plebiscito
istoeCorreio: Justiça retoma área de grileiros no Lago Norte
Estado de Minas: O plebiscito que nós queremos
Zero Hora: Inflação ultrapassa teto e pressiona juro
Capas de revistas:
CartaCapital: A águia é o Big Brother
Veja: No mundo da lua – O governo não entende a língua falada nos protestos
IstoÉ: Porque o Brasil precisa importar médicos
Época: O novo ativista digital

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Clientes da Caixa e do Bradesco enfrentam problemas para usar serviços dos bancos



Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília –  Clientes da Caixa Econômica Federal e do Bradesco enfrentaram problemas para usar os serviços dos bancos hoje (5) em vários pontos do país. De acordo com a assessoria de comunicação da Caixa, agências lotéricas e terminais de autoatendimento registraram problemas de funcionamento entre 12h e 17h e já estão “estáveis e disponíveis”. Segundo a instituição, a indisponibilidade foi parcial e atingiu algumas localidades.
No caso do Bradesco, o banco divulgou nota afirmando que um problema de intermitência em seu sistema central ocasionou interrupções nas operações de parte de suas agências e canais de atendimento pela manhã. Segundo a assessoria de comunicação, os canais digitais (internet banking e Fone Fácil) já voltaram ao normal. De acordo com o banco, esses serviços correspondem a 93% do total de transações.
Ainda de acordo com a assessoria, os problemas também foram sanados em parte das agências e terminais de autoatendimento. A nota informa que profissionais do banco estão trabalhando para resolver definitivamente a questão. Nenhum dos bancos divulgou balanço de quais e quantas localidades foram atingidas pela queda no sistema.

Setor portuário está pronto para dar um salto de competitividade ao comércio exterior brasileiro



Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O setor portuário está preparado para melhorar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo, a partir da nova Lei dos Portos, em vigor no país. A avaliação é do coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Ricardo Portella Nunes. Ele disse hoje (5) à Agência Brasil que a autorização do governo para construção de terminais portuários privados fora da área do porto organizado “vai dar uma enorme competitividade à economia brasileira”.
O anúncio dos primeiros 50 portos privados que poderão ser abertos no país foi feito esta semana pela presidenta Dilma Rousseff. As novas unidades terão aporte de R$ 11 bilhões em investimentos da iniciativa privada. “Esta é uma primeira lista. Vem mais coisa por aí”, comemorou Nunes. Ele não tem dúvida que a construção dos 50 portos vai ampliar a concorrência por carga entre os terminais, trazendo, em consequência, uma tarifa melhor para os exportadores e importadores nacionais, e aumentando a eficiência da economia. “Aumentando a eficiência da economia, aumenta emprego, aumenta renda, aumenta tudo”, disse.
O presidente do Conselho de Infraestrutura da Fiergs destacou que a nova Lei dos Portos, cuja regulamentação foi publicada na sexta-feira (28) no Diário Oficial da União, foi um passo “extremamente corajoso e audacioso da presidenta Dilma Rousseff”. Ressaltou, ainda, que as medidas estruturais terão repercussão positiva para o país no médio e longo prazo, “porque representam novos investimentos e terão enorme reflexo no comércio exterior e na competitividade dos produtos brasileiros, já que os gargalos de infraestrutura são enormes”.
A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) tem o mesmo entendimento. Para a entidade, a nova Lei dos Portos, bem como a recente medida anunciada pelo governo federal, sinalizam para a oferta de operadores e uma maior concorrência, gerando redução das tarifas portuárias. Segundo a Fiesp, os investimentos previstos nos próximos cinco anos, da ordem de R$ 50 bilhões, permitirão dobrar a capacidade dos portos brasileiros e, também, a oportunidade de emprego.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, resolver os gargalos de logística vai permitir que a indústria brasileira seja mais eficiente. Ele disse à Agência Brasil que da primeira lista de portos que poderão ser abertos pelo setor privado, sete serão no Rio, para movimentar contêineres. A soma destes portos com as unidades que o Rio de Janeiro já tem para transporte de matérias-primas fará com que o território se consolide como um “estado de logística”.
Vieira acrescentou que o momento “é para comemorar”. Ressaltou que há vários candidatos estrangeiros não só para licitar eventualmente os 50 primeiros terminais anunciados, mas também aguardando o anúncio de mais portos a serem operados pela iniciativa privada. “O importante é que a direção está correta, a mensagem é correta e há uma demanda de todos nós, há muitos anos”.

Poesia de Fernando Pessoa, debatida por Cleonice Berardinelli e Maria Bethânia, é atração esta noite na Flip



Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A professora de literatura portuguesa Cleonice Berardinelli, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), e a cantora Maria Bethânia são as atrações na noite de hoje (5), a partir das 19h30, da mesa Lendo Pessoa à Beira-Mar, uma das mais concorridas, da programação da 11ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Com 96 anos de idade, Cleonice Berardinelli é considerada a mais importante estudiosa de Fernando Pessoa no Brasil, enquanto Maria Bethânia declama, há mais de quatro décadas, versos do poeta português em seus shows e discos. Já a palestra, na Tenda dos Autores, terá como mediador o professor de literatura e pesquisador Júlio Diniz.
Em outra mesa literária no mesmo local, às 21h30, o cineasta Nelson Pereira dos Santos conversa com a cantora Miúcha. Um dos mais importantes nomes do cinema brasileiro, Nelson Pereira dos Santos tem 26 títulos em sua filmografia, que inclui as adaptações de dois livros de Graciliano Ramos, o grande homenageado da Flip este ano: Vidas Secas Memórias do Cárcere.
Na manhã de hoje, a atuação política de Graciliano Ramos foi debatida na mesa composta pelo biógrafo do escritor alagoano, Dênis de Moraes, pelo sociólogo Sergio Micelli e pelo brasilianista Randal Johnson, com moderação de José Luiz Passos. Graciliano foi prefeito de Palmeira dos Índios (AL) e ocupou outros cargos públicos, antes de ser preso pela ditadura do Estado Novo, na era Vargas (presidente Getúlio Vargas). As relações dos intelectuais com o poder foram o foco da palestra.
De acordo com Dênis de Moraes, autor da biografia O Velho Graça, Graciliano Ramos deixou como legado a noção de que é possível fazer política com “p” maiúsculo. “Ele tem muito a dizer ao país que está rebelado nas ruas. Teremos uma Copa do Mundo milionária em um país com um sistema de saúde falido, um sistema educacional com tantos problemas. Graciliano chama nossa atenção para a necessidade da coerência ética”, disse o biógrafo.
Na noite de ontem (4), a mesa Narrar a Rua, na Tenda dos Autores, abordou a cobertura pela mídia das manifestações que tomaram conta do país no mês de junho. O contraste entre as narrativas feitas pelas mídias sociais e as dos canais tradicionais de comunicação foram a tônica do debate, que reuniu o correspondente do jornal El País no Brasil, Juan Arias, o coordenador do coletivo Fora do Eixo, Pablo Capilé, o poeta Fabiano Calixto e Marcus Vinicius Faustini, escritor e diretor teatral que criou a Agência Redes para a Juventude, de projetos culturais na periferia.
Juan Arias defendeu o papel do jornalista como filtro de informações em uma sociedade que se pauta pelas redes sociais, de onde, segundo o correspondente, “saem muitas coisas boas, mas também muitas mentiras”. Pablo Capilé destacou a diferença entre quem consegue entender este novo momento e aqueles que não conseguem superar a crise dos intermediários. “A mídia, que ainda é acostumada a ser o filtro e mediadora dos interesses, é pega de calças curtas quando precisa apresentar uma nova solução”, disse o coordenador do coletivo Fora do Eixo.

Receita libera na segunda-feira novo lote de restituição do Imposto de Renda



Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Receita Federal liberará na segunda-feira (8) a consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2013. O órgão também disponibilizará informações sobre lotes residuais de 2008 a 2012. O dinheiro para 1,113 milhão de contribuintes será depositado no banco no próximo dia 15. Será pago um valor total de R$ 1,4 bilhão referente ao lote de 2013 e aos residuais.
Do total a ser depositado, R$ 1,327 bilhão são destinados a 1,079 milhão de contribuintes que declararam Imposto de Renda em 2013, tendo por base o ano-calendário de 2012. O valor está acrescido da taxa Selic de maio a julho deste ano, totalizando 2,21% de correção.
Os contribuintes devem acessar a página da Receita na internet para saber se tiveram a declaração liberada. A informação também pode ser obtida por telefone, no número 146. Ao todo, a Receita Federal libera sete lotes regulares de restituição a cada ano. O último está previsto para 16 de dezembro. O calendário de restituição está no Ato Declaratório n° 3, publicado no Diário Oficial da União.

Farmácia do Paraná


Em junho: inflação de 0,76%



A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta em junho, ao registrar taxa de 0,76%. Em maio, a taxa havia sido de 0,32%. O IGP-DI acumula inflações de 1,85% no ano e de 6,28% em 12 meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O aumento da inflação foi provocada pelos preços tanto no atacado quanto no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo subiu de 0,01% em maio para 0,85% em junho. Já o Índice de Preços ao Consumidor subiu de 0,32% para 0,35% no período. Os transportes foram os principais responsáveis pelo aumento do IGP-DI no varejo, já que o grupo de despesas passou de uma deflação (queda de preços) de 0,19% em maio para uma inflação de 0,3% em junho.
Os preços da construção civil, medidos pelo Índice Nacional de Custo da Construção, subiram menos: a taxa caiu de 2,25% em maio para 1,15% no mês seguinte.

Governo português busca solução para a crise política



Gilberto Costa*
Enviado especial da Agência Brasil/EBC
Leipzig (Alemanha) – Em Portugal, permanece o impasse político causado pelo pedido de demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. O político, que ocupa cargo equivalente ao de chanceler no Brasil, é o principal líder do Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP), a segunda legenda de sustentação do governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho (do Partido Social Democrata – PSD).
Com 24 deputados, o CDS-PP (de orientação conservadora) é o “fiel da balança” que permite ao governo de Passos Coelho ter maioria na Assembleia da República (132 dos 230 deputados). Conforme aAgência Lusa, o primeiro-ministro e o que pediu demissão têm se encontrado constantemente em busca de uma solução para o entrave. Portas pediu demissão por não concordar com a escolha de Maria Luís Albuquerque (ex-secretária do Tesouro) para o Ministério das Finanças, em substituição a Vitor Gaspar.
Portas tenta marcar posição contrária à continuidade da política de austeridade econômica implantada por Vitor Gaspar e acordada com credores internacionais. A avaliação do CDS-PP é que Maria Luís Albuquerque seguirá com rigoroso controle fiscal -  programa de cortes de gastos sociais, demissão de funcionários e manutenção da alta de impostos. Além da economia, os políticos se movimentam tendo em vista as eleições autárquicas (regionais) de setembro. Em princípio, as eleições para a Assembleia da República só devem ocorrer em 2015.
A oposição, liderada pelo Partido Socialista (PS), e a principal central sindical de Portugal(Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - CGTP) querem que o governo se demita ou seja exonerado pelo presidente Aníbal Cavaco Silva, que é do PSD. A intenção do PS, da CGTP e de todos os partidos de esquerda é que sejam antecipadas as eleições legislativas.
Para o economista Jorge Bateria, do blog especializado em política econômica, o desenlace da crise será a ascensão eleitoral do PS (liderado pelo deputado António José Seguro), com o apoio do CDS-PP e algum afrouxamento fiscal obtido após um segundo empréstimo internacional. Ele compara a situação de Portugal à da Argentina no fim dos anos 1990
“Vítor Gaspar saiu porque percebeu que não tem condições políticas para conduzir um ajustamento a ferro e fogo, à maneira de Domingo Cavallo, na Argentina. amarrada ao dólar. Por seu lado, Paulo Portas percebeu, já há alguns meses, que essa política é insustentável. Tudo ponderado, decidiu que era chegado o momento de abandonar o navio até porque a nova ministra [Maria Luís Albuquerque] não representa qualquer mudança na política econômica. No fundo, Portas concorda com [António José] Seguro. É preciso tempo para conseguir um equilíbrio nas contas públicas que seja apoiado por crescimento econômico”, escreveu o especialista no blog.
Hoje, Cavaco Silva se reúne com economistas para discutir o fim do ajustamento econômico que era previsto para junho de 2014. Enquanto isso, Passos Coelho e Paulo Portas esperam que o CDS-PP adie por duas semanas a reunião do Conselho Nacional da legenda, que poderá selar a saída definitiva do partido do governo.
*O repórter está em Leipzig a convite da Confederação Nacional da Indústria

Manchetes dos principais jornais desta sexta-feira


Jornais do Paraná
Gazeta do Povo: RODOVIAS – Empresas de pedágio lucram mais e investem menos do que o previsto no PR
Bem Paraná: Menos de 1% da população participa de audiências públicas
Jornal Metro: Cai número de carros roubados em Curitiba
Notícias Paraná: Criação do Tribunal Regional Federal no Paraná é festejada
Jornal de Londrina: 10% dos pacientes do PAI vêm da região metropolitana
Folha de Londrina: NAS RODOVIAS – Empresas teriam deixado de aplicar R$ 1 bi
O Diário (Maringá): Maringá investiga mais três mortes por gripe A
Diário dos Campos: Segurança pública de PG custa em média R$ 17,50 per capita
Jornal da Manhã: Ministério Público arquiva denúncia de cabidão na Prefeitura de PG
Tribuna do Interior: Municípios sofrem com estragos das chuvas
folhaO Paraná: Pedágio na 277 deveria ser 22,30% mais barato
Jornal Hoje: A cada quatro presos uma é mulher
Gazeta do Iguaçu: Ministério Público entra com ação contra mais um vereador
Diário do Noroeste: Diferença de preços de alguns produtos ultrapassa 200% nos supermercados
Tribuna de Cianorte: Aumenta nº de pessoas que querem formalizar negócios
Tribuna do Norte: Três cidades concentram 83% dos médicos no Vale
Jornais de outros estados
Globo: Temer derruba plebiscito e, sob pressão, volta atrás
Folha: Partidos aliados dizem não a Dilma, e plebiscito é adiado
Estadão: Temer descarta plebiscito agora; Dilma reage e ele recua
Correio: Dividido, governo enfraquece ainda mais o plebiscito
Valor: Bônus de R$ 15 bi no pré-sal visa ganhos de curto prazo
Estado de Minas: Plebiscito vira novela
Zero Hora: Temer recua após descartar plebiscito