sexta-feira, 3 de maio de 2013

Congresso condena mudança na Lei Antidrogas




Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O rejeição às internações compulsórias e à criminalização do uso de drogas são os destaques do Congresso Internacional sobre Drogas 2013, que começou hoje e vai até domingo (5), no Museu da República, em Brasília. O evento ocorre em função dos debates levantados pela tramitação do Projeto de Lei (PL) 7.663 / 2010 na Câmara, que altera dispositivos da Lei Antidrogas no Brasil.
Caso seja aprovada, a proposta apresentada pelo deputado Osmar Terra (PMDB-RS) determinará a criação de um cadastro de usuários de drogas. O projeto prevê a internação involuntária de dependentes, que pode ser solicitada por um familiar, e aumenta a pena mínima do traficante de 5 para 8 anos de cadeia.
A facilitação das internações, o aumento da pena a traficantes e a falta critérios para diferenciar usuários de traficantes são os pontos polêmicos da proposta, dizem os debatedores do evento. Na última semana, a votação do projeto de lei foi suspensa e transferida para a próxima quarta-feira (8).
Os cerca de 700 participantes, membros de movimentos da sociedade civil, de universidades e representantes do governo, em sua maioria contrários às internações e à criminalização do uso das drogas, discutem os impactos do uso das drogas na sociedade brasileira. A estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas sejam consumidores habituais de drogas no Brasil.
No evento, os participantes defendem a elaboração de abaixo-assinado contra o projeto de lei do deputado Osmar Terra e com pedido para que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se posicione em relação à internação compulsória.
"A internação involuntária é o fracasso da clínica no campo da saúde mental. Qualquer psiquiatra que faz uma internação involuntária o faz através do fracasso da sua capacidade de cuidar. Ela ocorre quando nada mais deu certo. Não podemos ter uma política pública baseada no fracasso", disse à Agência Brasil o representante do Ministério da Saúde, coordenador-adjunto de Saúde Mental, Léon Garcia.
De acordo com a professora de direito penal da Universidade do Rio de Janeiro, Luciana Boiteux, a política de internação contra a vontade do usuário é autoritária e, do ponto de vista econômico, gera mais danos e gastos do que resultados.
Para ela, o projeto de lei é equivocado porque retrocede no sentido de assemelhar as internações ao tratamento dado aos dependentes químicos antes da Lei Antimanicomial de 2001. "Essa é uma lógica que amplia o tratamento não no âmbito da saúde pública, por meio de comunidades terapêuticas, mas pela institucionalização de forma higienista", disse a professora.
Sobre a criminalização do uso de drogas, os especialistas criticam a ausência de parâmetros que norteiem uma diferenciação objetiva entre usuários e traficantes, o que acaba levando ao maior encarceramento de usuários e à superlotação de presídios.
"Desde 2006 [quando entrou em vigor a atual Lei Antidrogas], muitos usuários têm sido presos como traficantes. Aumentou o número de pessoas presas como traficantes, sendo que a lei objetiva o oposto. Como essa legislação não prevê que o uso seja penalizado com detenção, os usuários têm sido automaticamente classificados como traficantes. Há o hiperencarceramento de pessoas não violentas no Brasil", disse o organizador do congresso e professor da Universidade de Brasília, Renato Malcher.
Segundo ele, as mudanças previstas aumentam da pena aos traficantes, mas mantêm a falta de critérios que diferenciem usuários de traficantes. Para a professora de direito penal, Luciana Boiteux, a diferenciação pode ser feita de acordo com parâmetros quantitativos. "Esta não é a solução para todos os problemas, mas do ponto de vista do sistema penal, seria uma forma de impedir que o usuário possa ser confundindo com o traficante, diante das graves penas", disse a professora.
Atualmente, a legislação determina que a diferenciação seja feita de acordo com aspectos subjetivos, o que acaba gerando brechas. Como uma forma de reduzir os possíveis danos causados pela lacuna, a professora acredita que a saída seja a regulamentação das formas de comercialização, venda e uso dessas substâncias.

Feirão da Caixa começa em São Paulo com oferta de mais de 136 mil imóveis



Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Começou hoje (3) e vai até o próximo domingo (5) a nona edição do Feirão Caixa da Casa Própria, que oferecerá 136.780 imóveis na capital paulista e na região metropolitana. Neste ano, quem financiar o imóvel poderá começar a pagar as prestações a partir de  janeiro de 2014. Podem aproveitar o benefício aqueles que forem utilizar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Segundo José Urbano Duarte, vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, o início do pagamento em janeiro do ano que vem é uma escolha do comprador. “Isso permite a mudança para a nova moradia em condições melhores, porque muitas vezes quando se muda de uma casa para outra você tem despesas no imóvel em que está chegando e no que está saindo. É importante essa alternativa para que o orçamento seja administrado de forma equilibrada”.
No ano passado, mais de 61 mil pessoas passaram pelo feirão. A estimativa deste ano é que o número se repita ou seja maior. Em 2012, foram fechados 21.155 negócios, movimentando R$ 2,5 bilhões. Na edição deste ano, 100 construtoras e 130 imobiliárias participam do evento, além de cartórios e técnicos da Caixa. Os financiamentos podem ser pagos em até 35 anos com taxas a partir de 4,5%. Para obter o crédito, é preciso apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de renda.
“O financiamento hoje é um processo bastante simples. A avaliação da capacidade de pagamento é feita em minutos. Com esta informação, a pessoa passeia pelo feirão já sabendo quanto pode ser seu financiamento e procura um imóvel dentro desse patamar. A assinatura do contrato depende da documentação dele e do vendedor”, explicou Duarte. Ele lembrou que a decisão de comprar uma casa é familiar e deve ser tomada conscientemente e com cuidado.
A autônoma Tatiane Regina Tezinho foi ao feirão, acompanhada do namorado, à procura de um apartamento de dois dormitórios na zona norte ou em Guarulhos. O casal ficou interessado na proposta de começar a pagar as parcelas somente em janeiro de 2014. “Os juros menores também nos atraíram, além da possibilidade de ter o crédito aprovado na hora. Eu acredito que vamos sair daqui com a compra do imóvel feita. Vamos apenas consultar nossos pais, mas já sairemos com tudo encaminhado”.
O professor Glauco Jones de Souza estava no feirão com a noiva. Eles buscam um imóvel com valor que caiba dentro do bolso e possam deixar a casa dos pais dela. “Nós moramos com os pais dela e queremos nosso cantinho. Queremos algo que seja de fácil acesso, na mesma área de Suzano, onde já moramos, por conta dos nossos trabalhos e do horário em que saímos e chegamos em casa”. O casal já havia feito simulações de financiamento.

Ano de Portugal no Brasil traz ao Rio peça inédita sobre Fernando Pessoa



Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Como parte da programação do Ano de Portugal no Brasil, o Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, apresenta de hoje (3) a domingo (5), às 19h, uma peça inédita com a atriz portuguesa Maria do Céu Guerra, considerada a primeira-dama da arte dramática de seu país. Menino de Sua Avó, texto do dramaturgo Armando Nascimento Rosa, aborda a relação do poeta Fernando Pessoa com a avó paterna, Dionísia Seabra Pessoa, tida como louca e presença recorrente na história do escritor.
No espetáculo, Maria do Céu Guerra divide a cena com o ator português Adérito Lopes, que interpreta o poeta. A peça mostra um Fernando Pessoa jovem, que escreve em inglês e se autodenomina Alexander Search, o menos estudado de seus vários heterônimos. “Em cena, a fantasia e a realidade se confundem, à maneira pessoana, com personagens que se cruzam do lado de cá e de lá da vida”, descreve a atriz.
Nascida em Lisboa, Maria do Céu Guerra começou a carreira ainda na época da ditadura salazarista, quando o teatro e as demais artes portuguesas sofriam com a censura. Depois de passar por várias companhias, fundou o grupo A Barraca, onde está até hoje. Após a Revolução dos Cravos, em 1974, que pôs fim ao salazarismo, o grupo acolheu o dramaturgo brasileiro Augusto Boal (1931-2009), criador do Teatro do Oprimido e então exilado em Portugal.
“Transportamos no nosso trabalho a marca de sua escola, mas também éramos um grupo de um Portugal que eliminara seu passado de autoritarismo e incultura”, disse Maria do Céu Guerra.
Menino de Sua Avó é mais um espetáculo do projeto Dulcina Abre o Pano, vencedor do edital lançado pela Fundação Nacional de Arte (Funarte) para ocupação desse tradicional teatro carioca durante este ano. Os ingressos custam R$ 20, a inteira, e R$ 10, a meia-entrada. O Teatro Dulcina fica na Rua Alcindo Guanabara, 17, na Cinelândia, centro do Rio.
A programação do Ano de Portugal no Brasil, assim como a do Ano do Brasil em Portugal, vai até 10 de junho, data nacional lusa.

Governo do Acre e União assinam convênio para retomar obras na BR-364



Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo federal e o governo do Acre assinaram hoje (3) ordem de serviço para o reinício das obras de construção e restauração da BR-364. O trecho de 140 quilômetros que será construído vai completar a ligação entre a capital Rio Branco e Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do estado.
O trecho que passará por obras abrange os municípios acrianos de Manuel Urbano e de Feijó. O ministro dos Transportes, César Borges, e o governador do Acre, Tião Viana, sobrevoaram a rodovia e acompanharam o reinício das obras.
A BR-364 é considerada a mais importante rodovia do Acre. De acordo com o Ministério dos Transportes, o investimento previsto é R$ 373,5 milhões, e as obras devem ser concluídas em maio de 2014.

Barbosa diz que vai analisar recursos do mensalão na semana que vem



Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse hoje (3) que ainda não analisou os primeiros recursos dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Na Costa Rica, onde participa de evento da Unesco, Barbosa disse que só deve ter contato com os embargos de declaração apresentados até ontem (2) pelas defesas a partir da próxima semana.
Segundo declarações confirmadas pela Assessoria de Comunicação do STF, Barbosa acredita que os embargos de declaração não podem ser usados para reverter condenações em ação penal. O ministro defende que esse tipo de recurso tem o objetivo de ajustar pequenas contradições.
O ministro também disse que ainda não há consenso no Tribunal sobre a admissão de um outro tipo de recurso, os embargos infringentes, que permitem novo julgamento. De acordo com o Regimento Interno do STF, eles são cabíveis quando há pelo menos quatro votos pela absolvição.
Barbosa lembrou que esse recurso não é mais previsto na legislação comum desde a década de 1990, quando foi aprovada nova norma sobre a atuação penal dos tribunais superiores. Ontem (2), o revisor da Ação Penal 470, ministro Ricardo Lewandowski, disse que se os embargos infringentes forem admitidos pelo Tribunal, haverá distribuição para novo relator.

Tratoraço de Dilma e Gleisi em 349 cidades



dilma_showrural2013_gleisiNão será por falta de máquinas que 349 municípios do Paraná não terão ruas e estradas vicinais bem conservadas. Pelo menos é que o garante a ministra Gleisi Hoffmann, em seu blog: No próximo dia 11, a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, estará no Paraná. Em visita as cidades do Noroeste: Maringá, Paranavaí e Marialva vai entregar 51 motoniveladoras 102 e retroescavadeiras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para servir aos pequenos municípios da região. A passagem também deverá ser realizada na Expoingá, uma das mais importantes feiras agropecuárias do Estado. O objetivo do Governo Federal com a entrega dos equipamentos é dar melhores condições para manutenção das estradas vicinais, por onde circula a produção agropecuária e a população da região. Mais está por vir: até julho deste ano serão atendidas 349 cidades do Paraná, com pelo menos uma retroescavadeira. A meta é que sejam investidos R$ 105,1 milhões em equipamentos para os pequenos municípios paranaenses. Ainda dizem que elas não estão em campanha.

As manchetes dos principais jornais desta sexta-feira



Jornais do Paraná
Gazeta do Povo: Réus do mensalão tentam tirar Barbosa da relatoria
Jornal do Estado: Governo e prefeitura acenam com acordo por tarifa única
Jornal Metro: Curitiba deve abrir mão do ISS do transporte coletivo
Notícias Paraná: Oposição obtém liminar para ver documentos da privatização bilionária de Beto Richa
Jornal de Londrina: Zona norte concentra um terço dos homicídios
Folha de Londrina: Policiais são presos por facilitar tráfico de drogas
O Diário (Maringá): Joalheiro era mentor de quadrilha de assaltantes
Diário dos Campos: Megaoperação procura 30 foragidos da Justiça
Jornal da Manhã: Fila de espera da Prolar conta com 20 mil famílias inscritas no sistema
Tribuna do Interior: Dia das Mães cria grande expectativa no comércio
O Paraná: Burocracia trava obras bilionárias do PAC no Oeste
Gazeta do Paraná: ‘Choradeira’ não mudará resultado do mensalão
Jornal Hoje: Academias vão à Justiça contra cobrança do Ecad
Gazeta do Iguaçu: Megaoperação terá 25 mil militares nas fronteiras
Diário do Noroeste: Empregados votam contra abertura aos domingos
Tribuna de Cianorte: Loteamentos clandestinos são alvo de investigação em Cianorte
Umuarama Ilustrado: Mesmo com segurança mais forte, presos fogem da 7ª SDP
Tribuna do Norte: Apoio do Graer amplia as doações de múltiplos órgãos
Jornais de outros estados
Globo: Nas garras do leão: País tem novo recorde de declarações de IR
Folha: Piora do saldo comercial até abril ameaça contas do ano
Estadão: Condenados no mensalão recorrem por pena menor
Correio: Condenados do mensalão jogam a última cartada
Valor: Consumo em alta provoca déficit recorde na balança
Estado de Minas: Impunidade mata
Zero Hora: Propina na Fepam

Psicólogos não podem praticar acupuntura, decide STJ



Aline Leal
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu esta semana proibir que psicólogos usem a acupuntura como técnica complementar de tratamento para seus pacientes, pois, segundo o tribunal, a prática não está prevista na lei que regulamenta a psicologia (Lei 4.119/62). A decisão do STJ ratificou o acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que anulou a Resolução 5 de 2002 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que ampliou o campo de atuação dos profissionais da área, possibilitando a utilização da acupuntura nos tratamentos.
O ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do STJ, reconhece que no país não existe uma legislação que proíba a prática da acupuntura por determinados profissionais ou que preveja especificamente quem pode atuar na área, porém, para ele isso não permite que, por meio de ato administrativo, os psicólogos atribuam a sua categoria esta prática. O ministro explicou que o exercício da acupuntura dependeria de autorização legal expressa, por ser idêntico a procedimento médico invasivo, “ainda que minimamente”. "Não se pode, por ato administrativo, resolução do Conselho Federal de Psicologia, sanar o vácuo da lei”, disse Maia Filho em nota.
Em resposta à decisão, o CFP enviou um recurso especial ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a sua reformulação. Em nota, a entidade explica que “o psicólogo, a partir das atribuições profissionais estampadas na Lei nº 4.119/62, utiliza a acupuntura como recurso complementar a sua atividade profissional. E é bem por isso que o Conselho Federal de Psicologia editou a Resolução CFP nº 005/2002, conforme competência que lhe é delegada pelo Artigo 1º da Lei nº 5.766/71 [criação do Sistema de Conselhos]”.
A Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura (Sobrapa) estima que, no Brasil, aproximadamente 4 mil profissionais de psicologia oferecem essa técnica de tratamento aos seus pacientes. Segundo o CFP, o Ministério da Saúde reconhece a acupuntura na atenção básica exercida por profissionais da Psicologia.
Segundo o CFP, a acupuntura é um método terapêutico milenar, parte integrante da medicina tradicional chinesa. A entidade defende que "nessa perspectiva, é possível afirmar que a prática, cuja base é filosófica, não é utilizada pelo psicólogo para tratamento médico ou clínico, como sugere a decisão do STJ, mas, sim, a partir de um diagnóstico psicológico". “Se um paciente chegar ao consultório do psicólogo para tratar de uma cardiopatia, o profissional não poderá se utilizar da acupuntura para tal finalidade e encaminhará o paciente a um médico”, diz o recurso interposto pelo conselho.

Recursos do mensalão podem ter novo relator, diz Lewandowski




Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O revisor da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, disse hoje (2) que é possível a redistribuição de recursos do mensalão para outro relator. Desde 2005, o responsável pelo processo é o ministro Joaquim Barbosa, atual presidente da Corte. Segundo Lewandowski, a redistribuição pode ocorrer na próxima fase de recursos, os chamados embargos infringentes.
O Regimento Interno do STF admite embargos infringentes quando o placar teve quatro votos pela absolvição. Nesse caso, os réus pedem um novo julgamento. Para Lewandowski, a admissão desse recurso ainda não é unânime entre os ministros, pois houve mudança na legislação. “Mas superada essa questão do conhecimento desses embargos infringentes, aí haverá uma redistribuição dos autos ou uma distribuição originária dos autos. Será nomeado novo relator do caso”.
Hoje é o último dia do prazo para os réus apresentarem os primeiros recursos possíveis, os embargos declaratórios. Eles são usados para esclarecer pontos omissos, controversos ou obscuros do acórdão, documento de 8,4 mil páginas que reúne as decisões, votos e debates do julgamento do mensalão.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que deve analisar esses recursos no prazo de dez dias, mas Lewandowski acredita que o Ministério Público só pode se manifestar se os embargos tentarem mudar o teor do julgamento. "Quem vai decidir isso é o relator. Que vai decidir e vai examinar se tem ou não caráter infringente [para alterar o resultado]”.
Segundo Lewandowski, os 26 embargos apresentados até agora não precisam ser analisados em conjunto pelo plenário. “Tecnicamente é possível julgar separadamente, não há nenhuma razão técnica que obrigue a julgar todos os embargos de uma vez só”, disse Lewandowski, lembrando que Barbosa decidirá sobre o formato do julgamento.
O ministro preferiu não se pronunciar sobre a necessidade de redistribuição dos embargos declaratórios para outro relator, conforme solicitado por alguns advogados dos réus. Ele admite, no entanto, que o plenário terá que analisar a questão se ela for suscitada nos recursos.

GOVERNO EXPANDE PROGRAMA A PEQUENO EMPRESÁRI


UMUARAMA: FILHO DE DIRCEU É ELEITO MELHOR DEPUTADO


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Deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) foi escolhido como parlamentar mais atuante no prêmio "Melhores do Ano", realizado pela VS Pesquisas e Promoções, na cidade do Noroeste do Paraná; prêmio foi concedido a partir de uma votação feita com 728 pessoas no comércio e principais bairros do município; para Zeca, o reconhecimento da população serve de estímulo para continuar o trabalho em Brasília.

CORPO DO EX-PRESIDENTE JOÃO GOULART SERÁ EXUMADO


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COM LULA, DILMA ENFRENTA AÉCIO EM PALANQUE MINEIRO

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Presidente Dilma participa hoje da solenidade de abertura da 79ª Expozebu, um dos mais importantes eventos da pecuária brasileira, em Uberada, ao lado do senador tucano e pré-candidato à Presidência em 2014 e do ex-presidente Lula (PT); para a colunista da Folha Eliane Cantanhêde, o cenário e o ambiente favorecem Aécio, que já governou o Estado e estará em casa, mas serão dois contra um, reproduzindo a propaganda eleitoral de rádio e TV do PT; outro possível concorrente ao Planalto, Eduardo Campos (PSB) optou por evitar o confronto.

LIMINAR DE GILMAR MENDES DEVE CAIR ATÉ QUARTA-FEIRA


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Essa é, pelo menos, a aposta do Palácio do Planalto; caso a decisão seja mesmo revista pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, estará encerrada a crise entre os poderes, a despeito da solidariedade prestada por um grupo de senadores ao ministro da corte; ato contínuo, o governo tentará votar o projeto no Senado, para sufocar a criação de partidos como a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, a Mobilização Democrática, e o Solidariedade, de Paulinho.

Parlamento completa 190 anos nesta sexta-feira, 3 de maio



 por Fernando Tupan
Dom Pedro I
Nesta sexta-feira, 3 de maio, o Parlamento Brasileiro completa 190 anos. A sessão solene de Instalação da Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa do Império do Brasil ocorreu às 12h30 do dia 3 de maio de 1823. Estava formalmente criada a Câmara dos Deputados, como mais tarde veio a se chamar o órgão legislativo de representação nacional.
Nos primeiros seis meses de funcionamento, a Constituinte aprovou e sancionou 6 projetos de lei, dos 39 apresentados; além de 7 requerimentos, 157 indicações, 237 pareceres, o regimento interno e uma proclamação aos povos do Brasil.


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Petroperú acuerda no comprar los activos de Repsol



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Además, priorizará la ejecución de su cartera de proyectos en curso.
Petroperú S.A aseguró hoy jueves que acordó no continuar participando en el proceso de compras de los activos de la compañía española Repsol.
"El Directorio en sesión llevada a cabo en la fecha, acordó no continuar participando en el referido proceso", precisó la empresa a través de un comunicado.
La empresa señaló que la decisión es producto de la "evaluación técnica, económica y financiera" presentada por la administración de Petroperú sobre el portafolio de sus Proyectos de Inversión, en el que se incluyó la posible compra de algunos activos de Repsol.
Petroperú añadió que atendiendo a la invitación de la compañía española, a través de sus asesores financieros, suscribió un Acuerdo de Confidencialidad con laempresa Repsol para examinar preliminarmente una posible oferta de algunos de sus activos en el  Perú.

Que crise é essa? Vendas de carros sobem 29%



Silva Junior: RIBEIRAO PRETO - SP, BRASIL, 02 JUNHO 2010. Clientes na loja da Toyta de Ribeirao Preto apesar de queda na venda a loja teve boas vendas no mes. ( Foto: Silva Junior/ Folha press  folha ribeirao )
Vendas de veículos novos no Brasil somaram 333.790 unidades em abril, recorde para o mês e alta de 29,4% sobre o fraco resultado de abril de 2012; na comparação com março, que teve dois dias úteis a menos que abril, os emplacamentos do mês passado aumentaram 17,6%.

MERCADANTE REFORÇA EM CARTA: NÃO SERÁ CANDIDATO


brasil247

Sergio Lima/Folhapress: BRASÍLIA, DF, 22.03.2013: MEC/OAB/DF - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente da OAB, Marcos Vinicius Furtado Coelho - Na manhã desta sexta-feira, MEC e OAB firmaram acordo para nova política de regulação dos cursos de Direito no País.
Horas depois de o ex-presidente Lula dizer que não acha "que seja definitiva a retirada do nome do Mercadante" da disputa pelo governo de São Paulo em 2014, surge carta que o ministro da Educação enviou ao PT paulista para comunicar oficialmente que não será o adversário de Geraldo Alckmin na próxima eleição; "Tomo esta decisão tendo a convicção de que ela é importante para tirarmos a Educação do palanque e para que sigamos com parceria construtiva com Estados e municípios", justifica Aloizio Mercadante.

Cinco policiais feridos na queda de helicóptero no Rio




Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um policial civil ficou gravemente ferido na queda de um helicóptero modelo Esquilo, prefixo PPEIH 01, da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele foi levado para o Hospital Miguel Couto. Mais quatro policiais, que também estavam na aeronave, estão sendo atendidos no Hospital Souza Aguiar. Todos são agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Segundo a polícia, o acidente foi por volta das 15h40 de hoje (2), na área de treinamento, no Caju, zona portuária do Rio. A assessoria da polícia informou que os agentes estavam fazendo treinamento de rotina.
Bombeiros dos quartéis Central, Caju e Vila Isabel foram para o local para prestar os primeiros socorros.

Prefeitura do Rio decide suspender corte de recursos da Orquestra Sinfônica Brasileira


Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O prefeito do Rio, Eduardo Paes, voltou atrás e decidiu suspender o corte de R$ 8 milhões para a Fundação da Orquestra Sinfônica Brasileira (Fosb) e manter o repasse anual ao conjunto. A decisão foi tomada na tarde de hoje (2) durante reunião entre os conselheiros da fundação, o prefeito e o secretário municipal de Cultura, Sérgio Sá Leitão. Para aproximar os órgãos municipais e a entidade, o prefeito Eduardo Paes exigiu que o secretário integre o corpo de conselheiros da Fosb.
Em nota, a assessoria de comunicação da fundação informou que, no encontro, a Fosb “apresentou um desenho geral de seus projetos para os próximos anos e detalhou seu modelo de gestão”.
A suspensão da verba de patrocínio foi alvo de críticas por parte da população, músicos, entidades e representantes da categoria, pois o corte representaria uma perda de 20% do orçamento anual da OSB, de cerca R$ 40 milhões. A orquestra tem caráter público-privado e também recebe recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da mineradora Vale e de investidores da iniciativa privada.
Ao cortar a verba para a Fosb, anunciada no início da semana, Paes propôs a unificação da OSB com a Orquestra Petrobras Sinfônica (Opes) com o intuito de otimizar investimentos. O prefeito também questionou a administração da fundação.
A presidenta do Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SindMusi), Deborah Cheyne, classificou a proposta de unificação como “estapafúrdia". Ela explicou que são duas orquestras diferentes, com públicos distintos, não haveria sentido na sugestão de Paes. "As informações divulgadas pelo prefeito em veículos de comunicação, de que alguns músicos tocariam nos dois conjuntos, não corresponde à realidade da categoria, pois na OSB o trabalho tem caráter de exclusividade", disse Deborah.
Sobre o corte de verbas da Cultura destinados aos grandes eventos esportivos da cidade nos próximos anos, a sindicalista questionou: “Quero saber qual orquestra vai tocar na abertura desses eventos. A OSB funcionou muito bem no Panamericano. Eu realmente não entendo o quê o prefeito quer com isso, seria criar um 'fuzuê' para tentar tirar o foco de outros temas, como o projeto [de revitalização] da Marina da Glória?”.

Governo assegura moradias para 5.300 famílias da área rural



Cinco mil e trezentas famílias moradoras na área rural do Paraná estão realizando o sonho de viver em uma casa mais confortável e segura. São exemplos as famílias de Divino Pedro Martins e de Jandir Krug, de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado. “É outra vida. Morar em uma boa casa, de alvenaria e com bom acabamento melhora a vida da gente, dá mais ânimo”, afirma Dona Lourdes Oliveira, também de Francisco Beltrão.

“As famílias não precisam se mudar para a cidade para ter acesso ao conforto de uma boa moradia”, diz o governador Beto Richa. “Estamos levando o programa para todas as regiões do Estado”, afirma ele, lembrando que o governo estadual realiza o maior programa habitacional da história.

O programa Morar Bem Paraná vai atender 110 mil famílias até 2014. Destas, 10 mil são moradores da área rural. O grupo é formado por pequenos produtores rurais, comunidades indígenas e quilombolas, além de pescadores artesanais.

“Nós, pequenos produtores, sentimos na pele a dificuldade de sustentar a família. A nova casa veio na hora certa, agora posso continuar morando no campo com mais conforto e segurança”, afirma Cícero da Silva, de Lobato, no Noroeste do Estado.

O programa tem forte impacto na qualidade de vida das pessoas. Nas propriedades onde são construídas as novas moradias, são preservadas as antigas casas, a maioria de madeira, mal repartidas, expostas a intempérie. As casas rurais erguidas pelo governo são de alvenaria, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro, com material e acabamento de qualidades.

O programa de habitação rural é uma parceria do Paraná com o Programa Nacional de Habitação Rural. São beneficiadas famílias que possuem renda anual de até R$ 15 mil por ano, que pagarão quatro parcelas anuais de R$ 285,00 pela casa por um período de quatro anos. O restante é subsidiado pelo Governo Federal, com contrapartida do Estado. A Cohapar é responsável por elaborar os projetos, fazer o acompanhamento técnico e social e fiscalizar a execução das obras.

CASA NOVA - Somando casas rurais e urbanas, o programa habitacional do Paraná chega a 95% dos municípios. Na área urbana, 319 cidades são atendidas. “Queremos incentivar a permanência do homem no campo com a oferta de moradias de qualidade em condições acessíveis”, explica o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche.

Zeca Dirceu recebe prêmio “Melhores do Ano” como deputado federal mais atuante de Umuarama



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O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) foi escolhido como parlamentar mais atuante no prêmio “Melhores do Ano”, realizado pela VS Pesquisas e Promoções. O prêmio foi concedido a partir de uma votação feita com 728 pessoas no comércio e principais bairros de Umuarama, entre os dias 1º e 5 de março. O parlamentar foi considerado o mais atuante na região por 46% dos entrevistados.
Os destaques são referentes ao ano de 2013. No questionário são levadas em conta as ações promovidas por empresas e autoridades que se relacionam com a população regional, buscando o bem estar das cidades e suas comunidades.

Comissão da Verdade vai ouvir no Rio militares perseguidos pela ditadura



Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Motivados pelo depoimento do brigadeiro Rui Moreira Lima, de 97 anos, a Comissão Nacional da Verdade (CNV)  investigará atos de perseguição da ditadura contra militares das próprias Forças Armadas e da Polícia Militar.  Criada para apurar violações de direitos humanos entre 1946 e 1988, o órgão estima que 7,5 mil militares foram perseguidos e 30, mortos.
A primeira audiência pública para colher o testemunho dos militares e seus familiares ocorrerá neste sábado (2), no Rio.  Eles serão ouvidos pela comissionada Rosa Maria Cardoso e pelo presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous. Segundo ele, pelo fato de o Rio ter sido capital até 1960, tem o maior contingente de militares nessa situação.
“Nas Forças Armadas não existiram só torturadores e golpistas”, disse Damous. “Houve aqueles que resistiram, que defenderam a ordem democrática e pagaram muito caro por isso, alguns com a vida, outros com seus empregos e carreiras”, completou. Representando a Ordem do Advogados do Brasil (OAB), ele destaca que portarias e atos secretos foram os instrumentos mais aplicados.
O depoimento do brigadeiro Moreira Lima à comissão, em outubro de 2012, deu origem à criação do grupo de trabalho (GT) para apurar as perseguições aos militares, que se estenderam também às suas famílias, segundo Rosa Cardoso. A casa do brigadeiro chegou a ser incendiada e seu filho, na época com 18 anos, foi sequestrado pelos militares.
A comissionada revela que os casos mais recorrentes são os de crianças perseguidas nas próprias escolas militares. “Esses meninos foram penalizados dentro do ambiente escolar. Foi deslocado, sistematicamente, todo o rancor da perseguição dos pais para eles, a ponto de terem que sair dessas escolas. Lá, eram inclusive chamadas pelos nomes dos pais”, revelou.
Segundo Paulo Cunha, consultor do GT e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), casos de militares que se envolveram com a luta armada, como o do capitão do Exército Carlos Lamarca, são mais conhecidos pelo público. Porém, muitos outros protagonizaram “uma luta pela legalidade, pela democracia”, tanto em alas ideológicas de esquerda quanto de direita”.
Na audiência de sábado, além do filho sequestrado do brigadeiro Rui Moreira Lima, que ainda luta para que o pai chegue ao posto mais alto da carreira, serão ouvidos Eduardo Chuay, capitão do Exército preso, torturado e reformado, além de integrantes da guerrilha de Caparaó, grupo de resistência formado majoritariamente por militares que haviam perdido seus cargos por perseguição política.
Durante o evento, a CNV agendará depoimentos a portas fechadas com militares que quiserem narrar perseguições ou fazer denúncias. No âmbito do GT,  em data próxima, a expectativa é ouvir, em São Paulo, policiais militares perseguidos. Os dados serão compilados e publicados ao final do trabalho da comissão, previsto para 2014.

Contribuintes que perderam o prazo podem enviar declaração de IR a partir de hoje




Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os contribuintes que perderam o prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda 2013 poderão enviar as informações a partir de hoje (2), primeiro dia útil após o feriado.
Segundo o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, no momento da entrega, o contribuinte irá receber a notificação com a multa de 1% ao mês sobre o imposto devido. Se não tiver imposto a pagar, a multa mínima será R$ 165,74.
Joaquim Adir lembrou ainda que, mesmo no caso dos contribuintes que têm restituição, o cálculo da multa será feito sobre o imposto devido, por isso o valor poderá ser alto. “Se ele [o contribuinte] tem uma retenção, durante o ano, de R$ 40 mil, por exemplo, terá que calcular a multa sobre esse imposto devido e só depois descontar o [imposto] retido na fonte”, esclareceu o supervisor.
O programa gerador da declaração deverá ser baixado da página da Receita na internet. Para transmitir a declaração, é preciso instalar também o Receitanet, que pode ser baixado no mesmo endereço. Se optar por entregar em disquete, o contribuinte não poderá mais fazê-lo nas agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, mas apenas nas unidades da Receita Federal.
A Receita publicou um passo a passo na internet com os procedimentos para a entrega da declaração. Está disponível também um manual com perguntas e respostas sobre o preenchimento do documento. As regras para a entrega da declaração estão na Instrução Normativa 1.333.
O primeiro lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2013 será liberado no dia 17 de junho. Ao todo, serão sete lotes regulares. O último está previsto para 16 de dezembro. Quem não receber a restituição até dezembro deve procurar o extrato no site da Receita para ver o motivo de ter caído na malha fina.
O período para enviar a declaração do Imposto de Renda Pessoa (IRPF) Física 2013 começou em 1º de março e terminou no dia 30 de abril.

Governo envia nova proposta de royalties para educação



Em mensagem presidencial publicada em edição extra do Diário Oficial da União, o governo informou que enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que prevê 100% dos royalties, participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal para educação. Com a aplicação, o governo espera cumprir a meta do Plano Nacional de Educação de investir 10% do PIB no setor.

Itaipu com novo recorde



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A Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, alcançou novo recorde de produção de energia no mês de abril desde o início da sua geração, em maio de 1984. No último dia de abril a hidrelétrica atingiu a marca de 8,82 milhões em megawatts-hora (MWh).
O volume só foi menor que em junho de 2012, quando foi produzido um total de 9.108.853 de MWh, e de março deste ano com 8.856.300 de MWh

"Faroeste Caboclo” estreia nos cinemas



Da Redação
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Depois do lançamento do filme “Somos Tão Jovens”, que conta parte da biografia do músico Renato Russo, falecido em 1996, os fãs poderão esperar pelo lançamento de outro filme, agora com a trama da música “Faroeste Caboclo” contada em forma de um longa metragem. A canção é uma das mais marcantes da banda que era liderada por Renato, a Legião Urbana, e foi lançada em 1987.  No longa, a história de amor de Maria Lúcia e João de Santo Cristo será vivida por Isis Valverde  e Fabrício Boliveira. A previsão de estréia é no dia 30 deste mês.

Brasileiras na Colômbia fazem a diferença com trabalho voluntário




Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - No exterior, longe da família, dos projetos profissionais e acadêmicos, brasileiras descobriram no trabalho voluntário uma fonte de realização pessoal e de integração. Elas fazem parte da organização não governamental (ONG) Fundação Grupo Aquarela Bogotá e apoiam cinco instituições colombianas que atendem a cerca de 200 crianças e adolescentes de baixa renda e/ou portadoras de câncer.
O trabalho é totalmente filantrópico. As associadas do Aquarela atuam nas instituições com atividades direcionadas à faixa etária das crianças de cada instituição. Na Fundação Ayuda por Colômbia, visitada pela Agência Brasil, as crianças recebem as voluntárias com alegria e com pedidos música para bailar (dançar).
As voluntárias desenvolvem vários projetos, como cursos de fotografia, horta comunitária, oficinas de informática. de culinária e artesanato. E, além da dedicação do tempo das voluntárias, as instituições assistidas recebem mensalmente aporte financeiro da Fundação Aquarela e a doação mensal de 400 a 600 litros de leite.
A diretora da Ayuda por Colômbia, Fabiola Cortes, disse à Agência Brasil que a ajuda em dinheiro é importante, mas o que faz a diferença é o tempo que as brasileiras dedicam às crianças. "Nós contamos com esse dinheiro todo mês, e o Aquarela nunca deixou de contribuir, desde que se comprometeu conosco, com a parte financeira e com o leite. Mas o que tem maior valor para nós é o amor que elas trazem para as crianças", conta Fabiola.
Segundo ela, o dia de visita das mujeres brasileñas, como as crianças chamam o grupo, é esperado com muita ansiedade. "Elas vêm aqui e passam a manhã com eles: brincam, pulam, fazem festa, contam histórias. Isso marca as crianças, que vêm de famílias desestruturadas e que enfrentam uma realidade bastante difícil fora daqui", diz.
Camilo Rodríguez tem 7 anos e espera ansioso pela chegada das "amigas brasileiras".  Com o violão, elas cantam em espanhol Se tu és feliz a bailar!! Se tu es feliz a abraçar!. "Eu gosto delas porque vêm nos visitar sempre e são divertidas", conta Camilo.
O trabalho do grupo é reconhecido na Colômbia, e recebe patrocínio de empresas brasileiras e de multinacionais que atuam no país. "O perfil das mulheres que ajudam é relativamente parecido. Elas vêm para cá acompanhar a família e são recebidas e integradas ao país pelo grupo. Logo se envolvem com o trabalho voluntário e, às vezes, acabam trazendo recursos das empresas em que os maridos trabalham", explicou a atual presidenta, Regina Garcia.
Algumas empresas, como a Petrobras, patrocinam exclusivamente o trabalho social desenvolvido com as crianças. Outras ajudam esporadicamente na realização dos eventos anuais promovidos pelo Aquarela.
"Para arrecadar dinheiro para os projetos sociais e promover a cultura brasileira, todo ano fazemos o carnaval, a festa junina e a feijoada", detalha Regina. O grupo também faz eventos menores como bingos, bazares e almoços que, segundo ela, são importantes para a integração.
De acordo com Regina, as brasileiras que atuam no grupo encaram a atividade como um trabalho.  Ela diz que o Aquarela cresceu e as responsabilidade e demandas aumentaram. "Mas o trabalho é gratificante. Várias crianças com as quais convivemos têm câncer em estado terminal. Oferecemos carinho e tempo a elas, mas recebemos o mesmo de volta. Saímos das atividades, renovadas, com a alma limpa", comenta.
Com 19 anos de existência, o grupo é caraterizado pela rotatividade. Algumas pessoas vêm à Colômbia para morar por tempo indeterminado. Outras passam apenas uma temporada, mas o suficiente para se envolverem com o trabalho desenvolvido.
Foi o caso de Gabriela Primo, 28 anos. Formada em turismo, ela deixou o trabalho em uma agência de intercâmbio e veio para a Colômbia há um ano e dois meses para acompanhar o marido, que chegou a trabalho.
"Eu topei vir, mas me deu um pouco de medo. Deixei o emprego, tudo, e não sabia o que encontraria na Colômbia. Eu tinha preconceito, e achava que aqui era ruim", disse Gabriela. Antes de chegar a Bogotá, ela soube que havia um grupo de brasileiras que trabalhavam com a comunidade local e recebiam os "recém-chegados".  
Gabriela se envolveu nas atividades do grupo e foi bem recebida pelas brasileiras. "Logo vi que queria trabalhar na parte voluntária e social, hoje acho que essa mudança me fez descobrir minha verdadeira vocação", conta.
O Aquarela tem dez anos como ONG registrada na Colômbia, mas começou há 19 anos. No início, o foco maior era a integração de quem chegava, conta Claudia Miranda, 43 anos, há 18 anos vivendo em Bogotá.
Ela se integrou ao grupo quando ele estava começando a se reunir. "Na época, tudo era mais difícil. As guerrilhas eram muito mais atuantes nas grandes cidades que hoje. Havia mais perigo, sequestros, e viver aqui era complicado. O Aquarela começou com brasileiras que queriam estar juntas, matar a saudade da comida do Brasil e que, de certo modo, buscavam refúgio", diz Claudia.
No início, algumas mulheres faziam roupas, doavam para hospitais e arrecadavam alimentos. O grupo também fazia pequenos "jornais" e distribuía entre a comunidade brasileira, na época muito menor que hoje. A Embaixada do Brasil estima que cerca de 4 mil brasileiros vivam em Bogotá.
Para contar a história da fundação, a musicista Beth Fontes, 48 anos, lançou na semana passada em Bogotá o livro A História de uma Aquarela, publicação bilíngue (em português e espanhol) com ilustrações de Maria Lucia Rodriguez.
Toda a renda do livro será dedicada ao trabalho social do grupo e tanto a autora quanto a ilustradora abriram mão dos direitos autorais pela causa. Beth conta que escreveu o livro pela vontade de "imortalizar" a história que ela e centenas de mulheres têm experimentado na Colômbia.
"Muitas de nós nos mudamos para a Colômbia com muitas incertezas. Mas, por meio do grupo nos integramos e, trabalhando como voluntárias, descobrimos novos horizontes e um novo sentido. É disso que o livro fala", detalhou à Agência Brasil.
Beth acaba de regressar ao Brasil depois de uma temporada na capital colombiana. Do tempo que passou na Colômbia, trabalhando como voluntária, ela diz que levará boas recordações e o aprendizado. "Os sorrisos e os olhares daquelas crianças serão, em minha memória, marcas significativas da passagem pelo país", conclui.